Apocalipse 14.13
Introdução
- Este texto pode e deve ser pregado em ocasiões quando ocorrem cultos de despedida de crentes que morrem, principalmente para acentuar a importância doutrinária de que as boas obras não abrem as portas do céu, mas vão atrás dos crentes que são levados para a presença de Deus.
- Todavia, particularmente, eu leio e interpreto este texto como mais uma palavra motivacional destinada a ajudar os crentes a servirem a Deus na igreja, declarando que seu trabalho será recompensando na eternidade. Na sua ida para o céu, as boas obras que realizaram aqui na Terra irão acompanhá-lo.
Desenvolvimento
- Pensando nesse assunto sobre como motivar pessoas a trabalhar na igreja local, eu não gosto de duas expressões que tem sido usada e que já ouvi várias vezes. Não gosto porque são altamente negativas ao criticarem os crentes que só participam dos cultos e não exercem atividades. As expressões usadas são: “Não sejam crentes que alisam banco” e “Não sejam crentes que esquentam banco”.
1.1. Não gosto porque nunca vi nenhum crente desse tipo ser motivado por essas expressões, começando a trabalhar na igreja. Na verdade, são contraproducentes e, psicologicamente falando, poque não se motiva ninguém com declarações negativas.
1.2. Também não gosto porque desvalorizam o ato do crente estar no templo, seja de pé em ato solene ou ajoelhado em reverência, seja sentado no banco ouvindo e refletindo sobre o que vivencia diante de Deus. O ato de vir ao culto no templo, sentar no banco não deve ser usado para desvalorizar o que acontece quando o culto a Deus é celebrado. No momento do ato do culto, Deus está entre nós e a atitude deve ser a de adoração, louvor, comunhão. Isto não deve ser e nem pode ser desvalorizado.
- Se queremos motivar pessoas enquanto estão no ato do culto, no templo, eu prefiro duas outras expressões que já vi algumas vezes. Uma é pintada na parede da frente, atrás do púlpito, e diz: “Entrei para adorar”. A outra é escrita na parede dos fundos: “Saio para servir”. Nesse sentido, a primeira valoriza o ato do culto e a segunda valoriza o ato de servir, sem colocá-las em contradição. São realmente muito mais motivacionais, tanto para que os crentes venham adorar, quanto para que os crentes se disponham a servir.
Conclusão
Quando Jesus Cristo estava lidando com o ato da fé e a prática das obras e seus efeitos motivacionais na vida do crente, Jesus colocou uma completando a outra. A fé nos leva para o céu e as obras seguem atrás em nossa ida para a eternidade.
Pensando especificamente nas obras que realizamos na igreja local, eu sei que o trabalho realizado pelas pessoas em suas múltiplas atividades profissionais exercidas em empresas, instituições e entidades lhes dão sentimento de utilidade, torna-as importantes para a sociedade e torna possível receberem seus salários. Todavia, não sei se farão diferença lá no céu. O que a Bíblia insiste em ensinar é que o trabalho feito para Deus será recompensando na eternidade. Por isso, sempre digo: tenham suas atividades profissionais, mas realizem também as obras de Deus.