168. Ter os Familiares na Igreja

Atos 1.13,14

TER OS FAMILIARES NA IGREJA

Introdução

  1. Além de vários irmãos viverem a experiência de não ter seus familiares e parentes fazendo parte da igreja, uma estudo detalhado, nas páginas dos evangelhos, mostrará que essa também foi a experiência de Jesus Cristo, durante parte de sua vida. Os textos bíblicos mostram que os familiares e parentes de Jesus não participavam, duvidavam e até o tiveram como “fora de si” (Jaó 7.5; Marcos 3.21, 31).
  2. Na medida em que o tempo passou e Deus atuou na vida deles, também observamos que a situação mudou, a atitude deles foi transformada e passaram a crer em Jesus Cristo, a fazer parte da igreja e até se tornaram líderes cristãos. O relato no livro de Atos mostra essa alteração quando os discípulos de Jesus se reuniram em oração no cenáculo, junto com os apóstolos. Ali estavam eles e a mãe juntos, mostrando que haviam se convertido.

Desenvolvimento

  1. Se você vive uma experiência semelhante, pois acontece com qualquer um - aconteceu com Jesus - e se você quiser saber que atitudes, de sua parte, podem contribuir para que familiares e parentes seus também se tornem crentes, estejam na igreja e sejam salvos, presta atenção em algumas atitudes de sua parte, que também foram atitudes de outros crentes.

1.1. Entenda que faz parte da sua missão ou tarefa proporcionar condições para que seus familiares e parentes possam ouvir a pregação, conforme Cornélio entendeu ao realizar um culto em sua casa. Além de colocar sua casa à disposição para que o evangelho fosse pregado, ele convidou pessoas e principalmente seus familiares e parentes para que estivessem presentes: “E no dia imediato chegaram a Cesaréia. E Cornélio os estava esperando, tendo já convidado os seus parentes e amigos mais íntimos” (Atos 10.24). Se a fé vem pelo ouvir, então seus familiares e parentes também precisam ouvir a pregação do evangelho para que tenham a possibilidade de crer. Nestes tempos de transmissão de cultos pelo rádio, televisão e mídias sociais, ter os familiares convidados para acompanhar a transmissão é mais uma possibilidade.

1.2. Acredita na palavra que afirma o interesse de Deus em salvar seus parentes e familiares, conforme o carcereiro de Filipos precisou acreditar. É verdade que a salvação é individual e que cada um dará conta de si mesmo a Deus, mas o projeto divino para você é o mesmo que foi dito ao carcereiro, quando perguntou o que ele deveria fazer para ser salvo. Paulo apóstolo respondeu dizendo que era para ele e sua família: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (Atos 16.31).  Acredita, mesmo que o comportamento deles dê a impressão que nunca irá ocorrer.

1.3. Interceda diante de Deus pedindo a conversão deles, mesmo que seja um bom filho, um bom marido, uma boa esposa, um bom tio, um bom sobrinho. Não basta ser bom para ser salvo. É preciso que haja conversão deles.  Interceda principalmente se é um filho rebelde, um marido viciado, um parente problemático. Deus tem o poder de mudar o coração das pessoas para crer em Jesus Cristo. Deus tem feito isto com muitas pessoas e também pode fazer por seus familiares e parentes.  

1.3. Espera pacientemente pelo agir de Deus e pelas experiências que as pessoas precisam viver. Espera mesmo, à luz do imediatismo do nosso tempo, quando queremos tudo sem esperar. É verdade que o salmista disse no Salmo 70 “Apressa-te Senhor”, mas isso foi no salmo 70. No salmo 40, ele disse: “Esperei com paciência”.

  1. Quando eu fiz o batismo do irmão Rupper Dutra da Rosa, em Afonso Cláudio, ES, um dos testemunhos que ele me deu foi quanto à atitude de sua mãe em interceder por sua conversão e batismo, além de leva-lo à igreja. Ele, todavia, não mostrava interesse e sempre fugia dos cultos, principalmente quando a mãe fechava os olhos para orar. O tempo passou, as experiências ocorreram, a mãe morreu, todavia quando o conheci, já com mais de 50 anos de idade, ele se converteu e pediu seu batismo, tornando-se um operoso membro da igreja.

Conclusão

      Aconteceu com Jesus Cristo, aconteceu com Cornélio, aconteceu com o carcereiro de Filipos, aconteceu com Rupper e me fez lembrar também a experiência de uma esposa chamada Regina Mazzoco, então membro da Igreja Batista da Glória, em Vila Velha. Ela vivia a experiência de ter um marido incrédulo, hostil e zombeteiro. Eu mesmo ouvi algumas vezes sua história de sofrimento durante muitos anos. Então, em 2007 eu estive com o casal em outra igreja. Ao chegar no templo dessa outra igreja, ele  me perguntou: “O senhor se lembra de mim?” Eu disse: “Sim! Como poderia esquecer”. Ele acrescentou: “Hoje sou crente em Jesus e agora diácono da igreja”. Logo depois ela chegou. Sentamos juntos e louvamos a Deus.

        E se eles não se converterem? Neste caso, você terá feito a sua parte e cada um dará conta de si mesmo a Deus.