35. Nossa Morte na Cruz

Gálatas 2.19

Introdução

  1. Existem duas verdades bíblicas que têm sido amplamente divulgadas onde quer que o evangelho tenha sido pregado nesses mais de 2000 anos de história. São verdades ditas para pessoas não crentes:

1.1. A primeira é que o fundamento da fé cristã foi a morte de Jesus na cruz do calvário. Isto significa que a base do cristianismo não é a igreja, nem os ensinos, nem os milagres, nem o batismo, nem a prática das obras. Vamos repetir: o alicerce da fé cristã foi a morte de Jesus na cruz.

1.2. A segunda é que essa morte foi uma morte vicária. Em Teologia significa morte substitutiva. Jesus morreu por mim. Jesus morreu por você. Uma vez que nele não havia pecado, ele não deveria morrer crucificado. Jesus então nos substituiu morrendo em nosso lugar. Vamos repetir: Jesus morreu por nós!

  1. Ocorre, todavia que, além dessas duas verdades, existe uma terceira, que também é afirmada na Bíblia e dirigida aos que já se tornaram crentes. Foi o apóstolo Paulo que a ela fez referência em seus escritos. A terceira verdade é que ao nos tornar crentes, também morremos com Ele na cruz do Calvário. Um pregador escreveu: “A mesma Bíblia que afirma que Jesus morreu em nosso favor, afirma que nós morremos juntamente com Ele. Não podemos enaltecer um aspecto sem focalizar o outro... Se for verdade que Cristo morreu por mim, é verdade igualmente importante que em morri com Cristo”.

 Desenvolvimento

  1. Então, a partir de agora, quando você olhar para a cruz não veja apenas Jesus morrendo por você. Veja você também morrendo com Jesus.

1.1. No seu tratado teológico escrito aos romanos, Paulo apóstolo explica essa verdade com clareza: Romanos 6.6-11. Neste caso, nossa morte na cruz junto com Jesus significa nossa atitude de dizer “não” a tudo que for errado, desonesto, injusto, impróprio. Os vícios, a criminalidade, a prostituição não têm mais importância em sua vida.

1.2. No seu escrito aos colossenses, ele menciona também as práticas e os rituais que tanto atraem multidões: Col. 2.20-23. Neste caso, nossa morte na cruz junto com Jesus significa que a nossa religiosidade, por mais sagrada, pomposa e tradicional que seja, deixa de ter valor em sua vida.

1.3. Nos esclarecimentos que fez aos coríntios, ele menciona as implicações dessa atitude: II Coríntios 4.8-12. Neste caso, nossa morte na cruz junto com Jesus inclui sofrimento. Aliás, a fé cristã que não inclui sofrimento, dor, aflição não é uma verdadeira fé cristã. É apenas mais uma religião para atrair e enganar multidões.

1.4. Escrevendo aos colossenses, Paulo apóstolo relaciona várias situações que devem desaparecer de sua vida pessoal, familiar, profissional, comercial, política, estudantil, religiosa e social: Colossenses 3.5-10.

Conclusão

Pensem junto comigo: por que alguém falaria em novo nascimento, novo nascimento, ressurreição espiritual sem que tenha existido uma morte?

Para se falar em nova criatura, é preciso se falar também em morte da velha criatura. Morte para o mundo, para a carne, para o diabo.

Ilustração: Uma senhora vivia num lar onde existiam muitas discórdias, tanto do marido que bebia como de filhos que se rebelavam. Seu rosto e sua fala refletiam a tristeza e a infelicidade de seu viver em casa. Consequentemente não era difícil também a encontrar nervosa, irritada, agressiva. Cada vez que chegava a esse clímax, ela pensava em “fugir de tudo aquilo”. Tempos depois, encontrando-se com uma de suas amigas, esta lhe indagou: “Como estão as coisas em casa?”. Ela respondeu: “Em casa tudo continua como era. Eu que estou diferente. Depois que recebi Jesus em meu coração passei a viver uma nova vida. Faz muita diferença ter Jesus em nós, não faz!?”.

Ilustração: Um pastor estava ministrando ensino a um grupo de crianças e querendo falar sobre a experiência da mudança de vida, mediante o arrependimento de pecados e a fé em Jesus, perguntou: “O que significa a palavra “arrependimento?”. Depois de um certo tempo pensando, um garoto levantou a mão e disse: “É sentir tristeza pelos pecados cometidos.” Uma menina, assentada mais atrás também levantou a mão. “Que pensa você?” – perguntou-lhe o pastor. A menina respondeu: “Eu acredito... acredito... acredito que é sentir tristeza o suficiente para abandonar realmente o pecado, tornando-se verdadeiramente crente em Jesus.”