I Reis 18.41-46
Introdução
- Quando Tiago escreveu sobre esse episódio de oração na vida de Elias, talvez alguns cristãos de sua época ou de nossos dias tenham imaginado que Tiago fez uma breve oração com tanto poder que imediatamente houve as alterações no clima, tanto quanto à seca, quanto à chuva.
- Lendo o episódio diretamente no texto do Velho Testamento, você percebe a grande lição que ele nos deixou quanto à importância de se perseverar quando se está em oração. Isto é, se alguém começa a orar por alguma coisa deve permanecer em oração até conseguir.
Desenvolvimento
- Observe que sua atitude de perseverança foi embasada numa promessa de Deus, expressa em 18.1.
1.1. Eu sei que faz parte desse ministério várias bases para se colocar diante de Deus em súplicas. As pessoas podem orar tendo como base suas necessidades. Também podem orar tendo como fundamento os fatos que estejam ocorrendo. Também podem orar considerando seus projetos ou sonhos que desejam realizar. Pode ainda orar a partir do que outras pessoas lhes pedem.]
1.2. Todavia, uma das orações que podemos ter certeza que será atendida é a oração feita com base no conhecimento das promessas de Deus. O que Deus prometeu ele vai cumprir porque “Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele fala e deixa de agir? Acaso promete e deixa de cumprir?” (Números 23.19). “Não ficou sem cumprimento nem uma de todas as boas promessas que ele fez por meio do seu servo Moisés” (I Reis 8.56).
- Assim, uma de nossas atitudes no ministério da oração é conhecer as promessas que Deus fez para colocar essas promessas diante dele, a fim de que sejam cumpridas. A propósito, permita-me perguntar: Quantas promessas de Deus você conhece? Antigamente, os crentes sabiam muitas dessas promessas através da conhecida “Caixinha de Promessas”.
- Outra atitude, à semelhança do que fez Elias, é permanecer nessa oração até que ela seja atendida, porque mesmo sendo promessa, ela têm um determinado tempo para ser cumprida.
3.1. Lembra de Daniel? Ele começou a orar e a promessa do livramento só aconteceu quando o tempo se cumpriu, isto é, quando se completaram os 70 anos (Daniel 9.1-4).
3.2. A atitude de perseverar associada à vida de oração foi também ensinada por Jesus Cristo aos seus seguidores (Lucas 18,7). Foi praticada pelos apóstolos (Atos 1.8,14;2.1). Foi ensinada às primeiras igrejas (Efésios 6.18; I Tessalonicenses 5.17).
Conclusão
Oração não é uma varinha mágica que a gente usa quando quer, para ver as coisas acontecerem de repente. Oração é uma atitude de perseverança diante de Deus, mesmo quando está baseada em suas promessas, para que se cumpram no tempo certo.