I Reis 17.15-24
Introdução
- Maturidade espiritual é um dos relevantes desafios propostos para pessoas que começam uma experiência com Deus.
1.1. Aqueles que alcançam êxito nesse desafio são aqueles que dizem como a Sunamita: “Agora sei”. Essa mesma expressão foi usada por Jó, quando declarou: “Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos” (Jó 42.5).
1.2. Os que não conseguem são aqueles a quem Jesus disse: “Ó néscios e tardos de coração em crer” (Lucas 24.25).' Aqueles a quem Paulo escreveu: “Não vos pude falar como a espirituais...” ( I Coríntios 3.1).
- Se por um lado não podemos exigir maturidade espiritual de quem está começando uma vida com Deus, por outro lado deveria ser natural depois de algumas experiências na vida. Este foi o argumento usado pelo autor da carta aos hebreus: “Há julgar pelo tempo, já devíeis ser mestres” (Hebreus 5,12).
Desenvolvimento
- Destacando a história da Sunamita como exemplo, você pode aplicar em sua vida alguns fatos que fizeram parte da sua experiência de maturidade.
1.1. Observe suas duas falas sobre a morte: 17.12, 17.
1.1.1. Embora dissesse que estava preparada para morrer, na verdade, quando a morte aconteceu, ela ficou desesperada. Se em nossos dias poucas pessoas tem esse preparo, muito mais naquela época e na experiência religiosa dela. Ela não conhecia a pregação sobre a vida eterna.
1.1.2. Por mais que seja difícil para nós, maturidade espiritual nessa área é ter convicção, resultado de ouvir a pregação e crer na promessa de Jesus: “Todo aquele que crer em mim tem a vida eterna”.
1.2. Observe a associação que ela fez da morte de seu filho e de seus pecados (17.18).
1.2.1. Ao admitir que fosse pecadora, revelou simultaneamente que não havia tratado adequadamente este assunto. Ela não conhecia o ensino bíblico que Deus perdoa todo pecador que se arrepende e confessa. Por isso, seu sentimento de culpa fez com que ela se sentisse responsável pela morte do filho.
1.2.2. A Bíblia ensina que se confessarmos nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (I João 1.8-10), A Bíblia que o perdão deve ser concedido todas as vezes que houver arrependimento (Lucas 17.3; Mateus 18.21,22). Maturidade espiritual nesta área é acreditar no perdão de Deus e perdoar a si mesmo.
1.3. Observe a atitude de Elias ao também ser responsabilizado pela morte do menino (17.18).
1.3.1. Além de se condenar e responsabilizar outrem para achar um culpado continua sendo falta de maturidade espiritual. Ela não sabia o ensino bíblico que declara a responsabilidade individual: “O filho não levará a maldade do pai e nem o pai levará a maldade do filho” (Ezequiel 18,20). “Cada um dará conta de si mesmo a Deus” confirmou Paulo apóstolo (Romanos 14.12). Meu pai dizia que minha mãe era culpada. Ninguém é culpado quando ocorrem fatalidades.
1.3.2. De qualquer modo, ela não iria entender uma aula de teologia. Ela precisava de um milagre. Então Elias fez o que é necessário fazer para que aconteçam milagres. Orou a Deus. Orou três vezes. Jesus também orou três vezes no Getsêmani. Paulo orou três vezes para Deus tirasse o espinho de sua carne. Daniel orou vinte e um dias. Isaque orou vinte anos por sua esposa para que tivesse um bebê, A ideia de quem quer um milagre é orar até que o milagre aconteça!
Conclusão
- Alguém poderia terminar esta mensagem dizendo que o milagre aconteceu quando o menino voltou a viver e foi entregue à mãe. O problema é que terminar assim fica parecendo que milagre é fazer pessoas mortas ressuscitarem, o que pode significar distorção do evangelho de Jesus Cristo.
- Por isso, quero terminar afirmando que milagre é ter a solução do seu problema. O problema dela era a necessidade de o menino voltar a viver. Em seu caso, você precisa pensar em sua necessidade. Qual é? Está relacionada a vícios? Conflitos familiares? Dívidas financeiras? Perdas que produziram depressão? Desemprego?
- Terminando da maneira correta, acrescento que o milagre só terá valor se a maturidade for alcançada. Foi o que aconteceu com a sunamita. Ela disse: “Agora sei que”. Melhor ainda: com milagre ou sem milagre você tenha a maturidade de dizer que confia totalmente em Deus, como Paulo apóstolo afirmou “Eu sei em quem tenho crido!”.