180. Jesus Sofreu por Nós

Isaías 53.3-7

JESUS SOFREU POR NÓS

Introdução

  1. Os vários filmes que já foram feitos sobre a história de Jesus Cristo sempre mostram também o quanto Jesus Cristo sofreu desde quando foi preso até o momento de sua crucificação no monte Calvário. Alguns desses filmes foram feitos especificamente para mostrar esses sofrimentos. O mais conhecido, dirigido por Mel Gibson, teve como título “A Paixão de Cristo”. Nele, as cenas são de muita crueldade, tanto no momento quando recebe os açoites, quanto no instante quando seu corpo é literalmente pregado na cruz.
  2. Olhando essa cena 700 anos antes de acontecer, o profeta Isaías usou algumas expressões para descrever o quanto seu sofrimento foi intenso. Uma dessas expressões foi “homem de dores” para dizer o quanto os sofrimentos eram atrozes. Outras expressões foram: “ele foi ferido”, “ele foi moído”, “ele foi oprimido e afligido” e queriam revelar o quanto seu sofrimento foi insuportável.

Desenvolvimento

  1. Abrindo as páginas dos evangelhos, qualquer um pode ver como o sofrimento aconteceu, com detalhes inacreditáveis da maldade humana. Desde quando os soldados o prenderam no jardim do Getsêmani, ele recebeu empurrões, socos e bofetadas. Diante do Sinédrio, perante Caifás, os soldados tornaram a bater, dando-lhe mais socos e empurrões. Depois de estar com Pôncio Pilatos,foi levado para açoitamento. Os soldados usaram varas e depois chicotes com pontas de metal que abriram sulcos em suas costas, banhadas de sangue que escorreu sem parar. Uma coroa de espinhos foi fincada em sua cabeça, ferindo sua testa dolorosamente. Ao carregar a cruz, a cena de crueldade prosseguiu. Quando chegou ao topo do monte Calvário, seu corpo foi deitado sobre a cruz e pregos foram usados para atravessar suas mãos e seus pés, produzindo dores lancinantes. Seu lado foi transpassado por uma espada, e do peito saiu sangue e água. O sofrimento se tornou insuportável.
  2. Aos olhos de alguns médicos e através da descrição que fazem do que aconteceu, é possível entender ainda mais a gravidade do seu sofrimento.

2.1. Um desses médicos escreveu: “O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. Se produz em condições excepcionais: para provocá-lo é necessária uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir- se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra... A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue” (https://pt.linkedin.com/pulse/m%C3%A9dico-detalha-o-sofrimento-de-jesus-cristo-momento-da-cesar-dantas).

2.2. Outro médico comentou: “Uma séria inflamação local, junto com um sangramento provindo da ferida aberta, produzia uma febre traumática, a qual se agrava pela exposição ao calor do sol, pela posição esticada do corpo e pela insuportável sede. As feridas inchavam em volta dos rudes cravos e os tendões e nervos, cortados e dilacerados, causavam torturante agonia. As artérias da cabeça e o estômago ficavam sobrecarregados de sangue e produziam uma latejante dor na cabeça” (Enciclopédia Bíblia Internacional, in Jornal da EBD, 1º Trimestre de 1978, pg. 3).

Conclusão

O sofrimento pelo qual passou Jesus na sua crucificação foi uma das mais horríveis experiências de um ser humano. E qual a razão? Era um criminoso punido pelas leis romanas? Era um líder religioso rejeitado pelos judeus? Não! O motivo do seu sofrimento foi descrito pelo profeta Isaías como o meio pelo qual somos perdoados de nossas iniquidades, passamos a ter paz no coração e recebemos cura de nossas enfermidades do espírito e da alma. O mesmo motivo é apresentado pelo apóstolo Paulo quando fala de sua morte no calvário: “Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.
Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores
” (Romanos 5.6-8). Tudo o que Jesus sofreu foi para que nós pudéssemos ter o perdão de nossos pecados e a salvação eterna.