162. Anseio Pela Ceia do Senhor

Lucas 22.14-16

ANSEIO PELA CEIA DO SENHOR

Introdução

Ao se referir ao momento quando estaria instituindo a Ceia do Senhor, Jesus Cristo compartilhou um sentimento intenso na expressão: “desejei muito”. No original, a expressão é “desejei desejando”. A expressão idiomática queria enfatizar um anseio ardente, profundo, inadiável.

Desenvolvimento

  1. Embora o texto mencione a celebração da páscoa judaica e nós saibamos de sua relevância na religião israelita, não era sobre essa celebração que Jesus manifestou seu intenso anseio.

1.2. Ele tão somente serviu-se da celebração judaica para instituir a Ceia do Senhor, instituição essa pela qual que Ele aguardava ansiosamente.

1.2. Estava, portanto, com anseio para usar o pão e o vinho como memoriais simbólicos de sua morte que viria logo depois.

  1. Embora mais tarde a igreja em Corinto usasse a ocasião da celebração da Ceia do Senhor como ocasião para realizar banquete alimentar, esse não foi o objetivo de Jesus.

2.1. Eles se reuniam e faziam da ocasião uma oportunidade para beber e comer, como se fosse uma refeição e, assim mesmo, eram irreverentes (I Coríntios 11.20-22).

2.1. Para corrigir o desvio comportamental, o apóstolo Paulo ao orientar sobre os critérios da celebração da Ceia do Senhor, compartilhou detalhes que são válidos até hoje.

2.2. Reforçando esses critérios na carta aos romanos, o apóstolo Paulo escreveu que o “O reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14.17).

  1. O intenso anseio de Jesus era, portanto, deixar uma solenidade simbólica e memorial para que seu sacrifício na cruz do Calvário fosse lembrado por todas as gerações de crentes que viriam ao longo dos séculos. Os apóstolos e os primeiros crentes viram o sacrifício de Jesus por eles, viram sua dor e sofrimento, viram seu corpo dilacerado e seu sangue derramado. Os cristãos posteriores, no entanto, precisavam de um memorial simbólico que lembrasse tudo o que acontecera, além de ouvirem e de lerem sobre o ocorrido.

Conclusão

No meu entender, não importa se a celebração é feita todos os domingos ou uma vez por mês. Não importante se é feita a cada dois meses ou trimestral. O que importa é ter o mesmo sentimento de Jesus, desejando intensamente participar da Ceia sempre que ocorra e fazer isto de modo simbólico e memorial, com muita gratidão na alma. Importa que não seja uma celebração rotineira, nem fria, mecânica ou superficial. Importa que haja um sentimento sincero e ardente.