110. Crentes Que Desistem

II Timóteo 4.9,10

Introdução

  1. Se a doutrina da perseverança ensina que as pessoas chamadas e regeneradas por Deus não deixam a igreja e nem se afastam de Jesus Cristo, mas permanecem até o fim, por que Demas desistiu e, com ele, muitos outros?
  2. Certamente que vocês conhecem pessoas que um dia se diziam crentes, participavam da igreja, cantavam no coro, ensinavam a Bíblia e até testemunharam, mas hoje estão no mundo bebendo, fumando, dançando, usando drogas, prostituindo, pecando aberta e descaradamente. Como consequência, vem a pergunta: O que aconteceu?

Desenvolvimento

  1. Para explicar essa situação, alguns teólogos, como Agostinho, ensinaram que os eleitos por Deus não podem cair definitivamente e, se caírem, serão condenados mesmo sendo crentes. Outros teólogos, como Lutero, ensinaram a salvação dependente da obediência, fé e vontade da pessoa, admitindo que crentes podem perder a salvação, razão por que se afastam.
  2. Para que não sejamos influenciados por qualquer teologia que não explique corretamente o problema, faz-se necessário lembrar desde logo as palavras de Jesus Cristo e seus apóstolos sobre a inevitável perseverança dos que verdadeiramente acreditam: João 10.27-29; Romanos 8.33-39.
  3. Consequentemente, à luz de experiências descritas no Novo Testamento, descobrimos razões porque alguns crentes desistem.

3.1. Alguns pensam que são crentes, mas Jesus sabe antecipadamente que realmente não são (João 2.23-25).

3.2. Por pensarem que se converteram até chegam a ser batizados, mas a experiência não foi autêntica (Atos 8.12-21)

3.3. Outros se tornam membros da igreja, mas verdadeiramente não se integraram (I João 2.18,19).

3.4. Chega um dia, como Demas, que se descobrem a si mesmos sem uma experiência sincera de conversão e assumem a verdade de que nunca realmente foram crentes.

Conclusão

A melhor ideia que podemos extrair dos ensinos bíblicos é que “uma vez crente, crente para sempre”, mas nem todos serão crentes para sempre porque nem todos tiveram uma verdadeira experiência de conversão, mesmo que pensem que são crentes.