155. Nossa Morte na Cruz

Gálatas 2.19

NOSSA MORTE NA CRUZ

Introdução

  1. Existem duas verdades bíblicas sobre a crucificação de Jesus Cristo, que têm sido amplamente divulgadas, onde quer que o evangelho tenha sido pregado nesses mais de 2000 anos de história.

1.1. A primeira é que o fundamento da fé cristã foi a morte de Jesus na cruz do calvário. Isto significa que a base do cristianismo não é a igreja, nem os ensinos, nem os milagres, nem o batismo, nem a prática das obras. Vamos repetir: o alicerce da fé cristã foi a morte de Jesus na cruz. Essa morte também foi uma morte vicária. Em Teologia significa morte substitutiva. Jesus morreu por mim. Jesus morreu por você. Uma vez que nele não havia pecado, ele não deveria morrer crucificado. Jesus então nos substituiu, morrendo em nosso lugar. Vamos repetir: Jesus morreu por nós!

1.2. A segunda verdade é que, uma vez nos tornando crentes em Jesus Cristo, também morremos com ele na cruz do Calvário. Um pregador batista escreveu: “A mesma Bíblia que afirma que Jesus morreu em nosso favor, afirma que nós morremos juntamente com Ele. Não podemos enaltecer um aspecto sem focalizar o outro... Se for verdade que Cristo morreu por mim, é verdade igualmente importante que eu morri com Cristo”.

  1. Nossa morte na cruz do Calvário, junto com Jesus Cristo, tem um significado de identificação com ele e ao mesmo tempo um significado de que deixamos de viver para este mundo e passamos a viver para Deus. Na linguagem do apóstolo Paulo, ele esclareceu: “Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo na carne, vivo pela fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim”.

Desenvolvimento

  1. 1. Então, a partir de agora, quando você olhar para uma cruz não veja apenas Jesus morrendo por você. Veja você também morrendo com Jesus.

1.1. No seu tratado teológico escrito aos romanos, Paulo apóstolo explica essa verdade com clareza: Romanos 6.6-11. Neste caso, sua morte na cruz junto com Jesus significa a sua atitude de dizer “não” a tudo que for errado, desonesto, injusto, impróprio. Os vícios, a criminalidade, a prostituição não tem mais importância em sua vida.

1.2. No seu escrito aos colossenses, ele menciona também as práticas e os rituais que tanto atraem multidões: Col. 2.20-23. Neste caso, sua morte na cruz junto com Jesus significa que a sua religiosidade, por mais sagrada, pomposa e tradicional que seja, deixa de ter valor em sua vida.

1.3. Nos esclarecimentos que fez aos coríntios, ele menciona as implicações dessa atitude: II Coríntios 4.8-12. Neste caso, sua morte na cruz junto com Jesus inclui sofrimento. Aliás, a fé cristã que não inclui sofrimento, dor, aflição não é uma verdadeira fé cristã. É apenas mais uma religião para atrair e enganar multidões.

  1. Pensem junto comigo: por que alguém falaria em novo nascimento, novo viver, ressurreição espiritual sem que não tenha existido um tipo de morte? Para se falar em nova criatura, é preciso se falar também em morte da velha criatura. Morte para o mundo, para a carne, para o diabo.

2.1. Escrevendo aos colossenses, Paulo apóstolo relaciona várias situações que devem desaparecer de sua vida pessoal, familiar, profissional, comercial, política, estudantil, religiosa e social: Colossenses 3.5-10.

2.2. Quero ser muito claro também: você se torna crente para viver uma nova vida, como ensina a bíblia ao afirmar: “Aquele que está em Cristo nova criatura é; as coisas velhas se passaram e tudo se fez novo” (I Coríntios 5.20).

2.3. Ilustração: Uma senhora vivia num lar onde existiam muitas discórdias, tanto do marido que bebia como de filhos que se rebelavam. Seu rosto e sua fala refletiam a tristeza e a infelicidade de seu viver em casa. Consequentemente, não era difícil também encontrá-la nervosa, irritada, agressiva. Cada vez que chegava a esse clímax, ela pensava em “fugir de tudo aquilo”. Tempos depois, encontrando-se com uma de suas amigas, esta lhe indagou: “Como estão as coisas em casa?”. Ela respondeu: “Em casa tudo continua como era. Eu que estou diferente. Depois que recebi Jesus em meu coração passei a viver uma nova vida. Faz muita diferença ter Jesus em nós, não faz?”.

2.4. Ilustração: Um pastor estava ministrando ensino a um grupo de crianças e querendo falar sobre a experiência da mudança de vida, mediante o arrependimento de pecados e a fé em Jesus, perguntou: “O que significa a palavra arrependimento?”. Depois de certo tempo pensando, um garoto levantou a mão e disse: “É sentir tristeza pelos pecados cometidos.” Uma menina, assentada mais atrás também levantou a mão e acrescentou: “Eu acredito... acredito... acredito que é sentir tristeza o suficiente para abandonar realmente o pecado, tornando-se verdadeiramente crente em Jesus.

Conclusão

Se você não é crente em Jesus, não fico satisfeito vendo você na praça ou nas esquinas ou nas boates, vivendo como se Jesus não tivesse morrido na cruz do calvário por você, como se a vida fosse apenas beber, fumar, jogar, dançar, transar, usar drogas e contar vantagem, sem se importar com sua eternidade.

Todavia, se você já é crente em Jesus, não fico satisfeito vendo você ainda vivendo para o mundo, como se você também não tivesse morrido junto com Jesus na cruz do Calvário.       Ao se tornar verdadeiramente um crente em Jesus, você passa a ter um novo estilo vida direcionado apenas para Deus. Além de perceber que Jesus morreu em seu lugar, você também percebe que foi crucificado com Cristo e vai experimentar uma nova vida.