158. Sensibilidade Afetiva

Jó 7.17

SENSIBILIDADE AFETIVA

Introdução

  1. Afeição é a capacidade de alguém em vivenciar a emoção ou o sentimento chamado amor. Sensibilidade afetiva é a capacidade que o indivíduo tem para perceber que é amado e que o amor a outrem  faz parte de sua vida.
  2. Em meio ao seu intenso sofrimento, Jó revelou sua sensibilidade em perceber que era amado por Deus, razão porque perguntou quem ele era para se tornar objeto de esse amor divino: “Que é o homem para que tanto o estimes e ponha nele o seu coração?”. Enquanto outras pessoas em meio a dores e sofrimentos reagem sentindo amargura, ressentimento, raiva e ódio, inclusive por Deus, o nosso amigo Jó compartilhou sua percepção de que era objeto do seu amor.

Desenvolvimento

  1. Em nossos dias, existem pessoas que estão também experimentando o amor de Deus, desde quando ouviram através da pregação do evangelho que “Deus amou o mundo ao nos enviar Jesus”, que Deus “mostra seu amor por nós através do sacrifício de Jesus na cruz do Calcário” e que “Deus é amor” em sua natureza.

1.1. Se houve alguma carência de amor na formação da personalidade por não terem recebido amor de seus pais, de seus parentes e de seus amigos, essa carência é suprida pelo derramamento do amor de Deus através do Espírito Santo em seu coração, quando a pessoa se converte: “O amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rom 5.5).

1.2. A partir da conversão a Jesus Cristo, experimentando o amor de Deus através do Espírito Santo em seu coração, muitas pessoas passam a ter condições de dizer “Deus me ama”, “Deus nos ama”, “Deus ama você” e “Eu amo você em Jesus Cristo”. A carência afetiva deixa de ser uma experiência negativa em sua vida e a incapacidade de amar os outros deixa de existir. O amor se torna uma dimensão visível na vida dessas pessoas.

  1. Analisando a história de Jó, observa-se, todavia, que sua experiência não era decorrente da pregação do evangelho de Cristo, que ainda nem existia. Também se observa que sua sensibilidade em perceber que era amado por Deus aflora de seus lábios quando estava em grande sofrimento. Em vez de sentir amargura, ressentimento, raiva e ódio ou de até blasfemar de Deus, ele sentiu o amor divino.

2.1. Procurando descobrir a origem de sua sensibilidade afetiva espiritual em seus traços biográficos, somos informados que ele era “reto, temente a Deus e que se desviava do mal” (1.1). Também somos informados de que periodicamente ele se “levantava de madrugada para adorar a Deus” (1.5). Ainda somos informados de que quando terminou a série de tragédias que lhe acometeram, ele “rasgou suas vestes, jogou-se ao chão e adorou, bendizendo a Deus” (1.20,21).  Ao  receber a sugestão de blasfemar de Deus, ele reagiu com submissão, dizendo que “estava pronto tanto para receber o bem de Deus quanto também o mal” (2.9.10).

2.2. Quando sua tragédia estava para acabar e novamente ser abençoado, somos informados, por ele mesmo que sua experiência com Deus era por ouvir falar (42.5). Significa que tudo quanto sabia a respeito de Deus havia aprendido através da ouvir e de acreditar na Tradição Oral que mais tarde veio a dar origem ao Velho Testamento. Através da Tradição Oral ele aprendera que Deus havia criado o mundo e o ser humano à sua imagem e semelhança. Aprendera que Deus tinha prazer em se relacionar com o ser humano. Aprendera que esse relacionamento tinha como base o amor.

Conclusão

Jó perguntou quem ele era para ser objeto do amor de Deus e para estar no seu coração. A resposta, portanto, para ele e para nós, quando fazemos a mesma pergunta, está na atitude de acreditar nas declarações bíblicas reveladoras que: a) Deus nos ama porque fomos por Ele criados à sua imagem e semelhança: b) Deus em seu amor sempre quer se relacionar conosco todos os dias; c) Deus mostrou esse amor através de Jesus Cristo quando veio a este mundo e morreu na cruz do Calvário; d) Deus nos ama porque Ele é amor e que nós o amamos porque Ele nos amou primeiro.

Podemos ter certeza do amor de Deus por nós, mesmo que haja sofrimentos em nossa vida, além de perceber esse amor quando somos abençoados.

Se você também quiser experimentar esse amor de Deus, creia em Jesus Cristo agora e receba-o como seu Salvador pessoal.