141. Dízimos no Culto

Êxodo 23.15; Deuteronômio 16.16

DÍZIMO NOS CULTOS

Introdução

  1. Para celebrar as várias festas religiosas e os atos de cultos realizados nos dias do Velho Testamento, Deus mesmo deu orientações, através de Moisés, sobre como deveriam fazer em suas liturgias. Para quem já prestou atenção, o Livro de Levíticos é destinado a fornecer informações específicas, mencionando os sacrifícios, a leitura da Lei, os cânticos, os dízimos e as ofertas. Para se referir à necessidade de entregar dos dízimos e ofertas, a recomendação era: “ninguém apareça vazio perante mim”.
  2. Nos dias da igreja primitiva, o apóstolo Paulo em carta aos Coríntios nos fornece informações sobre essa liturgia no Novo Testamento. Além de mencionar os hinos e cânticos espirituais na carta aos efésios, ele também menciona na carta aos coríntios como partes dos cultos a recitação de salmos, o ensino de doutrina, entrega de revelações, mensagens e pregação do evangelho (Efésios 5.19; I Coríntios 14.26; I Coríntios 16.2). Para se referir à necessidade de entregar dízimos e ofertas a recomendação era que “cada um contribua”. Isto é: ninguém apareça de mãos vazias.

Desenvolvimento

  1. Em outras palavras, seja no tempo mais antigo, seja nos dias da igreja primitiva, seja ao longo dos séculos, seja nos dias atuais, os atos de cultos são completos quando incluem a entrega de dízimos e ofertas. Pode ser que a liturgia se limite a cânticos espirituais e pregação da Palavra, como tem acontecido em muitas igrejas no presente, mas não podemos prescindir da entrega de dízimos e ofertas.
  2. Se vocês percorrem das páginas da Bíblia no Velho e Novo Testamento é esta orientação que vão receber, conforme leitura dos seguintes textos: Êxodo 35.4-10; Salmo 96.7,8; Malaquias 3.10; Mateus 23.23; II Coríntios 16.2).
  3. Mais ainda: o registro histórico das práticas deles ao longo dos séculos mostra que era o que faziam. Vou destacar apenas dois desses contínuos momentos: II Crônicas 31.5-10 e Atos 4.32-37.
  4. Embora existam variados modos de recolher os dízimos e ofertas, o móvel chamado “gazofilácio” que existe à frente do templo, é uma consequência dessa prática. Porque eram muitas as pessoas que entregavam, o do templo de Jerusalém tinha 13 bocas. Foi diante dele que Jesus se sentou para ver quem entregava suas contribuições (Marcos 12.41).

Conclusão

Eu reconheço que a liturgia dos cultos tem variado muito de igreja para igreja e de época para época, quando se percebe a ausência de algumas das partes principais como da oração de confissão e perdão de Isaías 6.5-7 e o acréscimo de outras como a parte chamada “comunicações”, que são os avisos das atividades da igreja. Todavia, não podemos prescindir da entrega dos dízimos e ofertas, considerando principalmente a expressão usada por Deus: “ninguém apareça de mãos vazias diante de mim”.

Ilustração: Uma vez uma família comprou uma casa por um preço abaixo do mercado, porque era tida como mal assombrada. Quando perguntaram qual era a assombração, responderam que à noite, quando apagavam as luzes, um culto era iniciado e durava a noite toda, sem deixar as pessoas dormirem. Como a família era de crentes, eles compraram a casa, aproveitando o preço e entendendo que para eles não seria um problema. Realmente, nos primeiros dias, eles até acharam interessante, mas depois, com o tempo e noites sem dormir, ficaram incomodados e queriam acabar com aquele culto mal assombrado. Um dos filhos disse que havia notado um fato durante o culto e já sabia como acabar com aquela experiência. À noite, quando se apagaram as luzes e o culto começou, ele foi mostrando as partes dos cultos. Mostrou que tinha prelúdio, adoração, louvor, avisos, testemunhos, orações, pregação, coreografia, recitação de poesia, musica coral, banda jovem, solistas, duetos, trios, quartetos... Então, à certa altura, o filho daquela família levantou a voz e disse: “Oi irmãos, estamos gostando de todo o culto, mas tá na hora de entregar os dízimos e ofertas... Aqui, irmãos, tragam aqui para o gazofilácio, seus dízimos e ofertas”. Foi um silêncio geral como se todos tivessem ido embora. Puderam dormir o resto da noite e nas noites seguintes. Para aqueles “crentes mal assombrados” o culto podia ter tudo, menos entrega de dízimos.