Marcos 4.41
Introdução
- Diante do poder que Jesus Cristo demonstrou durante seus três anos de ministérios, em nossos dias existem pessoas sugerindo várias ideias a respeito de sua identidade. Duas dessas ideias são predominantes.
1.1. Uma diz que Jesus era Deus entre nós, sendo ambos um só. Jesus era, portanto, divino em sua natureza e essência.
1.2. A outra ideia ensina que Jesus era um ser criado por Deus e que ganhou singularidade por ter recebido poder espiritual. Jesus era, portanto, apenas humano, mesmo que superior aos demais homens.
- Quando a multidão dos seus dias ficou admirada pelo que via Jesus Cristo realizar, perguntando quem ele era, essa multidão aceitava o que Jesus dizia de si mesmo, afirmando que era Filho de Deus, igual ao Pai Celestial, da mesma natureza. Com base nessa identidade, os apóstolos saíram pregando o nome de Jesus por aonde iam.
Desenvolvimento
- As dúvidas sobre a identidade de Jesus começaram a existir no final do primeiro século e na continuidade do segundo século.
1.1. Os estudiosos das narrativas bíblicas ficaram perturbados com a possibilidade de as pessoas pensarem que seriam dois deuses. O monoteísmo judaico estaria se transformando em politeísmo cristão.
1.2. Teodoto, um teólogo do segundo século, incomodado com a crença em dois ou três deuses, começo então a ensinar que Jesus fora criado por Deus e que depois recebeu poderes divinos para realizar obras sobrenaturais.
1.3. Sabélio, outro teólogo do segundo século, não podendo ignorar as declarações do Novo Testamento sobre a igualdade divina entre Jesus e o Pai, começou a ensinar que o mesmo Deus apareceu na terra como Jesus Cristo, sendo, portanto, modos diferentes da divindade aparecer.
1.4. Em virtude das ideias se tornarem controvérsias sujeitas a heresias, os líderes das igrejas se reuniram em Concílios para debater a identidade de Jesus Cristo.
- Finalmente, no quarto século, na cidade de Calcedônia, na antiga Ásia Menor, sua identidade foi definida e se tornou a doutrina ortodoxa da igreja cristã.
2.1. Jesus é Filho de Deus, da mesma essência do Pai Eterno, mas distinto do Pai e do Espírito Santo.
2.2. O Pai, o Filho e o Espírito são três pessoas iguais, da mesma natureza, distintas uma das outras, mas unidas constituindo a Divindade. Um só Deus em três pessoas (Triunidade).
2.3. Essa é a doutrina que desde então tem sido crida e ensinada em nossas igrejas, permanecendo fiéis ao Novo Testamento.
Conclusão
Se você me perguntar qual s relevância dessa discussão sobre a identidade de Jesus Cristo eu respondo de três maneiras:
1. Não faltam pessoas que desde os dias de Jesus tem ideias erradas, incompletas, esquisitas, esdrúxulas, absurdas, impedindo os outros de terem uma fé genuína e autêntica.
2. Se não enfatizarmos a divindade de Jesus Cristo, estaremos consequentemente declarando apenas sua humanidade e esvaziando seu poder e singularidade para perdoar nossos pecados e nos conceder salvação eterna.
3. Se não compreendermos sua existência como parte da Triunidade Divina, inevitavelmente cairemos no politeísmo, crendo em três deuses, ferindo o Monoteísmo Bíblico.