178. O Sacrifício do Cordeiro

João 1.29

O SACRIFÍCIO DO CORDEIRO

Introdução

  1. Como livro de religião, a Bíblia descreve em suas páginas, vários sacrifícios religiosos. O primeiro deles foi feito quando Adão e Eva pecaram no jardim do Éden e um cordeiro foi morto para que sua pele lhes cobrisse a nudez (Gênesis 3.21). O segundo sacrifício foi feito por Abel, quando ofereceu num altar um primogênito do seu rebanho: cordeiro ou ovelha (Gênesis 4.4). Daí por diante, Noé, Abraão, Isaque, Jacó iam oferecendo sacrifícios de cordeiros que eram mortos, sendo o sangue derramado como ritual para agradar a Deus.
  2. Moisés, como líder e legislador do povo hebreus, depois de sair do Egito, durante o período de travessia no deserto, teve a tarefa de regulamentar com detalhes a maneira como esses sacrifícios que derramava sangue deveriam ser realizados. Os sacrifícios de animais incluíam cordeiros, ovelhas, aves e bois (Levíticos 4.1-7; 5.7). Todos esses sacrifícios tinham o objetivo de serem meio para expiação dos pecados por substituição: um animal morria no lugar do pecador.

Desenvolvimento

  1. Exatamente com base nessa prática religiosa de oferecer sacrifícios para expiação de pecados você hoje pode entender o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário. Como um cordeiro imaculado, Jesus Cristo foi sacrificado por nós, morrendo em nosso lugar, para perdão de nossos pecados. Por isso, ao surgir diante de João Batista, este disse a multidão sobre Jesus: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
  2. Lendo vários textos no Novo Testamento, podemos compreender vários detalhes a respeito do sacrifício de Jesus na cruz.

2.1. Foi um ato consciente e intencional de Jesus: Mateus 16.21.

2.2. Foi um ato voluntário, não sendo obrigado nem pelos judeus e nem pelos romanos (João 10.17,18).

2.3. Foi um sacrifício definitivo, diferentemente dos que eram feitos através dos animais que deviam ser mortos sempre que alguém pecava: Hebreus 9.28).

2.4. Foi um sacrifício substitutivo, isto é, ele morreu em nosso lugar como pecadores que somos (Romanos 5.6-9).

2.5. Foi um sacrifício para nos resgatar de nossa maneira leviana e pecaminosa de viver (I Pedro 1.18,19).

2.6. Foi um sacrifício para definitivamente nos levar para Deus, restabelecendo nossa comunhão com o Pai Celestial (I Pedro 3.18)

2.7. Foi um sacrifício efetivamente eficaz para resolver de uma vez por todas o problema humano do pecado (Hebreus 10.14).

  1. Em nosso país, o Supremo Tribunal Federal decidiu por unanimidade de votos, no dia 28/03/2019, que sacrifícios de animais em cultos religiosos é constitucional (https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/noticias/stf-decide-que-sacrificio-de-animais-e-constitucional-cdhm-apoiou-movimentos-sociais-junto-ao-tribunal#:~:text=Na%20noite%20desta%20quinta%2Dfeira,tribunais%20de%20todo%20o%20pa%C3%ADs). Independentemente de concordarmos ou não com tal permissão, a fé cristã não mais realiza sacrifícios de animais porque Jesus Cristo já fez um único sacrifício, por sua livre iniciativa, morrendo em nosso lugar na cruz do Calvário como cordeiro de Deus para perdão de nossos pecados e para nossa salvação eterna.

Conclusão

Um determinado rei, antes de tomar posse, mandou fazer uma lista com o nome de todos os seus inimigos. Quando trouxeram a lista, ele marcou cada nome com o desenho de uma cruz. Ao saberem dessa atitude, seus inimigos ficaram apavorados. Então o rei mandou chamá-los e disse-lhes que havia colocado uma cruz em cada nome, para lembrar-se do sacrifício que Jesus fez por ele na cruz do Calvário. Assim como Jesus o perdoara, ele também perdoava todos os seus inimigos antes de começar seu reinado, para que também tivessem a alegria de viver.