96. Jesus e a Política

João 6.15

JESUS E A POLÍTICA

Introdução

  1. Em períodos eleitorais, embora apenas um candidato seja eleito para o exercício da presidência da República e do governo de cada Estado, a verdade é que todos os demais tem o desejo de conseguir, pois para isso se empenham ao máximo que podem. Nesse objetivo, fazem alianças partidárias, gastam muitos recursos financeiros e se envolvem no corpo a corpo buscando votos.
  2. Se isto é que periodicamente acontece entre os homens que desejam o poder, porque Jesus Cristo não aproveitou a oportunidade quando pretendiam aclamá-lo rei? A fama do seu nome e as obras já realizadas se tornaram suficientes para convencer as pessoas que ele estaria à altura de um governo justo, social e realizador... O povo e demais autoridades queriam empossa-lo.

Desenvolvimento

  1. Antes de tudo, para que vocês hoje entendam a reação de Jesus ao se afastar dessa possibilidade naquele momento, precisam entender também a intenção das pessoas que queriam coroá-lo.

1.1. A análise de todo o período histórico que vinha desde os tempos de Saul, o primeiro rei de Israel, assim como o clima de domínio que estava sendo vivido sob o poder de Roma na região, mostram que eles queriam um político que lhes garantisse independência, liberdade e prosperidade.

1.2. Também queriam restaurar a influência deles no espaço geográfico, razão por que, inclusive, chegaram a perguntar a Jesus após a ressurreição: “Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?” (Atos 1.6). Assim como cada povo tem sua localização geográfica que garante identidade, propriedade, cultura, ir e vir, eles queriam que Jesus garantisse definitivamente aquele local onde estavam morando, trabalhando e vivendo.

  1. Considerando estes fatos e principalmente o aspecto divino, Jesus se esquivou e foi embora. Tempos mais tarde, diante de Pilatos que lhe indagou exatamente sobre possíveis pretensões políticas e geográficas de um governo, Jesus tornou definitiva sua posição pessoal ao dizer-lhe: “Meu Reino não é deste mundo” (João 18.36).

2.1. Por isso, precisamos concluir sem sombra de dúvida que não sendo político, geográfico e, consequentemente material, o governo de Jesus Cristo no tempo presente e na eternidade tem outros característicos.

2.2. O reino de Jesus é espiritual. Isto significa que existe no íntimo de pessoas que o corroam como Rei, Senhor, Mestre e Salvador, procurando seguir seus ensinos.

2.2. O reino de Jesus é celestial. Isto significa que seus princípios e valores não estão baseados em leis que possam ser criadas pelos homens. São leis que vem dos céus.

2.3. O reino de Jesus é universal. Isto significa que não está restrito a uma área geográfica ou a um povo, mas está em todos os lugares, congregando pessoas de todos os povos, nações e línguas.

Conclusão

Se naqueles dias Jesus não quis ser rei de Israel, hoje, todavia, ele quer ser Rei em seu coração. Você pode orar e cantar agora ao Rei das Nações:

Grande são as Tuas obras
Senhor todo poderoso
Justos e verdadeiros
São os Teus caminhos

Ó, rei das nações
Quem não temerá?
Quem não glorificará Teu nome?
Ó rei das nações
Quem não te louvará?
Pois só Teu nome é santo

Todas as nações virão
E adorarão diante de Ti
Pois os Teus atos de justiça
Se fizeram manifestos