Eclesiastes 12.13,14
TEMER A DEUS
Introdução
- A leitura deste texto da Bíblia mais uma vez me produz um sentimento de que o seu resultado deveria ser uma profunda atitude de temor a Deus por parte da maioria das pessoas. Afinal esse é o seu apelo principal que atravessou os séculos e milênios onde quer que seja lido, em várias partes do mundo.
- Ocorre, todavia, que se houve alguma época na história da humanidade em que o temor a Deus foi uma atitude visível e inegável, essa não é mais a realidade. Pelo contrário: cada vez mais cresce o número de pessoas que pouco se importam com a existência de Deus e também cresce o número de pessoas que chegam a negar que Deus exista. O homem contemporâneo, além de ter declarado sua autonomia através do humanismo, também se tornou cada vez mais materialista e incrédulo quanto a um Juízo Final ´para prestação de contas.
Desenvolvimento
- Se na época do apóstolo Paulo, à luz do que lhe era visível, “os homens não estavam glorificando a Deus” e “não se importaram de ter conhecimento de Deus”, tornando-se idólatras (Romanos 1.21,23,28), em nossa época o homem excluiu Deus da explicação sobre a origem do universo e da humanidade, transferiu de Deus para a ciência a solução dos seus problemas, criou uma ética relativa em que os valores absolutos de Deus não existem, tirou da espiritualidade a presença de Deus.
- Essa maneira de ser nada mais é senão ausência do temor a Deus, negação do valor de seus mandamentos e incredulidade quanto ao Juízo Final.
2.1. Quando o autor do livro chamado Eclesiastes chegou à conclusão de que o mais importante era o temor a Deus, a obediência aos seus mandamentos e a certeza do Juízo Final, ele o fez depois de também ter feito a opção por um estilo de vida mundano, carnal, material e idólatra. Por ter descoberto que a vida dessa maneira era vazia e sem sentido é que fez seu apelo.
2.2. Quando o apóstolo Paulo observou o que havia acontecido ao mundo sob a influência dos romanos e dos gregos, por mais que fossem cultos e sábios, mostrando o grau de imoralidade, idolatria e permissividade a que tinham chegado, sua reação foi a de afirmar que a única alternativa era voltar para Deus através do evangelho de Jesus Cristo. Ele escreveu: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3.23,24).
2.3. Em nossos dias, também não é sem razão que o mundo está cada vez mais caótico, a criminalidade se torna um estilo de vida, a corrupção seduz as lideranças, as drogas tomam conta de um número cada vez maior de pessoas, a sexualidade ficou vulgarizada e virtual, a maldade se espalha e se alia ao poder para destruir a humanidade. Sem arrependimento de pecados e fé em Jesus Cristo o nosso futuro estará cada vez mais comprometido.
- Referindo-se à relevância do temor a Deus na vida humana, o autor do livro chamado “Provérbios”, associa-o ao “princípio da sabedoria e do conhecimento” (Provérbios 1.7; 9.10). Em outras palavras, o que a Bíblia quer dizer é que sabedoria e conhecimento sem temor a Deus são falácias para enganar os homens. Na linguagem do apóstolo Paulo, sem temor a Deus os homens se dizem sábios e possuidores de conhecimento, mas na verdade são loucos: “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos” (Romanos 1.22). A palavra usada pelo apóstolo no original é “mōraínō”, que literalmente significa louco, tolo, insípido, sem sabor.
Conclusão
Não se deixe enganar por aqueles que não se interessam por Deus e que chegam mesmo a negar a existência de Deus, apresentando-se como sábios e cultos. Coloque, pelo contrário, o temor a Deus, a obediência aos mandamentos e a certeza do Juízo Final como alicerces de sua vida pessoal e familiar.