29. Deus é Pai

 Mateus 11.27

Introdução

  1. Quero aproveitar a oportunidade da comemoração do Dia dos Pai para convidá-los a refletirem sobre a paternidade de Deus.
  • Esta motivação também foi usada pelo salmista quando escreveu: “Assim como um pai se compadece dos seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem” (Salmo 103.13). Ao observar a misericórdia de um pai, o salmista foi levado a pensar na compaixão de Deus.
  • Salomão em seu livro de Provérbios, escrevia: “Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como pai ao filho a quem quer bem” (Provérbios 3.12). Ao ver um pai repreendendo filhos, ele também foi levado a pensar nas repreensões de Deus.
  • O profeta Miquéias perguntava: “Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo Deus?” (Malaquias 2.10). Para o profeta, a figura de um pai de vários filhos lembrava-lhe também a unicidade de Deus como Pai de todos nós.
  1. Mesmo existindo esses textos, a idéia de Deus ser nosso Pai era muito vaga para todos os que viveram nos dias do Velho Testamento. Você não vai achar essa ideia de Deus ser Pai na experiência de Abraão, nem de Moisés, nem dos Reis, nem dos Profetas. O que você encontrará são outros títulos de Deus como: O Supremo Ser, o Deus Altíssimo, o Senhor dos Exércitos, o Todo Poderoso, O Forte Que Vê, O Eterno, O Que Provê, A Minha Bandeira, I Santo, o Pastor, A Justiça Nossa, O Que Está Presente, O Recompensador, O Criador.
  2. Isto significa que se hoje nos dirigimos a Deus e o chamamos de Pai, este é mais um dos benefícios da vinda de Jesus Cristo a este mundo e de seus ensinos. Por isso, mais uma vez ele disse a verdade: “Ninguém conhece o Pai senão o filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. Além de enfatizar insistentemente que é Filho de Deus, Jesus também ensinou que Deus é nosso Pai, nosso Pai Celestial. Então, permita que Jesus revele a você a maneira como Deus é Pai, pois só Jesus pode fazer isto.

Desenvolvimento

1 As revelações que Jesus quer fazer sobre Deus podem ser encontradas em suas palavras que estão registrados nos evangelhos que depois foram ministrados pelos apóstolos. E a principal de todas essas revelações é que Deus como pai ama você, a mim, a todos nós. O amor de Deus revelado por Jesus Cristo passou a ter três característicos básicos: é incondicional, é incomparável, é eterno.

1.1.  Incondicional quer dizer que Ele não estabelece condições para nos amar. Isto significa que não temos que primeiro cumprir os mandamentos que ele deixou, inclusive os 10 Mandamentos, para então nos amar porque a Ele fomos obedientes, procurando fazer a sua vontade. Significa que ele nos ama porque somos obra de suas mãos e tem o propósito de conosco de relacionar (I João 1.3)

1.2.  Incomparável quer dizer que por mais que você espere ser amado pelos seus pais ou pelos seus filhos ou pelo seu cônjuge ou por seus amigos, somente Deus realmente é capaz de amar você de modo a que satisfaça suas necessidades de ser amado e satisfaça sem limites. Significa que  compreendendo mais profundamente o que acontece com o ser humano, as carências afetivas que temos e que já foram explicadas como originárias da falta de amor na vida intra-uterina ou na primeira infância, essa carência de amor vem do fato de não experimentarmos o amor de Deus desde quando nascemos. Em outras palavras: mesmo que tenhamos o maior amor de certas pessoas, mesmo assim haverá uma certa insatisfação que pessoal alguma poderá suprir (João 15.13)

1.3. Eterno quer dizer que Deus sempre vai amar você não apenas durante sua vida neste mundo, mas continuará amando você por toda a eternidade. Por isso quando a Bíblia fala de sua salvação eterna, associa com o amor de Deus (João 3.16). Por isso quando a Bíblia fala que Jesus morreu em nosso lugar para nos salvar, associa com o amor de Jesus (Romanos 5.8). É como se Deus não pudesse viver sem nos amar. Então ele tomou a iniciativa de nos conceder a salvação para continuar nos amando, pois Deus é amor.

  1. As revelações que Jesus quer fazer sobre Deus podem ser experimentadas através de suas orações a Ele dirigidas, após o que você terá as revelações do Espírito Santo ministradas em seu coração, principalmente esta revelação sobre Deus como Pai Celestial amar você, a mim e a todos nós.

2.1. Por mais que o amor de Deus esteja registrado na Bíblia, há o risco de você não experimentar. Para que você não tenha dúvida de que Deus ama você, você se dirige a Deus em oração e pergunta isto diretamente a Ele: “Pai Celestial, é verdade, Senhor, que tu me amas?” O Espírito Santo vai confirmar isto em seu coração.

2.2. Por mais que o amor de Deus esteja registrado na Bíblia, você poderá ter dúvidas a respeito do amor principalmente se na sua vida estiverem acontecendo situações difíceis, de tal monta que você comece a fazer certas perguntas, como por exemplo: “Se Deus me ama tanto assim por que ele permite tanto sofrimento? Por que tanta dificuldade na minha vida? Por que tantas lutas?”. É como se os sofrimentos em sua vida fossem uma evidencia do desamor de Deus. É como se fosse uma contradição. Então você se dirige a Deus em oração e pergunta: “Pai Celestial, é verdade, Senhor, que tu me amas?”.

2.3. Por mais que o amor de Deus esteja registrado na Bíblia, o Diabo se aproxima sutilmente de você e insinua o desamor de Deus. Jesus revelou que ele é o pai da mentira e a maior mentira que ele diz a você é que Deus não existe ou se existo não se importa com você ou com o que acontece em sua vida. Então você se dirige a Deus em oração e pergunta: “Pai Celestial, é verdade que tu me amas?”.

Conclusão

  1. Se você teve um bom pai, lembre-se: Jesus revelou que o Pai Celestial é mais do que bom, porque Deus é amor!
  2. Se você teve um mau pai, saiba: Jesus revelou que o Pai Celestial é perfeito e Ele nunca será mal para com você porque Deus é amor.
  3. Certamente, depois de experimentar o amor do Pai Celestial você também o amará e a Ele obedecerá. Nesse sentido, João apóstolo disse: “Nós o amamos porque Ele nos amou primeiro (I João 4.19).