143. O Deus do Brasil

Salmo 33.12

O DEUS DO BRASIL

Introdução

  1. Pesquisas na área da antropologia religiosa mostram que, desde os tempos mais antigos, cada povo procurava ter seu deus ou deuses, cada nação cultuava sua divindade.

1.1. Com esse entendimento, constatou-se que Baal era deus dos cananeus, Astarote era deusa dos fenícios, Rimon era deus da Síria, Rá era deus dos egípcios, Diana era deusa dos efésios...

1.2. Os romanos chegavam a ter um panteão de deuses, sendo um para cada cidade ou fato. Exemplos: Apolo era deus da música, Baco era deus do vinho, Cupido era deus do amor, Mercúrio era deus do comércio, Quirino era deus das colheitas, Vesta era deusa do lar.

1.2. Também os gregos tinham vários deuses, entre os quais podemos destacar: Dionísio, deus das festas; Eros deus do amor; Artemis, deusa da caça; Poseidon, deus do mar; Hades, deus dos infernos; Afrodite, deusa da beleza; Hermes, deus do comércio.

1.3. Entre os hinduístas, religiosos da Índia, o número de deuses chega a casa das dezenas, entre os quais se destacam como principais: Brahma, Shiva, Vishnu, Parvati, Saraswati...

  1. A partir de toda essa quantidade de deuses para os povos e nações, assim como para fatos e acontecimentos, alguns estudiosos da Bíblia interpretam que, no princípio de sua história, o povo hebreu acreditava que Iavé era apenas o seu deus. Não pensavam que o Senhor fosse Deus de todos os povos e nações. Não acreditavam que havia um só Deus, Criador de todas as coisas e pessoas. O monoteísmo, portanto, não teria surgido com Abraão, mas com Moisés, embora a maioria dos estudiosos acredite que o monoteísmo bíblico realmente tenha se iniciado com Abraão.
  2. De qualquer maneira, quando Davi escreveu o salmo 33 o povo israelita era monoteísta, acreditando que só existe um só Deus e que todas as nações e povos deveriam deixar seus falsos deuses para adorar somente ao Senhor. Davi dizia: "Bem aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor"

Desenvolvimento

  1. Aqui no Brasil, a partir da existência dos povos indígenas, da imigração de povos africanos e da vinda dos jesuítas, surgiu o que se chama de sincretismo religioso. Como resultado, o povo passou a crer em vários deuses e santos oriundos da cultura indígena, africana e católica. O clímax dessa idolatria foi o dia quanto oficialmente a Senhora Aparecida tornou-se Padroeira do Brasil.
  2. Assim foi e tem sido até a chegada dos missionários evangélicos que enfatizaram a existência de um só Deus e de um só Salvador nos quais devemos crer e aos quais devemos seguir. Num lento processo de evangelização iniciado ao final do século XIX e que tem cada vez mais crescido nos últimos anos, o percentual de evangélicos tem chegado a quase 30% somando todas as denominações.
  3. Mesmo com o crescimento do ateísmo e das ideologias materialistas, mas contando com a diminuição do sincretismo religioso, cada vez mais se tem sonhado com a possibilidade de o Brasil se tornar um país evangélico em que a maioria possa dizer com o salmista: “Bem aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor”. Para ver esse sonho realizado, as denominações tem investido nas ações evangelístico-missionárias e têm impresso e distribuído mais bíblias, os crentes tem feito maior uso das redes sociais para divulgar o evangelho e mais emissoras de televisão tem veiculados programas religiosos.

Conclusão

Não existe um deus para cada povo ou nação. Não existe um deus para cada fato ou situação. Existe apenas um só Deus, criador de todo o universo e dos seres humanos. Existe um só Salvador e Senhor. O nome desse Deus é a Iavé e o nome desse Senhor e Salvador é Jesus Cristo, Filho de Deus. Esse é o Deus que queremos que seja o Deus do Brasil. Para isso, nós temos cantado há muitos anos: “Minha Pátria para Cristo, eis a minha petição. Minha pátria tão querida eu te dei meu coração”.