Introdução
- Uma das dificuldades que alguns crentes têm em algumas experiências é a de não saber qual é a vontade de Deus para sua vida, sua família, seus assuntos e principalmente sua atuação na igreja.
1.1. Por isso, existem aqueles que que não fazem nada, absolutamente nada... Deixam o tempo passar e as coisas acontecerem naturalmente. Cantam com aquele cantor: “Deixa a vida te levar”. Vão dançando conforme a música ou nadando conforme a maré e inclusive acabam não se envolvendo com a obra do Senhor.
1.2. Também por isso, outros que tem personalidade impulsiva se lançam em atividades, entendendo que cabe a eles fazer, pois são daqueles que cantam a antiga música: “esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Tomam decisões precipitadamente, enveredem pelo primeiro caminho que aparece, dizem logo o que fazer, inclusive nos assuntos da obra de Deus, entendendo que estão fazendo o que Deus quer com inteira certeza.
- Diferente de todos os esses tipos de crentes, Paulo apóstolo esclarece neste relato que seu agir era decorrente do que Deus lhe revelava, conforme os fatos iam ocorrendo. Em outras traduções, “me avisa” ou “me assegura”.
Desenvolvimento
- Eu creio que diante de múltiplos desafios e demandas que fazem parte da vida de cada um de nós, todos os crentes deveriam se interessar em saber o que Deus quer em todos os sentidos e áreas da vida e só fazer aquilo que Deus lhe revela. Assegura ou avisa. Para confirmar, lembremos alguns exemplos antes de Paulo.
1.1. Deus deliberou destruir o mundo pela água e revelou esse fato a Noé. Isto nos mostra que a arca foi feita em virtude uma revelação divina.
1.2. Deus deliberou formar um novo povo para a vinda do Messias e revelou a Abraão, dizendo que ele seria o pai dessa nação. Isto mostra que ao sair do meio de sua parentela ele o fez por revelação divina.
1.3. Deus deliberou libertar o povo do cativeiro egípcio e revelou esse projeto a Moisés. Isto mostra que Moises assumiu aquela liderança por revelação divina.
1.4. Deus deliberou trazer o povo de volta a Israel depois do exilio e revelou a Neemias. Isto mostra que Neemias saiu da Babilônia e assumiu essa tarefa por revelação divina.
1.5. Deus queria que Paulo espalhasse as boas novas pelo império romano para que um maior número de pessoas fosse salva. Quando Paulo deixou tudo e foi de cidade em cidade, o fazia por revelação divina.
- Eu sei que essa doutrina da revelação de Deus a cada um de nós pode se tornar objeto de controvérsias. Por isso, há verdades que desde logo precisam ficar claras.
2.1. Fazer as coisas porque Deus revelou é incomparavelmente melhor do que não fazer nada ou fazer as coisas apenas por impulsividade pessoal.
2.2. Essa revelação pode acontecer quando a pessoa está em oração e ouve o Espírito falar ao seu coração. Pode acontecer quando a pessoa está lendo a Bíblia e perceber que um determinado texto é destacado como revelação.
2.3. Pode acontecer quando um outro crente está ministrando algum tipo de palavra e claramente aquela palavra se torna revelação de Deus. Mas não deve se tornar uma prática leviana e irresponsável em que crentes ficam fazendo “revelações” uns aos outros no “varejo” de uma igreja.
Conclusão
Ao mencionar esse aspecto em sua vida, Paulo destacou que Deus também lhe revelava prisões e tribulações. Além de revelações positivas que nos alegram o coração, saber das revelações negativas prepara o crente para enfrentar melhor a adversidade, pois não é pego de surpresa e despreparado.
Considere tudo o que possa lhe acontecer e pense na atitude de também agir de acordo com as revelações do Senhor em todos os aspectos de sua vida pessoal, familiar, profissional, financeira e, principalmente, em suas funções na igreja.
