Isaías 26.3
O SEGREDO DA PAZ
Introdução
- Se existe uma pessoa que poderia estar num estado continuo de paz, essa pessoa é o crente em Jesus Cristo. Afinal, como efeito de sua conversão, Jesus lhe prometeu essa paz: João 14.27. Mais ainda: Paulo apóstolo ensinou que através da oração essa paz pode ser experimentada (Filipenses 4.6).
- Ocorre, todavia, que em vez de viver essa experiência, o que vários crentes experimentam no dia a dia são sentimentos de perturbação, inquietação, ansiedade, angústia alternados com a paz. Esses sentimentos negativos geram outros sentimentos ruins como frustração, irritação, hostilidade e a paz vai embora.
- Por isso, exatamente por ser crentes, nós precisamos descobrir qual é o segredo que pode fazer com que a paz não seja apenas uma recomendação bíblica ocasional, mas uma experiência contínua. Ter e conservar a paz no coração.
Desenvolvimento
- Lendo as palavras do profeta Isaías, nós descobrimos o segredo. Ele diz que o crente experimenta e conserva a paz quando tem sua mente firmada em Deus.
1.1. As pessoas sempre exercitam a atividade mental de pensar, como uma de suas faculdades. Se as pessoas pensarem apenas nos problemas, nas dificuldades, nos obstáculos, nas decepções, nas injustiças, nas perseguições, o resultado será um coração perturbado, inquieto, ansioso, angustiado.
1.2. O segredo, então, é firmar o pensamento em Deus. Não apenas pensar em Jesus, mas firmar nele o pensamento. Isto é, pensar continuamente, pensar constantemente, pensar perseverantemente, pensar todos os dias e todas as horas.
1.3. Exatamente para que o crente não viva essa experiência de fixar o pensamento em Jesus Cristo, a fim de conservar a paz em seu coração, o Diabo atrai as pessoas para outros tipos de pensamentos. O Diabo faz com que as notícias dos jornais, das revistas, da televisão e das mídias sociais sejam mais importantes. O Diabo faz com que os fatos que ocorrem com seus familiares, parentes, vizinhos e amigos ocupem sua mente e sejam objetos de sua atenção.
- Firmar o pensamento em Deus significa, em outras palavras, direcionar a mente para a natureza de Deus, para o agir de Deus, para os atributos de Deus, para a história de Jesus Cristo e seus ensinos, para suas promessas feitas, para seus propósitos em nossa vida.
2.1. A leitura da Bíblia, a prática da oração e a participação na igreja são meios pelos quais você canaliza sua mente para Deus, todavia nenhuma dessas experiências será de valor se os seus pensamentos se dispersarem nessas horas.
2.2. Ler livros religiosos sobre Deus e Jesus Cristo também são recursos através dos quais sua mente vai ser direcionada, mas todos sabem o quanto a leitura pode ser desviada se a mente se deixar levar por outros assuntos.
2.3. Conversar com pessoas sobre Deus e Jesus Cristo pode viabilizar a concentração da mente, todavia num diálogo sempre existe o risco de a outra pessoa introduzir outros assuntos porque não tem esse mesmo interesse.
Conclusão
A paz consigo mesmo, com os outros e com Deus é uma promessa feita por Jesus Cristo a todos os que nele creem. Partindo desse ensino, em vez de viver a paz como uma experiência instável que se alterna conforme os acontecimentos, você poderá conservar um estado de paz se firmar seu pensamento em Deus.
Escrevendo aos coríntios, o apóstolo Paulo dizia que mantinha seu pensamento cativo em Jesus Cristo (II Coríntios 10.5). O significado da palavra “cativo” é sem liberdade, preso, acorrentado. Agindo assim, você não permite que seus pensamentos sejam dispersos para outros assuntos. É como ele mesmo disse em outro texto, aplicando essa prática: “Nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (I Coríntios 2.2).