125. Nossos Sentimentos

II Samuel 13.1-4, 15

NOSSOS SENTIMENTOS

Introdução

  1. Os sentimentos fazem parte da constituição psicológica dos seres humanos e podem ser percebidos através de estados e atitudes experimentados diante de acontecimentos vivenciados. Por causa de sua importância, tem sido estudado pelos especialistas, que já identificaram os cinco principais, além de suas variantes. São eles: o medo e a coragem, a alegria e a tristeza, a repulsa e a aceitação, a confiança e a dúvida, o amor e o ódio.
  2. Um dos que mais afetam os relacionamentos é o amor e o ódio, principalmente no que diz respeito aos planos de namorar, noivar e casar. Quando esses dois sentimentos são experimentados, existe uma reação em cadeia que mexe com o indivíduo, alterando o funcionamento dos seu organismo, dos seus pensamentos, de sua vontade e do seu comportamento.  2.1. Estes efeitos foram observados na experiência de Amon em seu amor por Tamar, que ao final foi transformado em ódio e repulsa. Estava tão apaixonado que perdeu a fome, deixou de comer e começou a emagrecer, fazendo dela seu único objeto de pensamento, planos de sedução e abuso sexual. Depois, no entanto, não queria mais vê-la.

2.2. Por causa de experiências semelhantes a essa, que continuam acontecendo em nossos dias, é necessário que as pessoas saibam lidar com seus sentimentos, para que resultados iguais não ocorram e não virem casos de polícia nas manchetes dos jornais, rumor nas mídias sociais e difamação na comunidade, principalmente se somos crentes em Jesus Cristo.

Desenvolvimento

  1. A experiência sentimental sobre amar e ser amado pode ser tão relevante que, uma moça deixou escrito em seu depoimento: “Quando eu era menina, havia um garoto a quem eu adorava e era com ele que eu queria casar. Aos 15 anos, porém, comecei a pedir apenas que eu tivesse um esposo. Aos 16 anos, lembro-me, queria que fosse alto e forte. Aos 17 anos, imaginava que fosse louro e de olhos azuis. Aos 20 anos, tinha certeza que iria me apaixonar por uma pessoa de maturidade emocional. Aos 22 anos, estava inclinada à visão de um universitário. Aos 24 anos, minha visão começou a mudar e pensava em estabilidade financeira. Aos 26 anos comecei a ficar preocupada e pedia apenas que fosse atencioso. Aos 28 anos, já impensadamente, pedia alguém que não fosse cansativo e desagradável. Agora, na idade em que estou, qualquer um serve, desde que esteja vivo”.
  2. Penso e acredito que a melhor maneira de lidar com nosso sentimento quanto a amar e ser amado, tendo alguém para viver durante a vida, é descobrir que Deus é a pessoa mais interessada em nos abençoar nesse assunto também.

2.1. Basta lembrar que Deus é o autor do sentimento de amar, sendo Ele mesmo a fonte do amor eterno. A Bíblia é clara em ensinar: “Deus é amor”. Quando nos fez à sua imagem e semelhança, incluiu em seu projeto a faculdade de amar, inclusive quanto ao amor conjugal.

2.2. Basta lembrar, também, que Deus foi o autor do relacionamento entre o primeiro casal que existiu na face da terra. Deus viu que Adão sentia-se solitário e criou Eva para que estivessem juntos, sendo verdadeiros companheiros.

2.3. Basta lembrar, ainda, que nos relatos bíblicos são várias as recomendações de Deus, principalmente através de Jesus Cristo, sobre a maneira como os casais devem viver. Uma das mais importantes que vem desde o Jardim do Éden e foi repetida por Jesus Cristo diz: “Serão os dois uma só carne”.

  1. Isto significa, também, em outras palavras que nada deve unir duas pessoas senão o sentimento de amor. Infelizmente, numa pesquisa promovida pela Unesco sobre as razões pelas quais as pessoas se casam, aparecem insegurança, pressão familiar, influência do meio, medo de ser solteiro, amparo financeiro... O amor aparece, nessa pesquisa, em último lugar.
  2. Mais ainda: não devemos confundir o sentimento de amor com a paixão. Enquanto o amor dura tempo indeterminado e tem uma dimensão espiritual, a paixão é, em sua natureza passageira e carnal. Foi o havia experimentado Amon por Tamar em seus desdobramentos lamentáveis e profundamente dramáticos.

Conclusão

Se tudo em sua vida deve ser objeto de oração diante de Deus, entenda que sua vida sentimental quanto a amar e ser amado também deve ser apresentado diante do Pai celestial. Mais ainda, seu respeito aos sentimentos da outra pessoa deve ser visível, principalmente quanto à sua maneira de viver como crente em Jesus Cristo.