136. Dois Destinos Eternos

Mateus 25.34, 41

DOIS DESTINOS ETERNOS

Introdução

  1. Falando especificamente sobre o inferno como um destino, Jesus disse que ele foi preparado para o Diabo e seus anjos, os espíritos malignos ou espíritos imundos ou demônios.
  2. O que me chama a atenção, todavia, neste texto da Bíblia, é que estas palavras de Jesus não foram ditas para o Diabo e seus anjos. As palavras foram dirigidas a algumas pessoas, às quais ele chama de “malditas”. Ele dirá a essas pessoas: “Apartai-vos de mim...”. Esses indivíduos “malditos” serão “apartados” de Jesus e terão o inferno como destino eterno.

Desenvolvimento

  1. O contexto em que essas palavras serão proferidas ocorrerá por ocasião da volta de Jesus Cristo a este mundo, conforme sua promessa. Nessa ocasião, as nações de todo o mundo serão reunidas perante Ele para o Juízo Final: Mateus 25.30-32

1.1. O assunto do Juízo Final é um dos ensinos da Bíblia mais acentuados. O apóstolo Paulo o mencionou em suas cartas. Ele escreveu: “Pois todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba de acordo com as obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas quer sejam más” (II Coríntios 5.10), “Isso tudo se verá no dia em que Deus julgar os segredos dos homens, mediante Jesus Cristo, conforme o declara o meu evangelho” (Romanos 2.16), “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo” (Atos 17.31).

1.2. O Juízo Final é uma necessidade moral para tratar de todos os pecados cometidos pelos homens, muitos dos quais inclusive tem escapado da justiça humana. Muitos de nós sabemos que a impunidade é um dos característicos do mundo ao longo da história. O autor do livro de Eclesiastes escreveu: “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal” (Eclesiastes 8.11).

  1. Neste texto escatológico, Jesus ensina que haverá dois grupos de pessoas com dois destinos diferentes na eternidade. Um grupo ele chama de “bodes” e o outro grupo de “ovelhas”. Os “bodes” irão para o inferno e as “ovelhas” receberão o reino de Deus.

2.1. Os critérios para distinguir os dois grupos e dar a eles destinos diferentes é um estilo de vida caracterizado pela sensibilidade para com necessitados: “Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver” (Mateus 25.35-45).

2.2. Embora pareça, o critério não é o das boas obras para a salvação, pois a Bíblia ensina que as boas obras não proporcionam salvação a ninguém. A Bíblia diz: “Pela graça sois salvos, mediante e a fé e isto não vem de vós; não vem das obras para que ninguém, se glorie” (Efésios 2.8,9). A Bíblia ensina que o “justo viverá pela fé” (Hebreus 10.38).

2.3. O critério, portanto, é do que fazemos em nosso viver pensando em Jesus Cristo em relação aqueles que nele creem: “E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25.40).

2.4. A inevitável conclusão, portanto, é de que só fazemos alguma coisa em favor de pessoas que creem em Jesus Cristo quando nós mesmos somos crentes. Não é uma prática de boas obras indiscriminada, feita a qualquer um, para se obter a salvação eterna. São gestos que fazemos em favor de pessoas que são crentes porque nos tornamos crentes e por isso com elas nos identificamos.

  1. A bem da verdade, de acordo com a visão completa dos ensinos bíblicos, todos nós já estamos condenados porque todos nós pecamos (Romanos 3.23,24). Todos nós permanecemos debaixo da ira de Deus se não cremos em Jesus Cristo (João 3.36). Somente seremos salvos quando aceitamos Jesus Cristo como Salvador e Senhor.

3.1. Uma vez salvos pela fé em Jesus Cristo, nossa maneira de viver é praticando boas obras em favor dos crentes que passam necessidades. Conforme ensinou Tiago, mostramos nossa fé pelas boas obras (Tiago 2.18).

3.2. Quando morremos e vamos para o céu, nossas obras nos seguem como testemunho de nossa fé (Apocalipse 14.13).

Conclusão

Para você ter o inferno como destino eterno não precisa fazer nada; é só continuar como está e ainda terá companhia do diabo e seus demônios. Mas para ir ao céu e estar com Jesus como destino eterno você precisa se tornar crente e mostrar sua fé pela sua maneira de viver, principalmente quanto às carências de outros crentes. Por isso, eu pergunto: Quer se tornar crente em Jesus Cristo afora?