Gênesis 39.1-9
TENTAÇÕES NA ADOLESCÊNCIA
Introdução
- Billy Sunday, jogador americano de basebol, declarou certa vez diante de uma multidão de adolescentes reunidos: “A tentação é a matéria prima com que são feitos os crentes. Se o Diabo nunca tentar vocês, jamais poderão desenvolver uma resistência ao pecado”.
- O significado dessas palavras dele é que as tentações irão fazer parte da vida e sempre serão oportunidades de agir e reagir como José. Ele disse “não” ao Diabo quando fugiu ao ser tentado e também quando lidou com as consequências dessa atitude.
Desenvolvimento
- Deus atua em nossa vida quando leva pessoas a depositarem confiança em você quanto à várias situações que podem ocorrer. Foi o caso que aconteceu na relação entre José e o seu senhor egípcio, quando o colocou confiadamente em sua casa, deixando em suas mãos tudo o que lhe pertencia. Infelizmente, notícias e pesquisas divulgadas mostram que muitas pessoas perdem o crédito que lhe dão diante de corrupção, enganos, promessas e más companhias.
- Se a maioria das pessoas não se importa em ser digna de confiança e ter crédito, lembra sempre que essa é uma atitude basicamente cristã, uma virtude que deve ser visível na vida de um crente em Jesus Cristo. Quando o adolescente crente diz “não” à promiscuidade, à homossexualidade, às drogas, aos jogos de azar, ao orgulho pessoal, aos criminosos, à rebeldia mostrará que é digno de confiança diante da família, da igreja, dos empregadores e principalmente de Deus.
- A atitude de resistir às tentações pode trazer consequências que não sejam agradáveis, pelo contrário, sejam tristes, injustas, amargas, sofridas. Mas esse é o preço que também somos convidados a pagar, conforme está registrado nas páginas da Bíblia. Jesus mesmo se antecipou nos dizendo que “no mundo teríamos aflições”. Paulo apóstolo ensinou que também somos “chamados a sofrer por Jesus Cristo”. O autor da carta aos hebreus foi incisivo que afirmar que nem chegamos ainda “a derramar o nosso sangue” diante das tentações.
- Mais do que em outras épocas, a igreja de Jesus Cristo em nossos dias é desafiada a ter adolescentes que procurem viver corretamente, considerando os valores espirituais, à semelhança de José quando disse: “Como faria tamanha maldade e pecaria contra Deus”. Ser membro da igreja de Jesus Cristo é mais do que participar dos cultos, cantar louvores, entregar dízimos, praticar caridade. É preciso vivenciar integridade, correção, equidade, honestidade, fidelidade nas várias situações da vida no qual possamos nos encontrar. Paulo apóstolo nos escreveu dizendo que nosso desafio é ser diferente das pessoas do mundo: “E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente” (Efésios 4.17).
- Se o Diabo usa as tentações para levar crentes a pecarem, perdendo a credibilidade que lhe concedem, Deus espera que as mesmas tentações sejam a oportunidade dada para mostrarmos nossa genuína fé em Jesus Cristo. Na parábola do filho pródigo contada por Jesus Cristo, o moço se deixou levar no primeiro momento pelas tentações, mas depois ele caiu em si e percebeu que a melhor opção para ele era o arrependimento, voltando a ter uma vida agradável a Deus.
Conclusão
A história de José mostra que ele lidou com a tentação fugindo dela. Diante da fornicação, essa é a atitude recomendada em I Corintios 6.18: “Fugi da fornicação”. Diante da idolatria, essa é atitude recomendada em I Coríntios 10.14: “Fugi da idolatria”. Diante do amor ao dinheiro, a recomendação é esta em I Timóteo 6.11: “Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas”. Diante da efervescência adolescente, esta continuou sendo a recomendação em II Timóteo 2.22: “Foge também das paixões da mocidade”. Enfim, diante de todas as tentações, a fuga, o desviar ou o escape é a melhor opção: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (I Coríntios 10.13). Esse continua sendo o segredo: fugir sempre das tentações.
