78. Maturidade Espiritual

I Reis 17.15-24

Introdução

  1. Maturidade espiritual é um dos relevantes desafios propostos para pessoas que começam uma experiência com Deus.

1.1. Aqueles que alcançam êxito nesse desafio são aqueles que dizem como a Sunamita: “Agora sei”. Essa mesma expressão foi usada por Jó, quando declarou: “Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos” (Jó 42.5).

1.2. Os que não conseguem são aqueles a quem Jesus disse: “Ó néscios e tardos de coração em crer” (Lucas 24.25).'  Aqueles a quem Paulo escreveu: “Não vos pude falar como a espirituais...” ( I Coríntios 3.1).

  1. Se por um lado não podemos exigir maturidade espiritual de quem está começando uma vida com Deus, por outro lado deveria ser natural depois de algumas experiências na vida. Este foi o argumento usado pelo autor da carta aos hebreus: “Há julgar pelo tempo, já devíeis ser mestres” (Hebreus 5,12).

Desenvolvimento

  1. Destacando a história da Sunamita como exemplo, você pode aplicar em sua vida alguns fatos que fizeram parte da sua experiência de maturidade.

1.1. Observe suas duas falas sobre a morte:        17.12, 17.

1.1.1. Embora dissesse que estava preparada para morrer, na verdade, quando a morte aconteceu, ela ficou desesperada. Se em nossos dias poucas pessoas tem esse preparo, muito mais naquela época e na experiência religiosa dela. Ela não conhecia a pregação sobre a vida eterna.

1.1.2. Por mais que seja difícil para nós, maturidade espiritual nessa área é ter convicção, resultado de ouvir a pregação e crer na promessa de Jesus: “Todo aquele que crer em mim tem a vida eterna”.

1.2. Observe a associação que ela fez da morte de seu filho e de seus pecados (17.18).

1.2.1. Ao admitir que fosse pecadora, revelou simultaneamente que não havia tratado adequadamente este assunto. Ela não conhecia o ensino bíblico que Deus perdoa todo pecador que se arrepende e confessa. Por isso, seu sentimento de culpa fez com que ela se sentisse responsável pela morte do filho.

1.2.2. A Bíblia ensina que se confessarmos nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (I João 1.8-10), A Bíblia que o perdão deve ser concedido todas as vezes que houver arrependimento (Lucas 17.3; Mateus 18.21,22). Maturidade espiritual nesta área é acreditar no perdão de Deus e perdoar a si mesmo.

1.3. Observe a atitude de Elias ao também ser responsabilizado pela morte do menino (17.18).

1.3.1. Além de se condenar e responsabilizar outrem para achar um culpado continua sendo falta de maturidade espiritual. Ela não sabia o ensino bíblico que declara a responsabilidade individual: “O filho não levará a maldade do pai e nem o pai levará a maldade do filho” (Ezequiel 18,20). “Cada um dará conta de si mesmo a Deus” confirmou Paulo apóstolo (Romanos 14.12). Meu pai dizia que minha mãe era culpada. Ninguém é culpado quando ocorrem fatalidades.

1.3.2. De qualquer modo, ela não iria entender uma aula de teologia. Ela precisava de um milagre. Então Elias fez o que é necessário fazer para que aconteçam milagres. Orou a Deus. Orou três vezes. Jesus também orou três vezes no Getsêmani. Paulo orou três vezes para Deus tirasse o espinho de sua carne. Daniel orou vinte e um dias. Isaque orou vinte anos por sua esposa para que tivesse um bebê, A ideia de quem quer um milagre é orar até que o milagre aconteça!

 Conclusão

  1. Alguém poderia terminar esta mensagem dizendo que o milagre aconteceu quando o menino voltou a viver e foi entregue à mãe. O problema é que terminar assim fica parecendo que milagre é fazer pessoas mortas ressuscitarem, o que pode significar distorção do evangelho de Jesus Cristo.
  2. Por isso, quero terminar afirmando que milagre é ter a solução do seu problema. O problema dela era a necessidade de o menino voltar a viver. Em seu caso, você precisa pensar em sua necessidade. Qual é? Está relacionada a vícios? Conflitos familiares? Dívidas financeiras? Perdas que produziram depressão? Desemprego?
  3. Terminando da maneira correta, acrescento que o milagre só terá valor se a maturidade for alcançada. Foi o que aconteceu com a sunamita. Ela disse: “Agora sei que”. Melhor ainda: com milagre ou sem milagre você tenha a maturidade de dizer que confia totalmente em Deus, como Paulo apóstolo afirmou “Eu sei em quem tenho crido!”.