6. As Três Cruzes do Calvário

Mateus 27.38

AS TRÊS CRUZES DO CALVÁRIO

Introdução

  1. Os escritores dos evangelhos não precisavam mencionar as três cruzes.

1.1. Apenas Jesus Cristo estava numa delas, morrendo em nosso lugar, movido por seu amor e cumprindo profecias, sendo santo.

1.2. Os outros eram malfeitores, isto é, pessoas de mau caráter, ladrões, assassinos, marginais, punidos pelos seus próprios crimes.

  1. Mesmo assim, os evangelistas intencionalmente informam aos seus leitores que eram três as cruzes fincadas no monte Calvário.

Desenvolvimento

  1. Reconheço que havia uma profecia no livro do profeta Isaías, revelando que este fato deveria acontecer, razão pela qual as outras cruzes poderiam ser referidas. Esta profecia dizia: “Foi contado com os transgressores” (Isaías 53.12).

1.1. Significa que, mesmo os malfeitores não sabendo, estavam fazendo parte do cumprimento de uma profecia feita setecentos anos antes.

1.2. Significa ainda que, mesmo os soldados não tendo conhecimento, colocaram Jesus entre malfeitores porque assim estava escrito que deveriam fazer.

  1. Todavia, penso que existe outra razão para que as três cruzes do Calvário fossem mencionadas pelos historiadores dos evangelhos.

2.1. Percebam que os dois tiveram reações diferentes diante da mesma oportunidade. Um claramente rejeitou e até zombou, enquanto o outro num momento de iluminação espiritual acreditou em Jesus e nele e buscou sua salvação.

2.2. O mesmo tem acontecido com pessoas ao longo dos séculos, quando ouvem a pregação do evangelho. Em diferentes partes do mundo, quando pessoas ouvem a história de Jesus, reagem acreditando ou duvidando.

  1. Pensando assim, veja a cruz onde estava o homem cuja reação foi a de rejeitar Jesus. O texto registra sua atitude assim: “Um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele...” Blasfemar significa dizer palavras ultrajantes, ofendendo a divindade ou seus símbolos e pessoas que a representam. É o mesmo que muitos tem feito diante da Bíblia, da igreja, do evangelho, de Jesus, de Deus.
  2. Observe agora o comportamento do outro malfeitor quando teve a mesma oportunidade de estar ao lado de Jesus Cristo. O texto registra seu comportamento assim: “Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que nossos feitos mereciam, mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares em teu reino”.

4.1. Não se deixou influenciar pelo outros, optando por aquilo que sentia em seu coração, ouvindo o Espírito de Deus.

4.2. Refletiu sobre sua própria vida, sobre a oportunidade de ter a salvação eterna, mediante o perdão.

  1. À semelhança deste último, ao longo dos tempos e em nossos dias, por outro lado, muitos outros estão se tornando crentes em Jesus. Fazem a escolha certa de receber Jesus Cristo no coração como Senhor e Salvador, mesmo que outros não o façam.

Conclusão

   Os dois eram pecadores! O que fez diferença entre eles foi o modo como reagiram diante de Jesus quando tiveram a mesma oportunidade. Isto significa que sendo todos pecadores, o que nos torna diferentes uns dos outros é a atitude de crer em Jesus Cristo, reconhecendo nossos pecados e pedindo nosso batismo nas águas.

   Uma vez um rei disse a um amigo seu para pedir o que quisesse, que lhe daria com satisfação. O amigo pensou em títulos no reinado, em propriedades, pensou em tesouros... Depois de muito pensar em várias opções, pediu ao rei a mão de sua filha em casamento. Casando com a princesa, ele também recebeu títulos, propriedades, tesouros... Quando aceitamos Jesus Cristo em nosso coração como nosso Salvador e Senhor, Deus também nos dá perdão de pecados, paz no coração, alegria na alma, libertação e prosperidade, proteção e salvação eterna.