FORMATURA EM PEDAGOGIA, FAAC, AFONSO CLÁUDIO, 2010.
Colossenses 1.9
"INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL"
Introdução
- Ao me preparar para este momento de Ação de Graças por mais uma turma de Pedagogia nesta Universidade, achei por bem incluir a leitura de um texto sobre a importância da discussão em sala de aula como “ferramenta para o processo de socialização e para a construção do pensamento”. Foi escrito por uma pedagoga da cidade de Gênova, na Itália (Silvia Parrat-Dayan: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-46982007000100002&script=sci_abstract&tlng=pt#:~:text=PARRAT%2DDAYAN%2C%20Silvia.,para%20a%20constru%C3%A7%C3%A3o%20do%20pensamento.&text=A%20discuss%C3%A3o%20consiste%20numa%20intera%C3%A7%C3%A3o,problema%2C%20para%20propor%20uma%20solu%C3%A7%C3%A3o.)
- Em sua abordagem sobre o assunto, ela cita Piaget, dizendo: “A discussão foi considerada por Piaget como um dos elementos que permitem evoluir do egocentrismo, característico da mentalidade de criança pequena, para a descentralização. Nesse sentido a discussão seria como uma ferramenta que incita a criança à criatividade, ao espírito crítico, à confrontação de pontos de vista diferentes. Através dela, a criança vai construir a autonomia, do ponto de vista intelectual, e a cidadania, do ponto de vista social”. Em sua conclusão, ela afirma que a escola só cumpre seu papel se consegue fazer com que a criança aprenda também a discutir e pensar.
Desenvolvimento
- Considerando essas recomendações pedagógicas, lembrei de Jesus Cristo, ainda hoje considerado o Mestre dos Mestres. Ele procurava levar seus discípulos ao raciocínio, a partir de perguntas e de discussões, para produzir neles o que Paulo apóstolo mais tarde veio a nominar de inteligência espiritual.
1.1. Para os que ainda não sabem, Jesus Cristo frequentemente estimulava a discussão ao fazer perguntas em razão do que estavam vivenciando em determinados momentos e situações. Alguns exemplos: “Crede vós que eu possa fazer isto?”, “Quanto mais vale um homem do que uma ovelha?”, “Por que transgredis vós os mandamentos de Deus pela vossa tradição?”, “Vós, quem dizeis que eu sou?”, “O que quereis que vos faça?”, O batismo de João, de onde era? Do céu ou dos homens?”, “Que vos parece?”, “Por que me experimentais?”.
1.2. Em outras palavras, esta metodologia significa que Jesus nunca pretendeu que seus discípulos fossem pessoas sem desenvolvimento intelectual, sem raciocínio perspicaz, sem argumentação lógica, sem inteligência espiritual.
1.3. Sei de religiosos que tem uma visão cega, irracional, submissa, manipuladora de massas sem análise crítica.... Mas essa não era a proposta de Jesus Cristo para nós, incluindo o propósito de nos estimular a discutir os assuntos.
Conclusão
Como pedagogos, mantenham a metodologia da discussão em sala de aula e, como cristãos, vivam uma espiritualidade inteligente, pois era assim que Jesus nos queria como seus discípulos.