Colossenses 4.14.
Introdução
- A leitura deste texto mostra nas páginas da Bíblia o relacionamento profundamente afetuoso entre um líder religioso e um médico, evidenciando que esse líder religioso considerava relevante o serviço que recebia da médico cristão.
- Em nossos dias, existem alguns médicos que declaram ter fé em Jesus Cristo. Outros declaram crenças em variadas religiosidades. Um terceiro grupo se identifica como ateísta. Isto significa que a ciência médica não tem rosto religioso. Os médicos, sim, tem um posicionamento.
Desenvolvimento
- Este fato pode ser constatado em depoimentos que às vezes são dados a propósito da cura de pacientes. Um médico entrevistado sobre o tratamento de uma doente, portadora de câncer pulmonar e rins deficientes, respondeu: “Ela ficou na UTI por três meses; fizemos hemodiálise. No seu sangue cresceu uma bactéria que foi tratada. As estatísticas mostravam que a chance de ela morrer chegava a quase 100%. Mas por obra de Deus, pela força dela querer vencer e pelo empenho da equipe, ela conseguiu sair da UTI viva” (Wyllyam Reis. Reportagem no jornal A Tribuna, 23.03.2014, pg. 2). Outro médico, na mesma reportagem, “afirmou que o efeito placebo (pessoa toma remédio sem eficácia e se diz curada) pode ocorrer em até 40% dos pacientes” (Walter Fagundes. Reportagem no jornal A Tribuna, 23.03.2014, pg. 2).
- Na análise de curas que estariam associadas à religiosidade, alguns médicos procuram explicar a mesma como resultado de sugestão. O psiquismo humano comprovadamente é estimulado pela sugestão de outrem ou até mesmo autossugestão. Esse inegável fenômeno tem sido comprovado em estudos sobre o efeito placebo. Isto é, em pesquisas sobre eficácia de substâncias medicamentosas produzidos em laboratório. Voluntários são separados em dois grupos. Um deles toma comprimido de açúcar ou farina de trigo. O outro grupo toma o comprimido com a substância. Após observação científica, percentuais significativos de pessoas que disseram ter experimentado melhora foram constatados nos dois grupos (Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, vol. 4, nº 2, Rio de Janeiro,2008). Na dificuldade de se explicar os mecanismos psíquicos que produzem esse resultado, alguns médicos optam por entender desta maneira a cura. Não seria decorrente da ação de Deus, mas resultado da sugestão humana.
- Outros médicos, comprometidos com sua religiosidade, interpretam esse fenômeno vinculado ao exercício da fé. Neste caso, uma vez acreditando, o paciente terá recursos espirituais para experimentar cura. Essa ideia está sendo cada vez mais aceita: “Um estudo internacional muito importante (publicado no Journal of Neuroscience, em 2001) realizou ressonância magnética no cérebro de religiosos no exato momento da oração. Ficou atestado que a leitura do salmo ativa áreas cerebrais relacionadas ao sistema imunológico, o que protege corpo humano de várias doenças. O mesmo acontece quando em oração acreditam que Deus poderá lhe dar cura” (Fernanda Aranda. Artigo “Uma dose de fé para proteger o organismo”. Fonte: http://delas.ig.com.br/saudedamulher/uma+dose+de+fe+para+proteger+a+saude/n1237568823320.html)_
- Em outras palavras, esta interpretação quer dizer que além de existir uma fé psíquica, também existe uma fé espiritual relacionada com o agir de Deus. Uma vez ativado pela fé, o organismo passa a responde à influência dos recursos psíquicos e médicos, possibilitando a cura ou controle de sua enfermidade. Todos sob o bondoso poder de Deus!
Conclusão
Seja através de sugestão, seja através da fé espiritual, seja através das substâncias químicas, o paciente religioso além de agradecer a atuação médica vai também atribuir a Deus a origem de sua cura. Por isso, penso que o relacionamento entre médicos e líderes religiosos sempre deveria ser de profundo AMOR e de VALORIZAÇÃO mútua.