I Coríntios 15.33
Introdução
- Inegavelmente Jesus Cristo em seus relacionamentos viveu com diferentes tipos de pessoas, chegando mesmo a ser chamado de “amigo de pecadores” (Lucas 7.34).
- Mesmo assim, preocupado com os efeitos negativos de qualquer relacionamento na vida dos crentes de sua época, Paulo apóstolo advertiu-os sobre os perigos das más companhias. Chegou ao ponto de afirmar que o relacionamento com pessoas erradas acaba corrompendo os bons costumes.
Desenvolvimento
- Embora Jesus Cristo realmente tenha se relacionado até mesmo com pecadores sem que fosse influenciado por eles, o mesmo não tem acontecido com alguns ao longo dos tempos.
1.1. Não aconteceu com muitos do povo de Deus quando saíram do Egito e atravessaram o deserto. Por haver uma mistura de pessoas foram negativamente influenciados (Êxodo 12.37-38; Números 11.4; Deuteronômio 9.11,12).
1.2. Não aconteceu com muitos do povo de Deus ao ocuparem a terra prometida. Em vez de se afastarem das pessoas ruins, eles se relacionaram com eles e se afastaram de Deus (Juízes 1.27-32; 2.11-13; Salmo 106.34-39).
1.3. Não aconteceu com muitos do povo de Deus depois que voltaram do cativeiro babilônico. Conviveram com pessoas erradas e até contraíram casamento, gerando situações inadequadas (Neemias 13.1-9).
1.4. Não estava acontecendo com alguns membros da igreja em Corinto. Em nome da amizade, do relacionamento social e da convivência diplomática permitiam a corrupção dos valores cristãos.
- A esta altura, vocês estariam indagando: “Se Jesus se relacionou com todos, como entender a postura do apóstolo Paulo ao alertar contra as más companhias?”. Acredito que a resposta está numa palavra dita por Thomas Watson, pregador e escritor puritano da Inglaterra: “Se não conseguirmos melhorar os outros, ao menos tenhamos cuidado em que eles não nos façam piores” (Revista Fé Para Hoje, nº 19, pg. 10).
2.1. Jesus Cristo, o Filho de Deus, tinha caráter e poder espiritual a ponto de não se deixar influenciar por pessoas que o cercavam. Se ele não conseguiu a transformação de todos, também, por outro lado, não foi afetado pela influência de pessoas ruins.
2.2. Esta realidade de Jesus não se aplica às limitações da natureza humana, mesmo quando passa pela experiência de conversão. A verdade é que se não nos afastarmos e não tomarmos cuidado, corremos o perigo de ser por eles influenciados em nosso convívio social. Como nem sempre conseguimos influenciar os outros, eles acabam influenciando os mais frágeis e inocentes.
Conclusão
Se o Diabo não consegue impedir vocês de se tornarem crentes em Jesus, ele vai fazer tudo para que vocês desistam de ser crentes ou sejam maus crentes. Ele vai usar indivíduos ruins e negativos como companheiros, colegas, amigos... Não se deixem iludir pensando que nós somos de aço resistente a qualquer influência. Cuidado, portanto, com as más companhias.