Efésios 1.4: II Tessalonicenses 2.13
- Abordar este assunto para tratar do processo eleitoral que já se iniciou seria fazer do púlpito mais um espaço para propagada política em favor deste ou daquele candidato, de um ou de outro partido. Penso que já bastam a mídia e os militantes fazendo os seus respectivos trabalhos.
- Por isso, tenho certeza que nossa missão é aproveitar o tema das eleições políticas para discorrer sobre a eleição que vem de Deus, aprendendo definitivamente esta doutrina que é um dos fundamentos da fé cristã.
Desenvolvimento
- Um dos mais importantes teólogos de todos os tempos, Augusto Strong, em seu Compêndio de Teologia Sistemática, esclareceu: “A eleição é aquele eterno ato de Deus, pelo qual, de Seu soberano prazer e devido a nenhum mérito previsto neles, Ele escolhe certos dentre o número de homens pecadores para serem os recipientes da graça especial do Seu Espírito e feitos participantes da salvação de Cristo” (Strong A. H., Systematic Theology, pág. 427).
- Enquanto as pessoas ouvem os candidatos que participam do processo eleitoral, no objetivo de saber qual teria mais virtudes e qualidades para ser escolhido, esta doutrina bíblica afirma que Deus elegeu você tendo como base a graça, o amor, a bondade. 2.1. Isto pode ficar mais claro se você lembrar que na verdade todos somos pecadores e todos estávamos condenados. Então, com base no sacrifício vicário de Jesus Cristo na cruz do Calvário, Deus deliberou eleger para a salvação todos os que acreditarem em Jesus.
2.2. A eleição que vem de Deus pressupõe, portanto, a pecado universal, o sacrifício expiatório de Jesus e o ato de uma pessoa acreditar em Jesus.
- Neste sentido, a doutrina bíblica da eleição é diferente da sua interpretação calvinista. O calvinismo, quando fala em eleição, afirma que Deus determinou salvar alguns e condenar outros, sem que a pessoa creia ou não, em nome da soberania absoluta de Deus. Comete dois erros: ignora que na verdade todos já estavam condenados e ignora a exigência de as pessoas crerem para serem salvas.
- Uma vez enfatizado esses aspectos, é bom enfatizar algumas ideias bíblicas salientes no Novo Testamento:
4.1. Ocorreu antes da fundação do mundo. Significa que a morte de Jesus na cruz não foi um “plano B” ou “plano C”, uma vez que tenha havido qualquer falha no projeto original de Deus. Esse era o plano inicial!
4.2. Teve como base a sua pré-ciência. Significa que Deus já sabia que o homem ia pecar e que, mais tarde quando o evangelho começasse a ser pregado, vários iriam crer em Jesus (Romanos 8.29,30; I Pedro 1.1,2).
4.3. Para que as pessoas experimentem a eleição, existe uma chamada através da pregação (Marcos 1.20; II Tes. 2.14).
- W. T. Conner, outro importante teólogo, autor do livro Doutrina Cristã Sistemática, escreveu: “Na doutrina da eleição quer dizer que Deus salva através das etapas de um propósito eterno. Isto inclui todas as influências do Evangelho, a obra do Espírito e assim por diante, que guiam o homem a arrepender-se dos seus pecados e aceitar a Cristo. Tanto quanto a liberdade do homem está em jogo, a doutrina da eleição não quer dizer que Deus decreta salvar um homem independente de sua vontade: antes significa que Deus propõe guiar um homem numa tal direção que ele aceitará livremente o Evangelho e será salvo”.
Conclusão
Mesmo que as pesquisas apontem vitória de um ou de outro candidato, todos tem que esperar a contagem dos votos, a partir das 17 horas, para saber se foram eleitos. A nossa eleição que vem de Deus já foi promulgada antes do início da história humana na terra e estamos eleitos para toda a eternidade a partir do momento quando nos tornamos crentes em Jesus Cristo.
Então, em vez de distribuirmos prospectos políticos precisamos distribuir folhetos evangelísticos. Em vez de fazermos discursos políticos precisamos pregar o evangelho. Em vez de elegermos pessoas, precisamos divulgar que todos os que creem em Jesus já foram eleitos por Deus.