136. Uma Grande Fé

Mateus 8.10; 15.28

UMA GRANDE FÉ

Introdução

  1. Na medida em que você lê as histórias pessoais e familiares narradas nas páginas da Bíblia, poderá constatar que não existem nem mesmo duas histórias iguais.

1.1. Elas são diferentes quanto aos locais, às personagens, às situações, aos nomes, às ocasiões, aos efeitos. Isto significa, em outras palavras, que minha história não é igual a sua e nem a sua igual a de quem quer que seja quanto à ideia de querer que ocorram os mesmos milagres da mesma maneira.

1.2. Por outro lado, em diferentes histórias narradas na Bíblia existe um denominador comum. Para que tivessem ocorrido milagres foi necessário que pessoas tivessem fé e em várias histórias o milagre ocorreu porque as pessoas tiveram uma grande fé. Aliás, a Bíblia ensina que o “justo viverá pela fé” e que “sem fé é impossível agradar a Deus”.

  1. Nessas duas histórias, a do centurião e da mãe suplicante, Jesus foi muito claro em esclarecer que o elemento comum foi o fato de que um e outro tiveram essa grande fé. Foram atitudes diferentes daqueles que não tiveram fé ou que tiveram uma pequena fé.

Desenvolvimento

  1. Se você quer experimentar milagres na sua vida ou de sua família, independentemente de qual seja o problema a ser resolvido, de qual seja sua situação moral, social ou financeira, de quais sejam seus méritos religiosos ou de quais dificuldades precisam ser superadas, a exigência fundamental é a atitude de acreditar. Acreditar em Jesus Cristo e acreditar que o milagre pode ocorrer. Procurando compreender o que significa essa atitude na prática, podemos recorrer ao sentido no original grego em que foi escrito o Novo Testamento. A palavra original “pistia” indica a noção de acreditar. É como se a pessoa dissesse: “Tenho confiança em alguém e reconheço um fato como verdadeiro”.
  2. Quanto à sua natureza, podemos dizer que existem três tipos de fé.

2.1. Um deles é a fé natural, elemento inerente ao psiquismo e que faz as pessoas confiarem uma nas outras, deixarem seus recursos financeiros nos bancos, usarem automóveis, ônibus, trem e avião para se locomover, tomarem remédios indicados pelos médicos.

2.2. Outro tipo é a fé religiosa, presente nas várias igrejas e seitas e através das quais as pessoas praticam seus rituais seguem suas doutrinas e confiam em seus líderes e deuses. Está presente nas religiões existentes no mundo inteiro.

2.3. Finalmente existe a fé sobrenatural que surge diante de desafios, demandas e necessidades, instrumento pelo qual os milagres divinos são realizados. Essa era a fé despertada por Jesus Cristo nas pessoas que viram o poder de Deus manifestado.

  1. Por mais que exista uma implicação sentimental ou uma conotação intelectual para explicar o que seja a fé, razão porque as pessoas que a experimentam tenham suas emoções afetadas e procurem explicar racionalmente um fato, a atitude crer que gera milagres tem origens mais intensas. Não basta apenas uma adesão intelectual a uma crença ou uma reação emocional de chorar ou sorrir quando se crê. O ato de ter muita fé não é originado nas estruturas do psiquismo humano, embora passe por esse canal. Sua origem é espiritual, isto é, nasce no âmago do espírito de cada um, quando este é despertado pela Palavra de Deus e pelo Espírito de Deus. É uma resposta interior, íntima, profunda do ser. Por isso é uma fé espiritual.

Conclusão

Em ambas as situações narradas nos textos bíblicos, a do centurião que teve o servo curado e da mãe que teve a filha libertada, o texto informa que Jesus Cristo ficou admirado, revelando que não é uma experiência fácil de ocorrer. A maioria das pessoas permanecerá sem crer e muitos terão apenas uma pequena fé. A expectativa de Deus, todavia, é de que eu e você possamos ultrapassar esses paradigmas e ser possuidores de uma grande fé. Possamos ouvir de Jesus também: “Grande é a tua fé”.