176. Vida Após a Morte

Lucas 16.22,23

VIDA APÓS A MORTE

Introdução

  1. Numa busca rápida a respeito de livros que tratam deste assunto, isto é, da pergunta sobre o que ocorre com as pessoas depois que morrem, é possível encontrar dezenas de obras que foram publicadas para responder a essa indagação.
  2. Um desses livros, escrito por Ray Summers, com o título “Vida no Além” (Rio de Janeiro: Juerp, 1979), reconhece que a ideia da sobrevivência após a morte está presente na maioria das religiões. Hinduísmo, Budismo, Espiritismo, Cristianismo creem na vida do espírito após a morte, variando apenas o destino para aonde o espírito vai.

Desenvolvimento

  1. Na maioria das religiões existentes, herdeiras das crenças hinduístas, os fiéis acreditam que o espírito sobrevive à morte e continua existindo através de sucessivas reencarnações, até que alcance o desenvolvimento perfeito. No espiritismo, essas reencarnações também vão depurando o espírito através do sofrimento que experimenta em cada existência.
  2. Embora muitas pessoas acreditem dessa forma, esse ensino não existe na Bíblia, principalmente nas palavras de Jesus Cristo.

2.1. Nesta parábola contada a respeito de dois indivíduos que viviam neste mundo, um rico e um pobre, como acontece com todo o mundo, os dois morreram e tiveram destinos específicos e diferentes.

2.1. O rico, depois da morte do seu corpo, achou-se um estado de sofrimento, que, na tradução da palavra original, é chamado de inferno. Embora a palavra original “Hades” significasse apenas o lugar dos mortos, “no grego bíblico, está associado com Orcus, as regiões infernais, um lugar escuro e sombrio nas profundezas da terra, o receptáculo comum dos espíritos separados do corpo. Geralmente Hades é apenas a residência do perverso, Lc 16:23; Ap 20:13, Ap 20:14; um lugar muito desagradável” (Dicionário Teológico do Novo Testamento). Por isso a tradução por inferno.

2.2. Ao contrário do rico, o homem pobre chamado Lázaro, na estória contada por Jesus, após a morte achou-se num estado de felicidade por estar nos braços de Abraão. Esta expressão tinha sua origem na Literatura Judaica que significava o estado de felicidade dos justos desde Abraão, Isaque e Jacó (https://pt.wikipedia.org/wiki/Seio_de_Abra%C3%A3o). Queria significar o estar com Deus na eternidade.

  1. O ensino, portanto, expresso na parábola contada por Jesus é a de que o espírito sobrevive após a morte; que, tem destinos diferentes dependendo de suas crenças, sendo um de salvação e outro de condenação; e que, neste caso, os espíritos não reencarnam voltando a este mundo.

3.1. Desenvolvendo ainda mais este ensino, na ocasião de sua própria morte ao lado de dois salteadores, na cruz do Calvário, quando um deles manifesta sua crença, Jesus Cristo lhe promete o Paraíso. Esta é uma nova palavra usada por Jesus para simbolizar o estado de felicidade espiritual para todos aqueles que nele creem.

3.2. Adotando a mesma crença, o apóstolo Paulo ao escrever sobre sua morte, afirma que logo em seguida irá se encontrar com Jesus Cristo. Ele escreveu: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.
Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor
” (Filipenses 1.21-23).

Conclusão

Ainda que por ocasião da volta de Jesus Cristo, a Bíblia ensine que haverá a ressurreição de todos os mortos, isto é, a experiência do espírito estar novamente em um corpo perfeito, enquanto esse dia não chega e nós passamos pela experiência da morte, temos o ensino e a garantia de que se o corpo se desfaz no pó da terra ou na cremação e nas águas, o espírito continua existindo. Se a pessoa se torna crente em Jesus Cristo, a promessa é de que irá para Deus ou para o céu ou para o paraíso ou para se encontrar com Jesus.