Números 21.4-9; João 3.14,15
Introdução
- Tudo o que Jesus fez - suas palavras, seus milagres, sua morte, sua ressurreição, sua ascensão - tinha um só objetivo: fazer com que mais e mais pessoas nele acreditassem.
- Com o mesmo objetivo, Jesus Cristo mencionou um episódio acontecido com Moisés e o povo hebreu para fazer com que mais e mais pessoas passassem a nele confiar. Foi o episódio das serpentes no deserto.
Conteúdo
- As serpentes surgiram por causa do pecado do povo, que começou a murmurar.
1.1. Cansados de tanto andar pelo deserto, de serem rejeitados pelos edomitas, de sentirem fome e sede, eles não conseguiram resistir a tanta provação e começaram a blasfemar.
1.2. Deus então permitiu que muitas serpentes, próprias da região, atacassem o povo, retirando sua proteção e milhares morreram. Até aquele dia estiveram protegidos, mas como pecaram e blasfemaram, foram abandonados por Deus e as serpentes envenenadas se aproveitaram. Começaram a morder e a matar todos os que murmuravam.
- Os que conseguiram escapar, vendo o que estava acontecendo, reconheciam seus pecados, arrependiam-se e pediam perdão.
2.1. Deus, em sua compaixão e misericórdia pelos que se arrependiam, orientou Moisés a fazer uma serpente de metal, erguida ao alto, para que todo aquele que se arrependesse e acreditasse no que estava sendo feito pudesse escapar.
2.2. O segredo, naquele momento, não era a serpente de metal, mas sim o ato de acreditar na solução e então olhar para a serpente. Muitos assim foram curados e salvos!
- Jesus valeu-se desse episódio para afirmar que todos nós, por mais pecadores que sejamos, podemos nele acreditar e olhando sua morte na cruz do Calvário, podemos ser perdoados e salvos.
3.1. Afinal de contas, todos nós cometemos algum tipo de pecado e por isso estamos também condenados. Eles, porque murmuram. Nós porque, conforme escreveu Paulo apóstolo aos romanos, estamos “cheios de toda iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade (Romanos 1.29-31). Ou ainda como escreveu a Timóteo: “somos egoístas, “avarentos, presunçosos, soberbos” (II Tim 3.2-5).
3.2. Afinal de contas, este foi o conselho do autor da carta aos Hebreus: “Olhando para Jesus, autor e consumador de nossa fé” (Hebreus 12.2). O ladrão na cruz olhou para Jesus e foi salvo na última hora de sua existência.
3.2. Embora em nossos dias esse olhar não seja com os olhos físicos, pois já não vemos Jesus desta maneira, a expressão que esclarece essa atitude é “olhar pela fé” (I Pedro 1.7,8). Este é o significado “olhar espiritual”: crer, acreditar, confiar no Jesus Cristo apresentado a você nos quatro evangelhos.
Conclusão
Porque várias pessoas anos mais tarde fizeram da serpente de metal um objeto de idolatria, o rei Ezequias determinou que a mesma fosse destruída (II Reis 18.4). Nenhum tipo de idolatria deve existir em nosso coração. Todos os ídolos devem ser destruídos.
Jesus usou o episódio apenas para salientar a necessidade de as pessoas também crer, isto é, exercitarem sua fé a ele direcionada. Em vez de olhar para qualquer representação religiosa, o seu olhar será recompensado se for dirigido unicamente a Jesus Cristo.