76. Evangelizar Uma Cidade

Atos 13.41-44

EVANGELIZAR UMA CIDADE

Introdução

  1. Uma expressão que passou a ser muito usada nos últimos tempos diz que uma determinada cidade é de Jesus Cristo. Crentes dessa cidade, desejosos de verem a população ouvindo o evangelho, dizem numa declaração de fé: “Vitória é de Jesus Cristo”, “São Paulo é de Jesus Cristo”, “Curitiba é de Jesus Cristo”, “Belém é de Jesus Cristo”, “Recife é de Jesus Cristo”.
  2. Pela leitura do relato no livro de Atos, esse desejo foi realizado na vida de Paulo apóstolo quando chegou à cidade de Antioquia da Psídia, situada no que é hoje a parte oeste da Turquia, na Ásia, onde parte da população era grega e outra parte judia. O relato informa que, num determinado dia, uma multidão de quase toda a cidade se ajuntou para ouvir a palavra de Deus. Num certo sentido, diríamos que a cidade estava interessada no evangelho de Jesus Cristo e muitos “ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna. E a palavra do Senhor divulgava por toda aquela província” (Atos 13.48.49).

Desenvolvimento

  1. Para ter uma cidade reunida no objetivo de ouvir o evangelho de Jesus, precisamos primeiro reconhecer aqueles que são característicos impeditivos, na atualidade, das pessoas que moram nas cidades, seja Nova Deli (Índia) com 12 milhões de pessoas, seja São Paulo (Brasil) com 11 milhões, seja Tóquio (Japão) com 8 milhões, seja Santiago (Chile) com 5 milhões, seja Salvador (Brasil) com 3 milhões, seja Campinas (Brasil) com 1 milhão, seja Vitória (Brasil), com 330 mil de habitantes. Que característicos impeditivos são esses que atrapalham as pessoas se reunirem para serem evangelizadas e a cidade se converter?

1.1. Desconfiança quanto ao nível de segurança para se ajuntar num determinado lugar, considerando principalmente a violência urbana quanto aos assassinatos, roubos e outros atos criminosos. 1.2. Apego à privacidade do lar, levando as pessoas a quererem estar em casa na maioria das vezes, principalmente acessando as mídias sociais através do celular ou vendo filmes/seriados na televisão.

1.3. Pouca sensibilidade espiritual pela falta de contato contemplativo com a natureza, assim como pela influência cada vez maior do ateísmo e do materialismo, além das ideologias políticas.

1.4. Interesse somente por shows, festas e diversões estimuladas pela publicidade, comparecendo em massa, pois esses eventos viabilizam os prazeres da carne, as ocasiões para relacionamentos, o uso de bebidas e drogas.

  1. Esses fatos nos levam a perceber a necessidade e agir de uma determinada maneira para que essas dificuldades possam ser superadas e nossa cidade possa estar aos pés de Jesus. Nesse sentido, olhando as atitudes do apóstolo Paulo que viu seu desejo realizado na evangelização de uma cidade, nós também podemos ser ajudados a termos nosso sonho sendo realidade. Vejamos essas atitudes

2.1. Leiamos Atos 13.14,15. Aproveitar as oportunidades que aparecerem. Lembrem: por causa das características antes referidas, as pessoas da cidade dão pouca oportunidade para evangelizar. Então, é necessário aproveitar as oportunidades que surgirem, não importa a hora e nem o lugar. No caso de Paulo, era uma sinagoga num dia de sábado. Eles entraram, sentaram e ficaram esperando a oportunidade que apareceu. Em Nossos dias, oportunidades que surgem em nossa cidade são: feiras livres, shows musicais, aglomeração nas praças, eventos esportivos, celebrações religiosas, concentrações políticas, festas públicas e assim por diante.

2.2. Vejamos Atos 13.16-41. Perceberam o detalhe? Ele falou, falou, falou, falou, falou tudo o que podia sobre Jesus Cristo. Provavelmente você deve estar pensando: “A pessoa vai me chamar de maçante...” Mesmo que você pense assim foi o que Paulo fez: falou o máximo que podia naquela oportunidade que lhe foi dada. Se não existe oportunidade para usar a palavra, a mensagem pode ser entregue através de folhetos evangelísticos, convites impressos, Novos Testamentos pequenos, mensagens nas mídias sociais, outdoors, faixas na rua, entrega de garrafas de água e brindes com versículos bíblicos e informações sobre a igreja.

Conclusão

Um crente pediu a seu pastor que o ensinasse a evangelizar. O pastor olhou para o relógio e lhe disse: “Suponhamos que eu seja um não crente e que tenha 3 minutos de vida... O que você me diria?” O crente ficou olhando para o pastor sem saber o que falar. O pastor acrescentou ainda olhando o relógio: “Agora, tenho 2 minutos de vida... Agora só tenho 1 minuto...” Finalmente o crente abriu a boca e começou a falar sobre um milagre de Jesus registrado na Bíblia.  O pastor lhe disse: “Agora não dá mais... eu acabei de morrer”. É aplicação daquele slogan à evangelização: “Oportunidades não se perdem”. A evangelização de uma cidade ocorre quando todas as oportunidades são aproveitadas.