155. Ser Agradecido

Colossenses 3.15

SER AGRADECIDO

Introdução

  1. Muitas pessoas são ensinadas, desde criança, a dizerem sempre “obrigado”. Cada vez que recebem um presente de alguém, os pais perguntam às  crianças o que devem falar, estimulando-as assim a dizerem “muito obrigado”. Entre as várias razões para se ensinar gratidão, os especialistas afirmam que, agindo assim, os pais ajudam crianças a desenvolverem sensibilidade para perceberem as boas ações que lhes são feitas, assim como a construírem relacionamentos afetivos que lhes serão imprescindíveis em várias ocasiões. Outro aspecto destacado é que dizendo “obrigado”, as crianças desde cedo aprenderão a relevância de se mostrarem bem educadas, isto é, polidas e civilizadas.
  2. No entanto, por mais que uma pessoa assim ensinada possa também ter uma atitude de gratidão para com Deus, o Pai Celestial, nem sempre isto vai ocorrer. Várias razões poderiam impedir alguém de ser agradecido a Deus.

2.1. Por exemplo:  se Deus não tem uma aparência física se apresentando claramente como alguém que concedeu alguma coisa, como agradecer a alguém que é invisível?

2.2. Outro exemplo: se as coisas boas que nos acontecem podem ser atribuídas a gestos de outras pessoas, a coincidências naturais que surgem como explicação, a efeitos de nossas próprias ações, como agradecer a Deus que não reivindica claramente a autoria?

Desenvolvimento

  1. Diante da realidade de que muitas pessoas não agradecem a Deus, por mais que tenham sido educadas a dizerem “muito obrigado”, são necessários outros pressupostos além do processo educacional ensinado pelos pais.

1.1. Para uma pessoa ser agradecida a Deus ela precisa, antes de mais nada, viver a experiência recomendada pelo autor da carta aos hebreus. Ele escreveu: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6). Se mais e mais pessoas não acreditam na existência de Deus, declarando-se ateístas, essas pessoas jamais irão acreditar que possam ter recebido alguma benção vinda de Deus. E, se acreditarem que Deus possa existir, essas pessoas entendem que Deus está longe, distante, alheio aos acontecimentos aqui no mundo, não tendo nenhum interesse em abençoar particularmente a quem quer que seja.

1.2. Para uma pessoa ser agradecida a Deus, ela precisa, logo depois, ter uma experiência pessoal, um encontro marcante, uma revelação do Espírito, o que na Bíblia é chamado de “conversão” através de Jesus Cristo. Na história dos samaritanos que foram se encontrar com Jesus Cristo, depois de ouvirem um testemunho, eles admitiram: “E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo” (João 4:42). É a experiência de conversão a Jesus Cristo que torna Deus uma pessoa real, presente no coração e na vida dessa pessoa, sendo capaz de vir ao seu encontro e lhe conceder bênçãos prometidas e necessárias. O amor de Deus que a pessoa experimenta mostra que Deus está cuidando dela todos os dias, de várias maneiras.

  1. Com esses dois pressupostos estabelecidos e vivenciados, será inevitável que várias pessoas comecem a se dirigir a Deus em orações, súplicas, clamores em busca do cumprimento das promessas feitas e das bênçãos que necessitam. Uma vez expressando seus pedidos, cada vez que recebem o que pedem, as pessoas são inevitavelmente agradecidas. O repetido cumprimento de promessas e as seguidas bençãos que são recebidas levam pessoas a sempre agradecerem e, consequentemente, ser agradecido se torna um estilo de vida.

Conclusão

Continuemos a ensinar nossas crianças a dizerem “muito obrigado”, principalmente por causa dos benefícios que esta atitude produzir na personalidade delas, mas continuemos também a ensinar que Deus existe, que é recompensador dos que o buscam e que as pessoas que se tornarem crentes em Jesus Cristo poderão receber bençãos prometidas e poderão sempre ser agradecidas.