I Timóteo 5.23; II Timóteo 4.20
DOENÇAS INCURÁVEIS
Introdução
- Se Jesus Cristo fazia muitas curas, se crentes podem receber o dom de cura e se hoje a fé tem sido reconhecida até mesmo por médicos como coadjuvante na cura de enfermidades, precisamos entender essas experiências registradas pelo apóstolo Paulo e tantas outras experiências de pessoas que continuam enfermas.
- O grande apóstolo Paulo, que foi usado para cura de várias pessoas durante seu ministério, revela nesses textos que não constatou essa cura na vida de Timóteo e Trófimo. A um ele deixou inegavelmente doente e a outro recomendou uma terapia contínua para uma doença crônica. Também muitos crentes em Jesus Cristo, apesar de serem sinceros, de fazerem fervorosas orações e de exercerem a fé, são obrigados a lançarem mão de medicação de uso contínuo, permanecem com suas enfermidades e vários partem para a eternidade sem a experiência da cura.
Desenvolvimento
- Querendo entender essa dramática realidade, podemos começar percebendo que existem doenças causadas por razões diferentes.
1.1. A Bíblia menciona doenças causadas por espíritos malignos, doenças causadas por problemas psicológicos e doenças causadas por fatores genéticos. A mulher encurvada é um exemplo de doenças causadas pelos espíritos malignos. O paralítico de Cafarnaum é outro exemplo de doença psicológico, pois precisava de perdão. O cego de nascença ilustra as doenças cujas causas são genéticas.
1.2. De acordo com a Patologia, “as causas das doenças são as mais diversas e podem ser desencadeadas por organismos patogênicos, tais como vírus e bactérias, por problemas genéticos, por fatores emocionais e, em alguns casos, por fatores completamente desconhecidos” (https://www.biologianet.com/doencas#:~:text=As%20causas%20s%C3%A3o%20as%20mais,casos%2C%20por%20fatores%20completamente%20desconhecidos.).
1.3. Além dessas causas, existem as situações de deficiências e de acidentes que geram deformidades no corpo das pessoas e que ser tornam irreparáveis.
- À luz dos textos bíblicos e das experiências vividas pelas pessoas ao longo dos tempos e em todos os lugares, prosseguimos no entendimento percebendo que principalmente para lidar com doenças de causas espirituais e psicossomáticas é que os relatos de cura divina têm sido registrados. As doenças patogênicas, isto é, causadas por microrganismos têm sido curadas através de medicamentos. Alterações nos órgãos e membros têm sido alvo de tratamento através de cirurgias. Deficiências físicas são atendidas pela reposição através de próteses e recursos tecnológicos.
- Isto significa, em outras palavras, que chegamos a um entendimento inteligente, realista e bíblico através de atitudes em que recorremos a orações, valorizamos os tratamentos médicos como dádivas de Deus e aceitamos pela graça o que não puder ser resolvido, inclusive aceitação da morte porque temos a eternidade garantida.
Conclusão
Um teólogo e escritor, há algum tempo, compartilhou em seu blog uma experiência pessoal, dizendo: “Domingo passado fiquei profundamente tocado ao saber que uma irmã da igreja recebeu a notícia de que está com câncer. A previsão é de pelo menos um ano e meio de tratamento, quimioterapia e tudo o mais a que tem de se submeter alguém que é acometido por essa moléstia. Jovem, cristã, casada com o baterista do grupo de louvor… oramos juntos durante o culto – eu, ela e seu marido. Choramos. Pedimos a cura. E meus olhos demoraram algum tempo para secar, pois parecia que conseguia sentir em mim a dor e a ansiedade daquele casal, já em antecipação pelos meses de batalha que terão pela frente. Esse episódio me afundou em reflexão sobre uma das questões mais antigas entre os cristãos: como aceitar a ideia de um Deus bondoso e misericordioso deixar seus filhos enfrentarem doenças que causam dor e sofrimento?” Depois de comentar sua interpretação, ele concluiu escrevendo: “De minha parte, sei que a graça dele nos basta. E que a ele seja dada toda a glória, pelos séculos dos séculos” (https://apenas1.wordpress.com/2013/05/07/por-que-um-deus-bom-permite-a-doenca-e-a-dor/).