148. Um Comércio Abençoado

Isaías 23.18

UM COMÉRCIO ABENÇOADO

Introdução

  1. Tenho certeza que toda pessoa quando abre o seu comércio, proprietária ou sócia, sendo religiosa, quer que seu negócio seja abençoado por Deus. Afinal, é a bênção de Deus que irá fazer com que as vendas cresçam, os prejuízos sejam menores, os bandidos sejam afastados, o futuro seja garantido.
  2. Ocorre, todavia, que nem sempre é esta a experiência. Basta lembrar quantos comerciantes já fracassaram ou, de acordo com o Sebrae, quantos negócios abertos fecham suas portas, ainda no primeiro ano de atividade.
  3. Além das razões já constatadas pelos especialistas, tais como, má gestão administrativa, falta de análise prévia do mercado, ausência de estratégias de marketing, pouco capital de giro, colaboradores despreparados, também o profeta Isaías, ao se dirigir aos comerciantes da cidade de Tiro e condenar a ganância deles, acrescenta uma visão a respeito de um tipo de comercio que iria ser consagrado ao Senhor e que teria como objetivo maior atender às necessidades das pessoas. Na versão da NTLH diz: “Mas o dinheiro que ela ganhar com a sua profissão será dedicado a Deus, o SENHOR. Ela não poderá ficar com esse dinheiro; aqueles que adoram o SENHOR o usarão para comprar muita comida e roupas finas”.

Desenvolvimento

  1. Isto significa, em outras palavras que muitas vezes os comerciantes só pensam na atividade profissional em si e pensam apenas em aumentar seus lucros pessoais, através do comércio, ignorando a glória de Deus e as necessidades dos compradores. Literalmente são gananciosos, egoístas e materialistas.
  2. Falando sobre a ansiedade de colocar os aspectos materiais em primeiro lugar, Jesus Cristo foi muito claro quando disse: “Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:25-33).
  3. Eu conheci uma família de comerciantes que durante anos e até hoje conseguiu obter sucesso em seu negócio: família Rohr. Eu mesmo acompanhei alguns momentos de dificuldades que tiveram, mas vi como Deus os abençoava.

3.1. Marcou minha experiência ver que buscando a glória de Deus eles eram zelosos em não apenas dar os dízimos pessoais de suas retiradas, mas todos os anos entregavam os dízimos do resultado financeiro do comércio, verificado no balanço anual. Para mim, era claro que aquele comércio era consagrado ao Senhor e que a ganância dos lucros não fazia parte do perfil deles.

3.2. Marcou minha experiência ver que sempre levavam em consideração as necessidades dos clientes, procurando facilitar as formas de pagamento, razão por que tinham clientes de outras cidades que buscavam seus produtos. Para essa família de comerciante, era importante que os seus clientes pudessem ser atendidos da melhor forma possível, tendo uma boa reputação que ultrapassava os limites geográficos do município onde o comércio estava.

Conclusão

Eu sei que há vários fatores que determinam o fracasso ou o sucesso de um comércio, mas sempre acreditei que esses dois fatores também são fundamentais: consagrar o negócio a Deus e considerar os clientes mais importante do que o negócio em si. Se estas atitudes não forem impeditivas do revés comercial no futuro, certamente serão do agrado de Deus, para lhes dar outras oportunidades de trabalho e de atividades profissionais alternativas, sendo bem-sucedidos onde quer que estejam.