Apocalipse 3.8
A IGREJA QUE JESUS QUER
Introdução
- Mais do que fazer o que a religião cristã espera ou do que os evangélicos propõem ou do que a denominação batista recomenda, uma congregação que se organiza e pensa em ser igreja assim que puder, precisa ter como propósito fazer o que Jesus Cristo quer. Na verdade, o propósito de ser uma igreja que agrade a Jesus Cristo deveria ser o alvo de todas elas, desde as que surgiram nos dias dos apóstolos até as que aparecem hoje com nomes os mais variados.
- Seja a igreja batista, presbiteriana, metodista, luterana, anglicana, católica, assembleia de Deus, universal do reino, internacional da graça, mundial do poder de Deus...
- Seja a igreja da oração silenciosa ou igreja subimos com Jesus, ou igreja fiel até debaixo d’água, ou igreja da benção ininterrupta, ou igreja incêndio de benção, ou igreja valentes de Davi, ou igreja chave de Davi, ou igreja pedra viva, ou igreja Jesus é lindo e cheiroso, igreja pavio que fumega, igreja da floresta encantada, igreja cuspe de Cristo, igreja Jesus vem você fica, igreja do fogo azul, igreja da pomba branca, igreja Cristo é show, igreja arqueiros de Cristo, igreja barranco sagrado, igreja ponte para o céu, ou igreja do amor maior que outra força, ou igreja barco da salvação, ou igreja bola de neve, ou igreja da água abençoada, ou igreja da revelação rápida, ou igreja facho de luz...
- Todas as igrejas deveriam ter a expectativa de um dia ouvir de Jesus Cristo a mesma apreciação que ele fez às igrejas de Smirna e de Filadélfia, registrada no Apocalipse. Das 7 igrejas, apenas essas duas foram aprovadas, pois as outras cinco foram rejeitadas. Especificamente à igreja de Filadélfia, Jesus disse o que Ele quer de uma igreja: guardar sua palavra ou seus ensinos e não negar o seu nome.
Desenvolvimento
- Comentando exatamente os nomes que as igrejas estão dando a si mesmas, o Pr. Roberto Amaral Silveira, no JB de 28.09.2003, afirmou à página 3: “Não é pelo exotismo do nome que uma igreja deve ser avaliada, mas sim por seus ensinos e práticas, à luz do Novo Testamento”.
1.1. Quanto aos ensinos que estão divulgando, Jesus Cristo foi muito claro ao orientar, dizendo: “Ensinando a guardarem o que eu vos tenho ensinado” (Mateus 29.20). Ainda que leia toda a Bíblia e estude várias doutrinas que circulam por aí em várias religiões, a igreja para ser fiel ao nome de Jesus deve se aprender e ministrar apenas os seus ensinos.
1.2. Aliás, uma das peculiaridades dos dias atuais em termos de doutrina é o que chamamos figuradamente de colcha de retalhos ou salada mista. É possível encontrar igrejas cujos ensinos têm de tudo, como resultado do sincretismo religioso, do modernismo, do liberalismo, do paganismo e do mundanismo. Se misturar os ensinos de Jesus Cristo a outros ensinos religiosos e mundanos facilita a vinda de pessoas para se tornarem membros da igreja, este fato tem como consequência fazer o contrário do que Jesus Cristo quer.
1.3. Paulo apóstolo escreveu a um jovem pastor: “Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te bem depressa. Mas se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que á a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade” (I Timóteo 3.14,15).
- Não negar o nome de Jesus Cristo foi a outra virtude da Igreja de Filadélfia. Desde cedo, Jesus foi muito claro quanto a esse aspecto da relação com Ele, quando disse: “Quem, pois, me confessar diante dos homens, eu também o confessarei diante do meu Pai que está nos céus, mas aquele que me negar diante dos homens, eu também o negarei diante do meu Pai que está nos céus ” (Mateus 10.32,33). Lucas registrou sua declaração assim: “Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem, igualmente, se envergonhará dele, quando voltar em sua glória e sob as honrarias do Pai e dos santos anjos” (Lucas 9.26).
2.1. Às vezes eu fico impressionado como as pessoas tem facilidade de falar umas com as outras sobre os nomes de políticos, de artistas, de jogadores de futebol, de fundadores de ideologias, porém se sentem constrangidos, desajeitados, envergonhados de falarem o nome de Jesus Cristo para seus familiares, parentes, vizinhos, amigos, colegas de trabalho e de escola, nas mídias sociais.
2.2. Se o apóstolo Pedro negou a Jesus Cristo porque estava assustado com a possibilidade de ser preso, castigado e morto, em nossos dias o crente corre o risco de negar a Jesus Cristo com receio de ser objeto de zombaria, desdém, escárnio, humilhação.
2.3. Diferentemente do que às vezes acontece conosco, o apóstolo Paulo foi incisivo e categórico ao escrever uma de suas cartas: “Porquanto não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que nele crê; primeiro do judeu, assim como do grego” (Romanos 1.16). Sua vida após a sua conversão teve como único objetivo proclamar o nome de Jesus Cristo onde quer que estivesse e aonde quer que fosse, não se importando com as consequências.
Conclusão.
Em vez de atender às expectativas de quem quer que seja ou adotar um nome exótico para atrair pessoas ou misturar nossos ensinos para enredarmos o povo, nossas igrejas e particularmente esta congregação deveriam primar por não negar ou não se envergonhar do nome de Jesus e de somente ministrar os seus ensinos, pagando o preço que for necessário, lembrando o que Ele disse a todas elas: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.