Lucas 11.24-26
OS ESPÍRITOS MALIGNOS
Introdução
- Por mais incrível que pareça, houve um caso jurídico nos Estados Unidos, levado ao tribunal, onde um advogado usou como defesa o argumento de que seu cliente ao cometer assassinato estava possuído por espíritos malignos. Demonologistas foram chamados a testemunhar, mas o júri não aceitou o argumento, condenando o homem a mais de 20 anos de prisão (https://www.intrinseca.com.br/blog/2021/04/tres-casos-de-possessao-que-realmente-aconteceram/).
- Se a justificativa não foi aceita num tribunal de justiça, essa é a explicação que a Bíblia apresenta para diversos casos de comportamentos estranhos e absurdos que foram descritos em suas páginas.
- Não apenas uma, todavia várias vezes Jesus Cristo fez expulsão de espíritos malignos ou espíritos imundos em pessoas que por eles estavam possuídas.
Desenvolvimento
- Para esclarecer didaticamente a experiência de possessão demoníaca, Jesus Cristo explicou neste texto o motivo porque uma pessoa passa de um espírito para vários deles, cuja vida se torna ainda mais perturbada. Se uma pessoa por alguma razão tem a experiência de ver o espírito maligno ou imundo sair de seu corpo e deixar a “casa vazia”, isto é, o corpo sem habitação, aquele espírito expulso chama outros e a possessão de torna ainda mais terrível.
1.1. Esta, portanto, é a explicação porque Maria Madalena em vez de ter apenas um demônio era possuída por sete deles (Lucas 8.2). Seu sobrenome se devia à sua cidade de origem, Magdala, um povoado no ao norte de Israel.
1.2. Também é a explicação do caso do gadareno, que respondendo à pergunta de Jesus sobre seu nome, disse que era Legião, pois eram muitos. A expressão significava um termo militar que descrevia a maior unidade do exército romano, que variava de 3.000 a 5.000 soldados. Por isso ele disse: “somos muitos” (Marcos 5.1-9).
1.3. Na experiência de Paulo em Éfeso, ele viu a cena quando um grupo de religiosos exorcistas foi tomado por um espírito maligno, ao serem desafiados sem autoridade espiritual (Atos 19.13-16).
- Se esse tipo de experiência está descrito nas páginas da Bíblia e se tem acontecido com pessoas também ao longo dos séculos em vários lugares do mundo, conforme registros históricos, de imediato podemos deduzir alguns fatos pertinentes.
2.1. Se os espíritos malignos ou imundos entraram foi porque receberam autorização para que se apossasse da pessoa. Exatamente por isso, Paulo apóstolo escreveu na carta aos Efésios: “Não deis lugar ao diabo” (Efésios 4.27). Em outras palavras, eles não têm autoridade dada por Deus para dominar seres humanos sem a concordância deles.
2.2. Neste caso, as pessoas tornam o fato possível por razões as mais diferentes. Os espíritos usam para tanto o poder de sugestão, sedução, fascínio e as pessoas se deixam levar. Os espíritos fazem acordos prometendo benefícios e as pessoas aceitam. Os espíritos se servem de religiões idólatras e de feitiçaria para enganar os seus adeptos e eles os invocam e chegam a desejá-los.
- Seus nomes são os mais variados, associados inclusive ao que fazem. Assim como o Espírito de Deus é chamado de Espírito Santo e também Espírito de Cristo ou Espírito do Senhor, eles recebem diversos nomes, além de imundos e malignos. São chamados de adivinhadores (Deuteronômio 18.11), enganadores (I Reis 22.22), sonolentos (Isaías 29.10), familiares (Isaías 8.19), enfermos (Lucas 13.11), covardes (II Timóteo 1.7), errados (I João 4.6), luxuria (Oseias 4.12).
- Embora existam desde os tempos mais antigos profissionais religiosos que prometem libertar a pessoas desses espíritos, os chamados exorcistas, somente Jesus Cristo tem autoridade e poder de expulsá-los quando seu nome é invocado por aqueles que nele creem e confiam. A experiência com exorcistas está fadada ao fracasso ou, se eles fazem alguma libertação, é temporária, pois a pessoa fica com a “casa vazia” e mais espíritos voltam depois. Em outras palavras, para que “casa não fique vazia”, é necessário que a pessoa também receba Jesus Cristo em seu coração, pois como resultado a pessoa recebe o Espírito Santo que passa a fazer morada nela.
Conclusão
Uma das mais terríveis experiências que os seres humanos podem ter é o da possessão demoníaca, pois eles prejudicam sua vida, sua família, seus sentimentos, pensamentos, consciência, vontade, comportamentos, atitudes, decisões, negócios, estudos, relacionamentos. Pior ainda: na eternidade fazem as pessoas companheiras do Diabo em sua condenação ao inferno. Jesus disse: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno que está preparados para o Diabo e seus anjos”
(Mateus 25.41).
Só a libertação dessas pessoas e a fé em Jesus podem lhes dar uma nova vida, perdão dos pecados e salvação eterna.