Atos 27.5-10, 15, 18, 23-25, 29-31, 41-44
NAVIOS QUE AFUNDAM
Introdução
- Não posso negar que estou lendo essa história no livro de Atos a propósito de navios que afundam vez por outra em nossos oceanos.
1.1. O último de maior consequência ocorreu na Coreia do Sul, em 2014, matando 304 pessoas, sendo a maioria estudantes de uma escola secundária.
1.2. O mais famoso foi o Titanic, ocorrido em 1912, que custara 200 milhões de dólares, matando cerca de 500 pessoas que faziam sua viagem inaugural.
- No caso do navio Titanic, quando seu comandante recebeu o aviso dos perigos com os icebergs, não deu nenhuma importância, pois diziam que “Nem Deus afundaria o Titanic”. Em seu excesso de confiança, muitos desafiaram Deus, dizendo em outras palavras, com arrogância e autossuficiência, que não precisavam de Deus.
Desenvolvimento
- Na história do navio em que estava o apóstolo Paulo, no primeiro século, a certa altura da viagem, ele encalhou a proa, a popa começou a se desfazer e acabou por afundar também.
1.1. Vocês precisam perceber que essa história não foi narrada por Lucas apenas para narrar que mais um navio havia afundado em algum mar. Lucas a escreveu para dizer que nesse episódio o apóstolo Paulo estava presente e ao perceber a gravidade da tempestade começou a orar, pedindo socorro a Deus.
1.2. Mais ainda: que Deus atendeu sua oração garantindo que todos os que estavam no navio iriam ser salvos, mesmo que o navio afundasse. Não houve nem arrogância e nem autossuficiência, mas total dependência do poder e do amor de Deus. A narrativa informa que realmente todos foram salvos e chegaram a praia para uma nova oportunidade.
- A aplicação deste fato bíblico em sua vida nos dias de hoje não significa que você irá fazer alguma viagem de navio nos próximos dias ou meses e deva estar em oração para que o navio não afunde ou se afundar que você seja salvo.
2.1. A aplicação é no sentido de que seja de navio, de avião, de ônibus, de carro, de moto, de bicicleta não confie na segurança de nenhum desses veículos de transportes, pois todos estes estão sujeitos a acidentes conforme noticiam frequentemente os jornais.
2.2. Seja em algum veículo ou mesmo andando a pé em suas caminhadas ou afazeres, busque e conte com a presença e proteção de Deus. O salmista escreveu: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que se mude a terra, e ainda que se transportem os montes para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza” (Salmo 46.1-3). Deus disse através do profeta Isaías: “Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti” (Isaías 43.2). Jesus Cristo garantiu: “Estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mateus 28.28).
Conclusão
Além de contar com Deus quando estiver fazendo uso de qualquer tipo de veículo ou andando a pé, também você pode contar com Deus quando o navio de sua vida estiver navegando nos mares dos problemas, das dificuldades, dos sofrimentos, das perseguições, das injustiças...
Faça como Paulo no meio das tempestades da vida. Ele orou e Deus lhe garantiu proteção. Ele testificou depois, dizendo: “Portanto, ó senhores, tende bom ânimo; porque creio em Deus, que há de acontecer assim como a mim me foi dito” (Atos 27.25). Quando Deus lhe garantir essa mesma proteção, tenha certeza dela e dê seu testemunho de fé.
O hino “Maravilhosa Graça” segundo a tradição foi escrito por John Newton, ex-traficante de escravos que se converteu, depois que o navio em fazia de uma de suas viagens também quase naufragou no litoral irlandês em 1748. Diante da possibilidade da morte por naufrágio, ele entregou sua vida a Deus e depois de convertido escreveu este hino.