Romanos 1.11-17
GANHAR ALMAS
Introdução
- Paulo apóstolo foi o maior ganhador de almas de todos os tempos, tornando-se exemplo para muitos outros que vieram após ele na esteira do tempo, tanto os que se tornaram famosos quanto os que até hoje atuam no anonimato.
- Olhando para ele, podemos também perceber quais eram suas razões e estratégias para aplicá-las à nossa vida atual, para que possamos ter como alvo ganhar nossos familiares, parentes, amigos, vizinhos, amigos de trabalho e escola, pessoas dos demais círculos de nosso relacionamento.
Desenvolvimento
- Lendo seu texto aos romanos, percebemos que uma das suas razões era seu desejo de ver mais e mais pessoas se tornando crentes em Jesus Cristo. Ele escreveu: “desejo muito ver vocês” (Romanos 1.11).
1.1. Alguém disse que se não conseguimos o que desejamos é porque ainda não desejamos de verdade, der todo coração, com toda intensidade.
1.2. Embora até possamos desejar um carro, uma casa, uma viagem, um emprego, um casamento, um bom dinheiro e até desejar muito, ainda não percebemos em nosso coração o desejo de ganhar almas para Jesus Cristo. Embora muitos dos nossos desejos possam ser legítimos, Paulo apóstolo desejava ganhar os pecadores perdidos.
1.3. Li a história de homem que ganhou um cavalo bravo. Entregou o animal a um peão para amansá-lo. Passado algum tempo o peão trouxe o cavalo e quando o homem ia montá-lo, o peão gritou que não o fizesse. Explicou que só havia amansado o animal de um lado e o homem ia montá-lo do outro lado. O homem aborrecido disse ao peão: eu quero o cavalado amansado dos dois lados. O problema de alguns crentes é que só tem desejos de um lado, isto é, casa, namoro, emprego, carro, dinheiro. Não sentem desejo de ser um ganhador de almas.
- Prosseguindo na leitura do texto, percebemos ainda que ele fez planos para realizar seu desejo (Romanos 1.13). Isto significa que ganhar almas requer sabedoria de abordagem e métodos inteligentes ao evangelizar.
2.1. Para algumas pessoas não basta uma investida, uma estratégia, um testemunho, um convite. Paulo disse que fez planos várias vezes. Significa a necessidade de hoje em dia também traçar vários planos até que um deles alcance o objetivo.
2.2. Quando o Brasil participou da Segunda Guerra Mundial e voltou vitorioso por ter conquistado Monte Castelo, na Itália, o historiador Hélio Silva diz que eles fizeram mais de um plano, pois algumas investidas não estavam dando resultado. Usaram várias estratégias até que conquistaram o alvo.
- Revelando suas motivações íntimas, escreveu que se sentia devedor para com os moradores da cidade de Roma (Romanos 1.14). Quando você tem uma dívida, uma alternativa é fingir que não deve nada e a outra é assumir que deve.
3.1. Enquanto não falasse a todas as pessoas que estivessem seu alcance, Paulo apóstolo sentia que ainda estava em dívida. A forma de pagar era se dirigindo às pessoas e testemunhando sobre Jesus Cristo, anunciando sua vida, milagres, ensinos, morte, ressurreição, ascensão e volta a este mundo.
3.2. Não havia um público definido, específico. Ao mencionar gregos e bárbaros, sábios ou ignorantes, estava explicando que todos precisam ouvir: pobres, ricos, brancos, negros, amarelos, crianças, jovens, adultos, idosos, homens, mulheres... quem quer que estivesse indo para o inferno porque não conhecia Jesus.
- Finalmente, ao afirmar que estava pronto, explicou que não se sentia envergonhado de ser crente e de testificar de Jesus (Romanos 1.16). Um dos efeitos do envergonhar-se do evangelho é ficar mudo, sentir as pernas tremerem, desviar a conversa para outros assuntos...
4.1. Um dos hinos que mais mexiam comigo era aquele em que cantávamos: “Direi ao mundo que sou crente... Não me envergonho de dizê-lo”. Outro hino expressava o sentimento das pessoas morrendo sem salvação: “Não me falaram de Cristo, não me falaram de Cristo, tantos que vi que salvou, mas ninguém se importou de falar-me de Cristo”.
4.2. Sobre esse sentimento, Jesus foi muito claro ao dizer: “Todo aquele que se envergonhar de mim diante dos homens, eu também me envergonharei dele diante dos anjos do meu Pai” (Marcos 8.38).
4.3. Sentir vergonha de falar de Jesus por que? Por acaso foi um assassino? Um ladrão? Um corrupto? Um mentiroso? Um falso profeta? Pelo contrário: Sua vida até hoje é digna de reverência e diante dele se dobrará todo o joelho dos que estão no céu e n a terra.
Conclusão
Ao terminar, quero lembrar-lhes que Paulo não nasceu com esse perfil. Não foi ensinado quando criança a ser um evangelista. O que determinou essa sua maneira de viver foi a conversão genuína no caminho de Damasco quando conheceu Jesus e nunca mais conseguiu deixar de testificar dele. Conosco também é a mesma coisa: nossa experiência de conversão será sempre a base do nosso testemunho. Falaremos de algo que nós mesmos experimentamos.