84. A Cruz de Cristo

Filipenses 3.18,19

Introdução

  1. Mais uma vez, nesta semana, estive lendo um artigo escrito por um teólogo cristão conservador sobre a cruz de Jesus Cristo. Nesse artigo, ele comenta a atitude, por parte de vários religiosos, de retirarem a cruz do centro da fé cristã.

1.1. Alguns religiosos estão retirando a cruz quando sutilmente a substituem por vários símbolos oriundas de outras religiões, num claro objetivo de atrair todas as pessoas para suas igrejas, misturando todas as crenças.

1.2. Outros religiosos estão retirando a cruz porque não conseguem se desvencilhar dos rituais, liturgias, cerimônias e objetos simbólicos do Judaísmo, voltando então ao Velho Testamento.

1.3. Ainda existem aqueles que retiram a cruz porque não conseguem entende como os seres humanos podem ser salvos através do sangue de Jesus Cristo derramado no Calvário, como Cordeiro de Deus.

1.4. Finalmente, havia os que na época do apóstolo Paulo até se tornavam inimigos da cruz de Cristo, pois desejavam na verdade ter um estilo de vida carnal e mundano, mesmo sendo religiosos.

  1. A esta altura, é preciso, todavia, deixar bem claro que a cruz que deve permanecer como centro da fé cristã não é um objeto constituído por dois pedaços de madeira. Essa cruz até pode ser usada e retirada para representações de peças dramatizadas, como acontece em programações eventuais na igreja.

Desenvolvimento

  1. A cruz a que estamos nos referindo que deve sempre ocupar o centro de nossa fé é a cruz do Calvário, aquela que lá foi erguida e na qual Jesus foi morto como sacrifício para perdão dos pecados e triunfou contra Satanás e seus demônios em suas acusações contra nós: Colossenses 2.13-17.
  2. A cruz é aquela que as pessoas conseguem ver pelos olhos da fé quando é mencionada nas pregações, palestras e ensinos e que também assim foi vista pelo autor do hino 396 CC: I Coríntios 1.18,22-24.
  3. A cruz é aquela que se tornou o altar que substituiu os altares que eram erguidos para sacrifícios de animais no Velho Testamento. Um sacrifício definitivo, perfeito, completo e único: Hebreus 9.11-14, 24-28; 10.12.
  4. A cruz é aquela que foi erguida pela vontade de Deus para salvar a humanidade de seus pecados, dando salvação eterna. Num congresso religioso realizado no Uruguai, um famoso líder messiânico disse: "Jesus não veio para morrer na cruz. Os judeus o crucificaram contra a vontade de Deus. A crucificação foi resultado da ignorância e não da predestinação divina" (Sun Myung Moon, in Jornal Batista, 14.7.1996). Isto não é verdade, pois esse foi o plano de Deus para salvar a humanidade, mediante o perdão de seus pecados através do sacrifício de Jesus na cruz. 

Conclusão

  1. A cruz de madeira, de ferro, de cimento, de ouro que se coloca em templos ou em dramatizações pode estar e ser novamente retirada em outras, pois é apenas um símbolo.
  2. A cruz que deve permanecer como objeto de nossa fé foi a erguida no calvário como altar onde o Cordeiro de Deus foi sacrificado, pois é nela que fomos perdoados e salvos eternamente, nela fomos libertos do poder de Satanás e seus demônios, nela alcançamos vitória nas lutas da vida contra o mundo e a carne, nela recebemos o conforto e o consolo nas provações e sofrimentos, nela somos abençoados com todas as bênçãos materiais e espirituais que Deus quer nos dar.
  3. Continuemos, pois, a proclamar a mensagem da cruz durante toda a nossa vida.