174. Autoavaliação Espiritual

Jeremias 8.20

AUTOAVALIAÇÃO ESPIRITUAL

Introdução

  1. O tempo é um santo remédio”. Foi para Jacó em relação à ira de Esaú. Foi para Davi em relação à sua confiança em Deus. Foi para o mundo em relação à vinda de Jesus.
  2. O problema começa quando o tempo passa e nós não vivemos as oportunidades que Deus nos dá. O problema piora quando não tomamos consciência da nossa falha em não aproveitar as oportunidades para fazer autoanálise espiritual no tempo que passa. Consequentemente agindo assim, nós veremos novamente o tempo passar e novamente perderemos oportunidades.

Desenvolvimento

  1. Para ajudar vocês a perceberem a importância da autoavaliação espiritual no tempo que passa, penso ser muito interessante prestar atenção à poesia de Laurindo Rabelo:

“Deus pede estrita conta do meu tempo;

é forçoso do tempo já dar conta;

mas como dar, sem tempo, tanta conta,

eu que gastei, sem conta, tanto tempo?

Para ter minha conta feita a tempo,

dado me foi bem tempo e não fiz conta.

Não quis, sobrando tempo, fazer conta;

quero hoje fazer conta, e falta tempo.

Ó vos, que tendes tempo sem ter conta,

não gasteis vosso tempo em passatempo,

cuidai, enquanto é tempo, em fazer conta.

Ah! Se aqueles que contam com seu tempo

fizessem desse tempo alguma conta,

não choravam como eu, o não ter tempo…

  1. Para ajudar vocês a perceberem a importância de fazer autoavaliação sempre que for necessário, lembro-lhes as recomendações da Bíblia em I Coríntios 11.31,31. A idéia do apóstolo não era impedir ninguém de participar da ceia, mas que fizessem autoanalisa sobre o que estavam vivendo como crentes em Jesus Cristo.
  2. Essa foi pelo menos a nobre atitude daqueles crentes da época de Jeremias. É verdade que perderam as oportunidades, mas tiveram a seu favor a atitude de terem concluído que o tempo havia passado e que ainda não estavam salvos.
  3. Alguém já disse que “errar uma vez é humano; errar duas vezes é teimosia; errar três vezes é burrice”. Aí eu pergunto: “Por que continuam errando?”. Resposta: Porque falta-lhes a capacidade de “caírem em si”. Em outras palavras: falta-lhes a capacidade de fazer autoanálise.
  4. Um educador propôs as seguintes perguntas para ajudar as pessoas a fazerem autoanálise: “Quem sou eu? Você é grande ou pequeno em valores? Qual emoção você tem dificuldades em controlar? Por quê? Você é sempre sincero? Você é caridoso, bondoso, gentil ou durão, grosseiro e exigente? Quais são seus medos, dificuldades, preocupações? Que palavra o incomoda mais: mentira, egoísmo, vingança, irresponsabilidade, infidelidade, inveja, maledicência, injustiça, infidelidade, frieza, perseguição? Você se interessa pelos outros? Importa-se com o que acontece aos outros?” Você faz perguntas a si mesmo ou apenas vai vivendo a vida?

4.1. O melhor exemplo dos resultados de uma autoavaliação é o filho pródigo: Lucas 15.17. A realidade de sua vida, as oportunidades que havia perdido e o tempo que estava passando o levaram a essa conclusão e sua vida mudou!

4.2. Outro exemplo é do salmista, que fazia perguntas a si mesmo: Salmo 42-11; 43-5.

Conclusão

             As pessoas na época de Jeremias deixaram o tempo passar sem terem aproveitado a salvação até então oferecida, mas caíram em si e começaram a se interessar pela salvação. Então, vou ajudar você a fazer algumas perguntas a si mesmo: a) O que eu tenho feito dos dízimos? Estou entregando na igreja ou estou gastando comigo mesmo? b) Estou sempre presente nos cultos da igreja ou não dou tanta importância a esses cultos? c) Tenho interesse em convidar pessoas para virem à igreja ou sinto vergonha de falar de Jesus d) Realmente eu devo servir a Deus na igreja ou não acredito que meu trabalho na igreja é importante para minha vida espiritual? e) Quero perdoar as pessoas que erram comigo ou quero que as pessoas se explodam? f) Quero receber Jesus Cristo em meu coração para ter perdão e vida eterna ou pouco me importo em ir para o inferno?