Efésios 1.1; Filipenses 1.1: Colossenses 1.1,2
OS SANTOS NA IGREJA
Introdução
- Na religiosidade brasileira e de outros povos, ainda existe a crença na existência de santos, que são representados por pinturas ou imagens encontradas em templos, oratórios e casas. Esses santos seriam os apóstolos, os mártires, os que imitaram Jesus Cristo, os que tiveram as virtudes cristãs e que morreram e foram para o céu, onde também intercedem por nós. Por serem santos, devem ser objeto de veneração e piedosa devoção, assim como as suas relíquias. Para serem reconhecidos como santos, passam pelos processos de beatificação e canonização (Concílio Vaticano II, pag. 99,100,298).
- Quando alguém abre as páginas da Bíblias e procura base para essa crença, realmente encontra textos que fala da existência de santos, principalmente no início das cartas dos apóstolos Paulo. Esses textos, todavia, quando mencionam a palavra “santo”, não se referem a fiéis que morreram e estão no céu intercedendo. Esses textos se referem a fiéis que estão vivos aqui na terra e que são membros de igrejas cristãs.
Desenvolvimento
- De acordo com os ensinos da Bíblia, todos os que se converteram a Jesus Cristo, foram batizados nas águas e se tornaram membros de uma igreja cristão são chamados de santos.
1.1. Na maioria dos textos bíblicos, a palavra original “hágios” foi usada como adjetivo ao Espírito de Deus, que assim é chamado de Espírito Santo. Mas também é atribuída à Lei e aos mandamentos (Romanos 7.12). Finalmente passa a ser atribuída a pessoas que se tornaram membros das igrejas: Romanos 8.27; 12.13; 15.25,26; 16.2; I Coríntios 6.1,2; 16.1,15; II Coríntios 8.4; 9.12; 13.13; Efésios 2.19; 3.18; 4.12; 5.3; Filipenses 4.21; Colossenses 1.22; Hebreus 3.1; 6.10; 13.24.
1.2. O status de santo que é atribuído aos membros das igrejas não decorre de nenhum processo de beatificação ou canonização, mas é resultado da obra de Jesus Cristo em favor de cada um deles: I Coríntios 6.9-11; Hebreus 10.10; Hebreus 13.2.
- Uma vez sendo considerados santos, os membros das igrejas também continuam sendo santificados pela Palavra de Deus (João 17.17) e pelo Espírito de Deus (II Tessalonicenses 2.13).
- Uma vez sendo santos e sendo santificados, os membros das igrejas igualmente são chamados a zelarem e corresponderem com esse status através de suas próprias atitudes e comportamentos, considerando a natureza de Deus e a natureza da vida cristã: I Pedro 1.15,16; Apocalipse 22.11.
Conclusão
Em um certo lugar, um homem religioso foi convidado por um amigo a visitar o templo de sua igreja num dia quando não havia culto. Uma vez que eram amigos, ele foi e prestou atenção em tudo o que havia no templo: o altar e o púlpito, a arrumação da bancada, a ornamentação, os vitrais das janelas. A final, quando saiu, o amigo lhe perguntou qual tinha sido sua impressão. Ele respondeu que havia gostado de tudo, mas notara que na igreja não havia santos. Estava se referindo a imagens. O amigo então esclareceu que na igreja havia santos, sim. Todavia, os santos da igreja estavam espalhados na cidade, trabalhando nas empresas, no comércio, nas repartições públicas, nas indústrias, nos escritórios. Se o amigo voltasse no domingo, poderia ver todos os santos da igreja reunidos no templo.