114. Quero Celebrar

Salmo 35.18

QUERO CELEBRAR

  1. Vez por outra, ao longo do tempo, como ocorreu em 2007 e 2022, a Convenção Batista Brasileira apresenta como tema anual a atitude de celebrar a Deus. A ideia é fazer com que as igrejas batistas e cada crente façam da celebração um estilo de vida.
  2. Também para que fosse alcançado esse mesmo objetivo, um músico há mais tempo escreveu um cântico, cuja letra a certa altura, diz”

Celebrarei a Ti, ó Deus, com meu viver!

Cantarei e contarei as Tuas obras

Pois por tuas mãos foram criados terra, céu e mar

E todo ser que neles há.

Toda terra celebra a Ti, com cânticos de júbilo,

Pois Tu és o Deus Criador!

  1. O que se pretende com o cântico e com o tema é fazer com que exista em nós a mesma atitude do salmista que, inclusive em oração a Deus, dizia: “Louvar-te-ei na grande congregação; entre muitíssimo povo te celebrarei”.

Desenvolvimento

  1. Para que nós efetivamente também tenhamos uma verdadeira prática de celebração, precisamos entender o que seja esta palavra. Com esse objetivo didático, quero me servir do Dicionário de Aurélio que assim define. “Celebrar – fazer realizar com solenidade; promover, patrocinar; comemorar, festejar, celebrizar; publicar com louvor, exaltar; acolher com festejos, comentários, demonstrações ruidosas, etc.”.
  2. No caso de cada um de nós e de nossas famílias, iremos celebrar a Deus quando reconhecermos o que nos tem dado.

2.1. Em termos materiais: os aniversários, os casamentos, as vitórias nas lutas, os prêmios obtidos, as bodas matrimoniais, os nascimentos de nossos filhos, o emprego e o salário, a casa onde moramos, as conquistas alcançadas, as curas recebidas e muitas outras bênçãos.

2.2. Em termos espirituais: o perdão dos nossos pecados, a transformação de nossa vida, a libertação da idolatria e da feitiçaria, a proteção contínua de Deus, a presença diária de Jesus Cristo, a paz, a alegria, o alívio, o descanso e principalmente a vida eterna.

  1. Havendo muitos motivos para celebrar a Deus, o que poderia, no entanto, nos impedir? O que poderia bloquear nossos lábios, reprimir o erguer de nossas mãos e o júbilo de nosso coração?

3.1. A atitude de esconder, ocultar, guardar em segredo o que Deus tem feito em nossa vida com medo de outras pessoas ficarem com inveja, com ciúme, com olho grande, como se fôssemos perder o que Deus nos tem concedido poderia nos impedir. Precisamos aprender que os supersticiosos é que têm medo de “olho gordo” ou de “mau-olhado”. O que Deus tem dado a cada um de nós somente Deus pode nos tirar! E se Deus tirar ou permitir que nos tirem, será para nosso bem, concedendo-nos bênçãos ainda melhores.

3.2. A atitude de imaginar que outras pessoas vão nos achar exibidas, exibicionistas, vaidosas, orgulhosas ao compartilhamos o que tem acontecido em nossa vida também poderia nos impedir. Se estivermos glorificando a Deus não há exibição. Se estivermos exaltando a Jesus não há vaidade. Se estivermos tributando a Deus e a Jesus Cristo toda honra, todo louvor, toda glória, não há orgulho. E ao Senhor que estamos engrandecendo. Por isso o salmista também dizia: “Engrandecei ao Senhor comigo e juntos exaltemos o seu nome” (Salmo 34.3).

3.3. Os momentos amargos e difíceis que todos nós passamos em virtude de acontecimentos adversos nos produzem dor e sofrimento também podem nos impedir. Nesses momentos ficamos como os israelitas na Babilônia que experimentaram muitas perdas, inclusive sendo levados para o cativeiro. Eles penduraram as harpas nos salgueiros e  perguntaram: “Como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha?” (Salmo 137.4). Ainda que possamos compreender a atitude deles naquela época sem Jesus Cristo, esta não é a nossa experiência cristã. Por causa da experiência cristã de conforto, Paulo e Silas louvavam a Deus no cárcere em Filipos, onde estavam presos e sentindo muitas dores (Atos 16.25).  Por causa da experiência cristã de consolação, Paulo recomendou em uma de suas cartas: “Em tudo daí graças” (I Tessalonicenses 5.18).

3.4. Outro fato que pode impedir a celebração é o sentimento de culpa. Ele não existe em pessoas incrédulas, mas no crente como resultado de sua auto condenação por ter cometido algum pecado, desagradando a Deus. Quando existe o sentimento de culpa, o crente precisa lançar mão do perdão que Jesus Cristo garantiu a todo aquele que se arrepende (I João 1.9). João apóstolo afirmou que o “sangue de Jesus Cristo nos purifica todo o pecado” (I João 1.7). O crente que pecou precisa descansar na “graça de Deus” e, por isso mesmo, celebrar com gratidão.

Conclusão

Vocês devem aproveitar as oportunidades para celebrar todas as obras de Deus na vida de vocês, seja nos lares, nos templos ou em outros lugares. Façam isso sem timidez, sem medo, sem receio, sem restrições.

Ajuntem pessoas através de convites e testemunhem claramente o que Deus lhes concedeu. Cantem com júbilo expressando louvor e ações de graças, criando também oportunidade para ministração da palavra. Aproveitem todas as ocasiões para darem honras e glórias a Deus, em Cristo Jesus! Enfim: celebrem a Deus!