I Pedro 4.7-10
Introdução
- Graças a Deus, são várias as pessoas em vários lugares que estão de fato servindo ao Senhor, quer atendendo necessidades umas das outras estendendo as mãos para socorrer, quer abrindo o bolso para contribuir no objetivo de dividir seu pão com os famintos, quer doando roupas e calçados aos carentes, quer visitando os enfermos e solitários nos hospitais e casas, quer anunciando através do testemunho e pregação a salvação eterna.
- Todavia, este grupo ainda é pequeno. Basta que vocês façam uma pesquisa em qualquer igreja. Fazendo um levantamento das necessidades pessoais, familiares, sociais e espirituais, em seguida faça uma pesquisa sobre quantos querem servir. As oportunidades de servir são atendidas por poucos voluntários.
Desenvolvimento
- Ao abordar esse assunto em sua carta, o apóstolo Pedro começa, como motivação para servir, o fim de todas coisas. Ele menciona o fim do mundo como um fato não apenas quando vai ocorrer, terremotos, guerras, perseguições, falsos profetas, fome, volta de Jesus e a prestação de contas. Para ele, o anuncio da chegada de todas essas coisas seria motivo para as pessoas compreenderem a relevância de trabalhar na obra do Senhor.
1.1. Afinal de contas, na prestação de contas que está profetizada, os crentes também prestarão contas sobre o que fizeram nas oportunidades de servir.
1.2. Aliás, nesta abordagem sobre motivações para servir, o apóstolo Pedro entendeu que esse julgamento dos crentes não vai esperar o fim. Na verdade, neste tempo quando estamos vivos e não estamos não estamos servindo já estamos sendo julgados como negligentes, omissos, indiferentes, egoístas... (I Pedro 4.17).
- Ao apresentar essa motivação proposta pelo apóstolo Pedro, alguns reagem dizendo que o que fazemos na obra do Senhor deve ser apenas por amor.
2.1. Ora, minha resposta é que se essas pessoas não fazem por causa do fim do mundo, do julgamento ou por causa da obediência, então façam por amor, mas não fiquem dando desculpas.
2.2. Aliás, nas motivações para servir, ele também inclui o amor. Mais do amor. Ele falar em “ardente amor”. Isto significa não apenas um “amorzinho superficial, passageiro”. Todos os que fazem a defesa do serviço motivado pelo amor devem ser pessoas cuja vida demonstre que estão “cheias de amor” para servir.
- Por isso, seja motivado pelo fim do mundo ou pelo abundante amor, o serviço pode ser realizado em várias situações por ele exemplificadas. No caso do texto, a necessidade de serviço era predominante de hospitalidade. Se por causa de visitas ou intercâmbios, a igreja precisasse receber visitas, essa atitude deveria incluir a hospitalidade. Sendo época de perseguições, perda de trabalho e perda de casas, muitos crentes ficavam dependendo uns dos outros. Então, o principal serviço era serem hospitaleiros. Em nossos dias, a prestação de serviço uns aos outros pode ser de vários tipos de acordo com variadas necessidades.
- É claro que ao falarmos em serviços uns outros, não estamos ignorando a capacidade individual, isto é, o dom de cada um. É claro que existe o “dom da hospitalidade”, mas a recomendação com base em outros textos não deixa de ser genérica. Nesse sentido, uns vão servir por causa da motivação do fim do mundo, outros por causa do grande amor e outros pelo exercício do dom.
Conclusão
Antes de ser crente eu já refletia muito sobre um provérbio que lia em uma das paredes da minha escola. Dizia: “Se você não vive para servir, não serve para viver”. Depois que me converti, ainda mais entendo que a vida para servir uns aos outros, principalmente depois que o próprio Jesus ensinou: “Eu não vim para ser servido, mas para servir” (Mateus 20.28).