41. Vocação Missionária

Amós 7.14,15

VOCAÇÃO MISSIONÁRIA

Introdução

  1. Os lavradores e agricultores do povoado de Tecoa, situado ao sul da cidade de Belém, no deserto da Judeia, não entenderam o que havia acontecido com Amós. Ficavam perguntando uns aos outros porque ele deixara a atividade agropecuária e estava pregando a Palavra de Deus.
  2. Em nossos dias, quando alguém se dispõe a deixar atividades profissionais em que esteja envolvido, principalmente quando bem sucedido, existem pessoas que fazem a mesma pergunta. Ficam sem entender os motivos pelos quais esses homens e mulheres deixam planos de carreira, negócios promissores, atividades bem remuneradas, funções públicas estabilizadas e se tornam missionários.

Desenvolvimento

  1. Na palavra que foi dada a Amazias a propósito do que Amós estava fazendo e de suas intenções e motivações, você pode perceber o que nós chamamos de “vocação missionária”.

1.1. Amós explicou a Amazias que sua atuação naquele momento fora em decorrência do “chamado de Deus”. Era um imperativo divino.

1.2. Isto quer dizer que enquanto outras pessoas podem explicar sua vocação profissional e até mesmo religiosa como determinada por fatores genéticos e ambientais, os missionários se entregam a essa atividade por vocação divina. Eles ouvem a voz de Deus os chamando.

1.3. Mais ainda: o objetivo desse tipo de vocação é exclusivamente para pregar a Palavra de Deus. O missionário é alguém que se apresenta diante dos seres humanos para proclamar o que Deus quer. No caso do missionário cristão, ele proclama a história de Jesus Cristo, obras, ensinos, morte, ressurreição, ascensão e volta a este mundo. Concita os pecadores a se arrependerem de seus pecados e crerem em Jesus Cristo.

  1. Voltando a pensar na experiência de Amós, o relato bíblico mostra que, para cumprir sua tarefa, ele enfrentou resistência e rejeição.

2.1. No caso dele, foi dito para ir embora porque não iria pregar a Palavra de Deus naquele lugar. A mesma experiência foi vivida por Jesus em Gadara, depois que libertou um homem possesso de espíritos imundos. Em vez de se regozijarem com Jesus por causa desse milagre, eles lhe disseram para ir embora. (Marcos 5.15-17). O mesmo tem acontecido com muitos missionários na atualidade quando são rejeitados por líderes religiosos e lideres políticos de vários lugares, além de pessoas do povo em geral que não os aceitam.

2.2. Também foi insinuado que fazia sua tarefa para ganhar seu sustento financeiro. Se realmente sua função de agricultor e pecuarista lhe dava bons rendimentos financeiros mensais, tal não era seu objetivo ao aceitar o chamado de Deus para pregar. O apóstolo Paulo mencione a existência desde aquela época de pessoas que pregam o evangelho para conseguir lucros financeiros (I Timóteo 6.5). Esta porém  não era a prática do apóstolo Paulo, nem de Amós e nem de muitos missionários que estão pregando o evangelho em várias parte do Brasil e do mundo. O que eles recebem são unicamente as ofertas missionárias que o povo de Deus entrega para que possam ser enviados e viver onde exercem suas atividades de pregação.

Conclusão

Havia muitos bois a serem cuidados e plantações de sicômoros para serem cultivadas, assim como em nossos dias existem muitas e variadas atividades profissionais a serem exercidas. Todavia, Amós deixou tudo para trás e obedecendo ao imperativo divino começou a pregar a vontade do Senhor para eles. Fez o mesmo que mais tarde fizerem os apóstolos, que deixaram tudo para anunciar o evangelho. Assim continua acontecendo em nossos dias, quando pessoas chamadas por Deus deixam outras opções de trabalho e ouvindo a voz do Senhor se apresentam para servir a Jesus como missionários. Deixam familiares, parentes, amigos, trabalho, posição social e vão para os campos missionários no objetivo de ver o nome de Jesus ser glorificado e multidões serem salvas.