Marcos 2.18-20
JEJUM PROVEITOSO
Introdução
- A prática do jejum tem sido encontrada em várias religiões, além do Judaísmo e do Cristianismo. Cada uma das religiões tem suas razões para recomendar o jejum entre seus fiéis. Em algumas delas, o jejum faz parte de um calendário religioso. Tem sido usado como meio de purificação, penitência, rito preparatório, desenvolvimento espiritual e protestos.
- Uma vez presente na história dos israelitas, tanto do passado como nos dias quando viviam, os escribas e fariseus queriam saber de Jesus Cristo porque seus discípulos não jejuavam.
Desenvolvimento
- Os discípulos de Jesus não estavam jejuando, como observaram os escribas e fariseus, mas Jesus já lhes havia ensinado sobre o jejum.
1.1. No Sermão do Monte, quando lhes deu suas orientações básicas gerais, Jesus havia dito: “Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto,
Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente” (Mateus 6.16-18).
1.2. A propósito das qualificações espirituais para expulsar determinados tipos de demônios, Jesus voltou a recomendar a prática do jejum, quando disse: “Esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum” (Mateus 17.21).
- A questão, portanto, não girava em torno da prática em si do jejum, mas de suas motivações. Neste momento, esclareceu aos escribas e fariseus que criadas as motivações necessárias, como, por exemplo, expulsar demônios ou agradar a Deus, a prática do jejum seria proveitosa.
2.1. Diferentemente dos hipócritas que o usavam como oportunidade para ostentação religiosa, parecendo que eram mais espirituais do que os outros, chegando a se exibir jogando cinza sobre a face e expressando tristeza publicamente.
2.2. Diferentemente dos demais fiéis que o usavam dentro de calendários religiosos, como aquele fariseu que dizia em sua oração: “Jejuo duas vezes na semana” (Lucas 18.12). Neste caso, era condicionada a determinados dias estabelecidos e nos quais os fiéis são obrigados a jejuar.
- O jejum é proveitoso para os crentes em Jesus Cristo quando é feito como fizeram Barnabé, Cirineu, Lúcio e Manaém, membros da igreja de Antioquia que desejavam se tornar missionários, razão por que foram credenciados para tanto (Atos 13.1-3). É proveitoso quando é feito também como fizeram os membros das igrejas que foram eleitos e consagrados para se tornar líderes de igrejas organizadas pelo apóstolo Paulo (Atos 14.23). É proveitoso quando igualmente foi recomendado pelo apóstolo Paulo a casais que percebessem essa necessidade em sua vida conjugal (I Coríntios 7.5). É proveitoso, portanto, sempre que for orientado pelo Espírito Santo de Deus, considerando as necessidades que o motive.
Conclusão
Além do jejum proveitoso ser particular e espontâneo, determinado por necessidades que o exijam, o jejum que for divulgado pela igreja para determinadas finalidades será praticado por crentes que o façam apenas para si mesmos e para Deus. No Sermão do Monte, Jesus esclareceu que sendo feito unicamente para Deus, o crente receberá de Deus a recompensa.