26. Adolescentes em Família

Gênesis 37.1-24

ADOLESCENTES EM FAMILIA

Introdução

  1. Pesquisa da Unicef constatou em todo o país que os adolescentes brasileiros querem viver principalmente em família. Em todo o Brasil, adolescentes de 12 a 17 anos foram entrevistados e 95% informaram achar a família a instituição mais importante da sociedade e 70% acham-se mais felizes estando no lar (Jornal A Tribuna, 31/07/2002, pg. 9).
  2. Infelizmente, porém, nem todos os adolescentes tem se sentido assim, principalmente porque sentem-se criticados quando passam muito tempo no quarto, quando fazem uso excessivo do celular ou computador, quando tropeçam nos móveis e quebram objetos, quando usam certas vestes e penteados, quando não querem dar satisfação de suas saídas, quando escolhem determinadas amizades, quando ouvem de seus pais que não aguentam mais o comportamento deles.

Desenvolvimento

  1. No caso de José, foi essa a sua experiência principalmente por causa de uma túnica colorida que recebeu de seu pai e por causa dos sonhos de grandeza que contava ter.

1.1. Seus familiares em vez de compreendê-lo e apoiá-lo, começaram a manifestar inveja, irritação, contrariedade, ódio e até desejo de vê-lo morto.

1.2. Certamente que seus sentimentos de rejeição logo apareceram. Ele estaria se sentindo como os adolescentes que nos dias de hoje sofrem bullying no ambiente escolar e na internet.

1.3. Quando isto acontece principalmente no seio familiar, são graves os danos causados na autoestima, na capacidade de decidir e na realização de projetos futuros. São danos que afetam a personalidade pelo resto da vida.

  1. É preciso, portanto, acreditar na informação das pesquisas, que revelam o quanto eles querem viver no ambiente familiar, experimentando compreensão, amor e estimulo, principalmente porque a adolescência é um período passageiro.

2.1. Nesse sentido, portanto, cabe aos familiares uma atitude de tolerância, longanimidade, perdão. Isso era o que José esperava de seus irmãos, mas não recebeu.

2.2. Nesse sentido, portanto, cabe aos familiares admitir que também tem seus erros e falhas, que inclusive são vistos pelos adolescentes. José sabia das falcatruas e maldades de seus irmãos, pois sempre estava observando-os a mando do seu pai.

2.3. Nesse sentido, portanto, cabe aos familiares suprir as necessidades afetivas dos adolescentes, para que eles não se sintam carentes e frágeis diante dos assediadores, aproveitadores e exploradores que estão na rua. Quanto o texto diz que “Jacó amava mais a José”, não estava dizendo que seu pai estava agindo com parcialidade e desigualdade. Não. O que o pai fazia era mostrar muito amor a José, pois era o que ele mais precisava naquele período de sua vida.

2.4. Nesse sentido, portanto, cabe aos familiares escutar e respeitar os pensamentos e opiniões que os adolescentes expressam em várias situações, considerando principalmente que podem ter razão, o que só será comprovado com o tempo. No caso de José, seus sonhos não eram sintomas de grandeza pessoal ou complexo de superioridade. Eram revelações a respeito do futuro dele e da importância que teria para a sobrevivência dos familiares, como de fato ocorreu.

Conclusão

Não é justo, à luz desta história e de tantas outras histórias, dizer que adolescentes são a causa de problemas na vida familiar, como se eles fossem seres do outro mundo. Também, às vezes, a família é quem causa problemas ou que aumenta os problemas quando não sabe lidar com os adolescentes.

Por isso, minha oração é que cada vez mais as famílias saibam agir com os adolescentes e que os adolescentes cada vez mais queiram viver em família.