João 5.31-39
Introdução
- Vez por outra vocês ouvem dizer que determinando julgamento está acontecendo no Fórum de alguma cidade. Às vezes, quem se assenta no banco dos réus é uma personalidade importante. Quando assim acontece, o auditório fica repleto de pessoas interessadas em saber qual será o veredicto.
- Embora Jesus Cristo tenha literalmente se assentado no banco dos réus no julgamento presidido por Pôncio Pilatos, a verdade é que Jesus sempre esteve sob julgamento e julgado continua sendo até os dias de hoje.
2.1. Um famoso ateísta inglês escreveu em tempos recentes: “É muito duvidoso que Cristo haja jamais existido e, se existiu nada sabemos a respeito dele... Quanto a mim, não me é possível achar que, em questão de sabedoria ou questão de virtudes, Cristo permaneça tão alto como certas outras figuras históricas que conheço. Nesses sentidos, eu colocaria Buda e Sócrates acima dele” (Bertrand Russel. Porque Não Sou Cristão. Livraria Esperança do Livro, S. Paulo, 1972, pág. 27 e 30).
2.2. Por outro lado, o mais importante cientista do século XX afirmou: “Quando eu era criança, fui instruído tanto na Bíblia como no Talmude. Sou judeu, mas fico fascinado pela personalidade brilhante do nazareno”. Gandhi, destacado líder hinduísta, declarou sobre Jesus: “Um homem que era totalmente inocente se entregou como sacrifício pelo bem de outros, incluindo seus inimigos, e se tornou o resgate do mundo. Foi um ato perfeito” (https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/2008880#h=7).
2.2. Em sua época, antes de comparecer perante Poncio Pilatos, foi várias vezes objeto de julgamento por parte das pessoas que a Ele se opunham. Quando ia se defender, acontecia o que está registrado em João 8.13: “Disseram-lhe, pois, os fariseus: “Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro”.
Desenvolvimento
- Então, na ocasião quando proferiu esse discurso que acabamos de ler, Jesus apresentou quatro testemunhos em seu favor. Vejamos cada um deles. Ouçam novamente suas palavras: João 5.31-39. Suas testemunhas arroladas foram: João Batista, as obras ou milagres que realizara, o Pai Celestial e a Bíblia.
1.1. João Batista foi arrolado por Jesus como testemunha por causa de sua integridade moral e sua reconhecida influência religiosa naqueles dias. Quando começou seu ministério, as multidões saiam da cidade e iam para o deserto no objetivo de ouvir seus ensinos e coloca-los em prática. Inaugurou uma nova era religiosa, quando as pessoas arrependidas de seus pecados iam até ele e eram batizados nas águas do rio Jordão, tendo um novo estilo de vida. Liderava esse novo movimento moral e espiritual até que um dia deu lugar a Jesus, dizendo: “Importa que ele cresça e eu diminua” (João 3.30). Depois de batizá-lo, apresentou-o a todos os seus seguidores: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1.29)
1.2. Em seguida, Jesus apresentou como prova em seu favor os milagres que realizou. Nessa lista aprecem os surdos que passaram a ouvir, os cegos que começaram a ver, os paralíticos que começaram a andar, os mortos que foram ressuscitados. Também a multiplicação dos pães, o andar sobre as águas, o secar a figueira, cessar a tempestade no mar. Aliás, um dos efeitos impressionantes desses milagres era a quantidade de pessoas que passaram a crer em Jesus. Se alguém tinha dúvida, via o milagre e passava a crer (João 6.14)
1.3. Para fortalecer seu testemunho, Jesus então mencionou o Pai Celestial. Jesus estava se referindo a três momentos quando pessoas ouviram uma voz que vinha do céu, dizendo: “Este é o meu Filho amado, a Ele ouvi”. Aconteceu após o batismo, quando da ressurreição de Lázaro e na oportunidade de sua transfiguração”. Aparecia uma nuvem luminosa e dela saia essa voz.
1.4. Finalmente Jesus apresentou a Bíblia da época em seu favor. O que Jesus queria dizer é que você pode ler a Bíblia sob vários aspectos, entre os quais, histórico, geográfico, antropológico, moral, ético, religioso. Mas se você permitir que o Espírito Santo ilumine sua leitura, verá Jesus em todos os livros. Jesus é como um fio escarlate perpassando as páginas da Bíblia.
Conclusão
Quando uma pessoa é julgada no fórum de uma cidade e apresenta testemunhas, o objetivo é que essa pessoa seja condenada ou absolvida. Todavia, este não foi o objetivo de Jesus ao apresentar esses testemunhos em seu favor.
O propósito de Jesus não foi alcançar absolvição perante quem quer que seja. Seu objetivo ao arrolar essas testemunhas foi contribuir para que você nele creia, ganhando o perdão de seus pecados, a paz no coração, a alegria na alma, alivio e descanso, a sabedoria em decidir sobre assuntos cruciais na vida e a salvação eterna.