II Reis 6.1-7
A PRÁTICA DO EMPRÉSTIMO
Introdução
- A atitude de emprestar e tomar emprestado objetos, dinheiro, roupas faz parte das relações entre pessoas desde os tempos mais antigos.
1.1. Na época de Moisés essa prática foi tratada como inevitável e ganhou regulamentação específica para que se evitassem abusos (Êxodo 22.25-27; Deuteronômio 15.6-8).
1.2. O autor do livro de Provérbios adverte sobre abusos nessa prática, principalmente quanto à cobrança de juros e às consequências para quem toma emprestado (Provérbios 22.7; 28.8).
1.3. Por ter chegado aos seus dias, Jesus Cristo também incluiu o assunto em um dos seus discursos sobre as virtudes cristãs (Lucas 6.34).
- Considerando ser uma prática natural entre pessoas que se conhecem, um dos profetas da época de Eliseu pegou um machado emprestado e foi junto com o grupo de profetas cortar madeira, para construir um novo lugar de habitação.
Desenvolvimento
- Para surpresa desse homem, inesperadamente, o ferro do machado se desprendeu do cabo e caiu no rio Jordão, pois estavam cortando árvores em uma de suas margens.
1.1. Como não poderia deixar de ser, considerando sua integridade moral e sua responsabilidade, o homem ficou desesperado. Como iria devolver o que havia tomado como empréstimo?
1.2. Suponhamos que você tenha pego uma peça de roupa emprestada e durante o uso ela sofra um dano... Suponhamos ainda que você peça um dinheiro emprestado e na data marcada você não tenha esse dinheiro para devolver... Suponhamos ainda que você peça emprestado um serrote e durante o uso sua lâmina se quebre...
1.3. Infelizmente em muitos lugares e em várias ocasiões não faltam histórias de pessoas que pegaram dinheiro emprestado e propositadamente nunca mais pagaram... Histórias de pessoas que pegaram algo emprestado e se esqueceram de devolver... Histórias de pessoas que pegaram algo emprestado e nunca se sentiram na obrigação de restituir.
1.4. O homem dessa história bíblica ficou desesperado porque não era leviano e irresponsável, sabendo que teria que devolver. Fez o que mais lhe parecia adequado naquela situação: falou com Eliseu na esperança de que alguma solução pudesse ser dada para o problema.
- Nesse clima de interrogação de todos os que estavam assistindo o ocorrido, Eliseu como profeta de Deus só tinha uma opção. Como servo de Deus, entendeu que só um milagre poderia resolver o problema.
2.1. Mostrado o lugar onde o machado havia caído e lançando um pedaço de madeira, todos viram o poder de Deus se manifestar quando o machado de ferro flutuou. No seu amor para com o homem desesperado Deus interviu na história e fez o que era impossível e até hoje inacreditável.
2.2. Um crente, um crente sincero e responsável, um crente em desespero porque sabia que tinha que devolver o que havia tomado emprestado, um crente que não tinha como resolver o problema à custa de seus próprios recursos, clamou a Deus pedindo uma solução.
Conclusão
- Em nossos dias, talvez a melhor opção em determinados casos seja não tomar nada emprestado, principalmente quando antecipadamente já sabe que terá dificuldade para devolver.
- Se algum objeto, dinheiro ou roupas for emprestado, assim que a finalidade for alcançada, o empréstimo deve ser devolvido, principalmente por parte de crentes sinceros, conscientes e responsáveis.
- Ocorrendo algum imprevisto, nunca devemos pensar que Deus não se importaria com nossos problemas de empréstimo. Se ele não vai mais fazer um machado flutuar nas águas de um rio, o apóstolo Paulo nos deixou o ensino de que ele é “infinitamente mais poderoso para fazer além do que pedimos ou pensamos” (Efésios 3.20). Ore pedindo a Deus uma solução e Deus fará um milagre para resolver seu problema.