Marcos 10.21
O AMOR DE JESUS
Introdução
- O amor continua sendo a maior necessidade do ser humano em termos emocionais. Seja o amor dos pais, do cônjuge, dos familiares, dos amigos, de Deus, a nossa personalidade só se completa quando nos sentimos amados.
- Se os diferentes tipos de amor não puderem ser experimentados pelas mais variadas razões, as pessoas podem experimentar pelo menos o amor de Deus, através de Jesus Cristo. Aliás, a bem da verdade mais profunda, a experiência do amor de Deus é a mais importante de todas.
Desenvolvimento
- Em termos humanos, a atitude de amar a quem quer que seja geralmente está condicionada à exigência da outra pessoa não ter nenhum tipo de falha. Qualquer defeito que a outra pessoa mostre, torna-se um obstáculo. O problema é que, mais ou cedo ou mais tarde, em maior ou menor grau, nós todos mostramos que somos falhos, que temos defeitos e que somos imperfeitos. Esse fato acaba afastando-nos uns dos outros, deixando-nos carentes de amor.
- No caso do amor de Deus, ainda que Jesus Cristo tenha dito ao homem que também lhe faltava alguma coisa, o texto bíblico nos informa que Jesus o amou mesmo sabendo de sua falha. Jesus olhou para ele e o amou pelo que tinha de bom e não pelo que lhe faltava.
2.1. Este episódio ilustra claramente uma das afirmações que se faz a respeito do amor de Deus, declarando que que é incondicional, isto é, não estabelece condições prévias. Deus não exige perfeição de nossa parte para nos amar.
2.2. Em termos teológicos, o apóstolo Paulo escreveu aos romanos explicando mais claramente esta verdade. Ele escreveu: “Deus prova seu amor para conosco sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). O que temos de ruim não impediu Deus de nos amar.
- Tendo expressado seu amor através do seu olhar, Jesus completou sua demonstração de amor explicando como ele poderia completar o que lhe faltava. Seriam três atitudes: dividir sua riqueza com os pobres, aceitar seus sofrimentos e tornar-se um seguidor de Jesus.
3.1. Ao cego de Jerusalém que foi curado como demonstração de seu amor, Jesus lhe disse depois de amá-lo: “Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior” (João 5.14). Primeiro o amou e depois lhe disse o que fazer.
3.2. À mulher que foi apanhada em adultério, depois de protege-la do apedrejamento como prova do seu amor, Jesus lhe disse: “Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais” (João 8.10,11). Primeiro a amou e depois lhe disse o que fazer.
3.3. Esses episódios mostram, portanto, que qualquer mudança de comportamento de nossa parte será decorrente da experiência do seu amor. É o que chamamos de efeito do amor de Deus. Não ocorre antes de experimentar o amor de Deus, mas depois. O amor de Deus se torna motivação para produzir mudanças necessárias em nosso viver.
Conclusão
- Ilustração: um professor notou a falta de um aluno em sua classe durante vários dias. Então, com grande esforço conseguiu descobrir o endereço do aluno e se dirigiu à sua casa para conversar com ele. Quando se aproximava, recebeu uma pedrada no rosto. Machucado e sangrando, voltou; fez um curativo e depois foi a uma loja comprar um presente para o aluno. Retornou ao endereço do aluno e lhe deixou o presente, falando sobre a importância de voltar à escola. No dia seguinte, alguém bateu à porta da casa do professor. Era o aluno e seu pai, com o presente na mão para devolver, porque fora seu filho que atirara a pedra no rosto e que, por isso, não merecia o presente. O professor então lhe perguntou se não precisava do presente, ao que o pai respondeu que sim, mas que seu filho não merecia. O professor então lhe disse que o presente não era porque ele merecesse, mas porque necessitava.
- O amor de Deus que você pode experimentar em sua vida não é porque você merece, mas porque necessita, principalmente porque é o único amor que realmente vai preencher seu coração. Aceita Jesus agora, através de uma oração e você também vai experimentar o amor de Deus, mesmo que não mereça.