92. A Prática do Empréstimo

II Reis 6.1-7

A PRÁTICA DO EMPRÉSTIMO

Introdução

  1. A atitude de emprestar e tomar emprestado objetos, dinheiro, roupas faz parte das relações entre pessoas desde os tempos mais antigos.

1.1. Na época de Moisés essa prática foi tratada como inevitável e ganhou regulamentação específica para que se evitassem abusos (Êxodo 22.25-27; Deuteronômio 15.6-8).

1.2. O autor do livro de Provérbios adverte sobre abusos nessa prática, principalmente quanto à cobrança de juros e às consequências para quem toma emprestado (Provérbios 22.7; 28.8).

1.3. Por ter chegado aos seus dias, Jesus Cristo também incluiu o assunto em um dos seus discursos sobre as virtudes cristãs (Lucas 6.34).

  1. Considerando ser uma prática natural entre pessoas que se conhecem, um dos profetas da época de Eliseu pegou um machado emprestado e foi junto com o grupo de profetas cortar madeira, para construir um novo lugar de habitação.

Desenvolvimento

  1. Para surpresa desse homem, inesperadamente, o ferro do machado se desprendeu do cabo e caiu no rio Jordão, pois estavam cortando árvores em uma de suas margens.

1.1. Como não poderia deixar de ser, considerando sua integridade moral e sua responsabilidade, o homem ficou desesperado. Como iria devolver o que havia tomado como empréstimo?

1.2. Suponhamos que você tenha pego uma peça de roupa emprestada e durante o uso ela sofra um dano... Suponhamos ainda que você peça um dinheiro emprestado e na data marcada você não tenha esse dinheiro para devolver... Suponhamos ainda que você peça emprestado um serrote e durante o uso sua lâmina se quebre...

1.3. Infelizmente em muitos lugares e em várias ocasiões não faltam histórias de pessoas que pegaram dinheiro emprestado e propositadamente nunca mais pagaram... Histórias de pessoas que pegaram algo emprestado e se esqueceram de devolver... Histórias de pessoas que pegaram algo emprestado e nunca se sentiram na obrigação de restituir.

1.4. O homem dessa história bíblica ficou desesperado porque não era leviano e irresponsável, sabendo que teria que devolver. Fez o que mais lhe parecia adequado naquela situação: falou com Eliseu na esperança de que alguma solução pudesse ser dada para o problema.

  1. Nesse clima de interrogação de todos os que estavam assistindo o ocorrido, Eliseu como profeta de Deus só tinha uma opção. Como servo de Deus, entendeu que só um milagre poderia resolver o problema.

2.1. Mostrado o lugar onde o machado havia caído e lançando um pedaço de madeira, todos viram o poder de Deus se manifestar quando o machado de ferro flutuou. No seu amor para com o homem desesperado Deus interviu na história e fez o que era impossível e até hoje inacreditável.

2.2. Um crente, um crente sincero e responsável, um crente em desespero porque sabia que tinha que devolver o que havia tomado emprestado, um crente que não tinha como resolver o problema à custa de seus próprios recursos, clamou a Deus pedindo uma solução.

Conclusão

  1. Em nossos dias, talvez a melhor opção em determinados casos seja não tomar nada emprestado, principalmente quando antecipadamente já sabe que terá dificuldade para devolver.
  2. Se algum objeto, dinheiro ou roupas for emprestado, assim que a finalidade for alcançada, o empréstimo deve ser devolvido, principalmente por parte de crentes sinceros, conscientes e responsáveis.
  3. Ocorrendo algum imprevisto, nunca devemos pensar que Deus não se importaria com nossos problemas de empréstimo. Se ele não vai mais fazer um machado flutuar nas águas de um rio, o apóstolo Paulo nos deixou o ensino de que ele é “infinitamente mais poderoso para fazer além do que pedimos ou pensamos” (Efésios 3.20). Ore pedindo a Deus uma solução e Deus fará um milagre para resolver seu problema.