João 15.13
Introdução
- Para os que já são crentes em Jesus Cristo, pode parecer que a declaração “Deus nos ama” tenha se tornado comum, perdendo a novidade e sem significado no dia a dia.
- Ocorre que isto não é verdade para muitas pessoas que vivem aquilo que os psicólogos chamam de carência afetiva.
- Pessoas carentes do amor dos pais, do amor de parentes, do amor de amigos e do amor de si mesmas, começam a ter a vida totalmente mudada quando experimentam o amor de Deus em Cristo Jesus.
- Para elas, a experiência do amor de Deus e a declaração de que “Deus me ama” se tornam relevantes, enriquecendo a vida de um modo inacreditável.
- Todavia, hoje o que o Espírito de Deus está querendo salientar não é apenas o amor de Deus por nós, mas o inigualável amor que Jesus tem por cada um daqueles que se tornam seus amigos.
- Para que você compreenda o que Jesus dizer quando afirmou “ninguém tem maior amor do que este”, quero lançar mão de uma poesia escrita pelo famoso poeta português, Luiz de Camões. Ele escreveu:
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
2.2. Essa é realmente uma forma de descrever o amor que pessoas sentem umas pelas outras: um amor cheio de contradições e consequentemente incompleto e imperfeito.
- Quando, todavia, Jesus descreve o seu amor e fala da possibilidade de ser experimentado, você poderá perceber que seu amor é coerente, perfeito e consequentemente inigualável.
Desenvolvimento
- Pensemos em seus característicos básicos que o tornam inigualável para que a maioria das pessoas queiram experimentá-lo:
1.1. Exclusivo. Está afirmado neste verso: “ninguém tem”. Nem os pais, nem os filhos, nem os irmãos, nem os cônjuges, nem os amigos.
1.2. Incondicional. A expressão é “tem”. Não espera a pessoa consertar, corrigir, mudar. Aliás, quem conserta, corrige e muda são as pessoas ao experimentarem o amor de Deus.
1.3. Imensurável. “Maior” é outra qualificação. É tão grande que não conseguimos medido por nenhuma escala humana porque todas são finitas e Deus é infinito.
1.4. Eterno. É experimentado no tempo presente, continua no futuro e avança plenamente na eternidade. Quando estivermos junto com Jesus no céu sentiremos o quanto Ele nos ama, razão porque nos convidou: “Quem crê em mim tem avida eterna”.
- Pensemos, todavia, na sua maior demonstração que faz com que pessoas dele se tornem amigas, conforme disse: “dar alguém sua vida pelos seus amigos”. Está se referindo à sua vinda a este mundo e seu sacrifício no Calvário, dando sua vida por nós.
2.1. Jesus Cristo em demonstração do seu amor foi capaz de morrer na cruz em nosso lugar. Em teologia se chama “morte vicária”, que significa morte substitutiva.
2.2. Por isso, não adiantava Pilatos, como juiz, declarar que “não via nele mal algum” e que por isso deveria ser inocentado e livre da crucificação. Exatamente porque era inocente é que poderia morrer no lugar dos pecadores.
2.3. Por isso também esclarecemos que não foi morto por exigência das autoridades judaicas, que o julgaram e condenaram por inveja religiosa. Ele mesmo se deu a si mesmo para morrer por nós.
2.4 Por isso, igualmente explicamos que não foi oportunismo do império romano para sufocar mais um levante social que estaria sendo liderado por mais um revolucionário judeu. Não! Ele era pacífico e se entregou pacificamente para morrer por nós.
2.3. Esta é a interpretação bíblica: “morreu em nosso lugar”, “morreu por nós”. Para não sermos julgados e condenados, Jesus nos substituiu (Romanos 5.6-8; I Pedro 3.18; Isaías 53.4,5)
Conclusão
Podemos e devemos insistir em dizer como novidade que Deus nos ama e que o amor de Jesus é inigualável, para que pessoas queiram experimentá-lo, aceitando Jesus no coração como Senhor, Salvador, Mestre e Amigo.
Então, pergunto: Quer receber Jesus agora em seu coração como seu amigo?